sábado, 14 de setembro de 2013

Atletas ituanos faturam medalhas no Paulista de Taekwondo !

Publicado: Terça-feira, 30 de abril de 2013 por André Roedel
Segunda etapa do torneio aconteceu dia 28 de abril.
divulgação
Foto
Atletas da equipe Neto Taekwondo posam com as medalhas conquistadas na segunda etapa do Campeonato Paulista
Ferraz de Vasconcelos (SP) recebeu no dia 28 de abril a segunda etapa do Campeonato Paulista de Taekwondo. A competição, que é organizada pela Liga Nacional de Taekwondo e acontece no ginásio municipal “Paulo José da Cruz”, contou com a excelente participação da equipe Neto Taekwondo, de Itu.
Os alunos do mestre Wanderlei Neto conquistaram três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze na competição estadual.
Confira os atletas e suas conquistas:
Diego Pinho - medalha de ouro (categoria mirim)
Felipe Matheus - medalha de ouro (categoria infantil)
Leandro Rodrigues - medalha de ouro (categoria juvenil)
Evandro Pereira - medalha de prata (categoria juvenil)
Marco Antonio - medalha de prata (categoria master)
Felipe Boff - medalha de bronze (categoria juvenil)

domingo, 16 de junho de 2013

Os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público no Brasil em 2013

Os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público no Brasil em 2013 começaram em fevereiro em Porto Alegre e se espalharam por outras grandes cidades, como São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro, Natal e Curitiba. Dentre os principais organizadores das manifestações está o Movimento Passe Livre (MPL), fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre.
As manifestações contra o aumento das passagens de ônibus começaram em Porto Alegre em março, quando manifestantes conseguiram fazer com que a prefeitura reduzisse o preço das passagens.2
Em Goiânia, as manifestações iniciaram-se no dia 16 de maio, antes do anúncio oficial de aumento da tarifa, que ocorreu dia 22. As tarifas chegaram a subir de R$ 2,70 para R$ 3,00. Os protestos tiveram seu pico no dia 28 do mesmo mês, na Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário. Quatro ônibus foram destruídos, dois incendiados e dois depredados, e 13 veículos sofreram algum tipo de dano. Na ocasião, 24 estudantes acabaram detidos por vandalismo e desobediência. A última manifestação ocorreu no dia 6 de junho, quando estudantes interditaram ruas do Centro da capital, queimaram pneus, lançaram bombas caseiras e quebraram os vidros de um carro da polícia. No dia 13 de junho, as tarifas voltaram a custar R$ 2,70, após liminar expedida pelo juiz Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Na decisão, o juiz argumentou que desde o último dia 1º de junho as empresas de transporte coletivo deixaram de pagar os impostos PIS e Cofins, porém essa isenção não foi repassada ao usuário goianiense.3
Na cidade de São Paulo, a onda de manifestações populares teve início quando a prefeitura e o governo do estado reajustaram os preços das passagens dos ônibus municipais, do metrô e dos trens urbanos de R$ 3,00 para R$ 3,20.4 Desde janeiro de 2011, o preço das tarifas dos ônibus municipais de São Paulo era de R$ 3,00.5 nota 1 Já o valor das tarifas dos trens urbanos e do metrô (de propriedade do governo do estado de São Paulo) havia sido reajustado pela última vez em fevereiro de 2012 para esse mesmo valor.7 No início de 2013, logo após começar seu mandato, o novo prefeito Fernando Haddad anunciou que a tarifa sofreria um aumento ainda no primeiro semestre daquele ano.8 Em maio, o governo federal anunciou a publicação de uma medida provisória que desonerava o transporte público da cobrança de dois importantes impostos (PIS e COFINS), para evitar que os reajustes nas tarifas pudessem pressionar a inflação.9 Assim, as tarifas de ônibus, trens urbanos e metrô foram reajustadas para R$ 3,20 a partir de 2 de junho, desencadeando os protestos.10 nota 2

Manifestações


Protesto contra o aumento das passagens de ônibus no centro do Rio de Janeiro.
Desde o começo do mês de junho ocorrem protestos periódicos na cidade de São Paulo, onde mais de cinco mil pessoas12 se reúnem em pontos, como a Avenida Paulista, para se manifestar contra o aumento das passagens do transporte público municipal.13 Durante os protestos, foram registrados episódios de vandalismo14 , agressões a policiais militares15 e mais de duzentas pessoas foram presas, além de jornalistas e civis terem sido agredidos por policiais militares.16 17 18
Manifestantes de outras sete capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Maceió, Porto Alegre e Goiânia, também começaram a realizar atos públicos pelos mesmos motivos dos realizados em São Paulo, tomando o aumento da passagem do transporte público como estopim para protestar contra o governo e outros problemas sociais.19
No Rio de Janeiro, mais de duas mil pessoas se concentraram no centro da cidade;20 21 em Goiânia, aos protestos foram motivados por uma ação judicial do Procon local para que o valor da passagem de ônibus, de R$ 3, retornasse ao valor antigo, de R$ 2,70; em Porto Alegre, as manifestações conseguiram fazer com que o poder público recuasse no aumento das tarifas, com uma liminar do Ministério Público mantendo a passagem a R$2,85, sem aumento de R$0,20; além de outras cidades, como Niterói, onde mais de duas mil pessoas protestaram pela diminuição do preço da passagem de ônibus durante o dia19 22 e entraram em confronto com a polícia à noite.23

Manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo.
Outros protestos, não diretamente relacionados ao aumento do preço da passagem, aconteceram no Brasil no mesmo período. Em Brasília, organizado pelo Facebook, um grupo de cerca de 500 pessoas chegou ao estádio Mané Garrincha para apoiar a onda de protestos e fazer manifestação contra a verba pública utilizada na Copa do Mundo de 2014, ficando aglomeradas na entrada sul do estádio de Brasília. Houve também apoio de professores, pedindo por maior valorização da categoria e dos serviços públicos. Devido a proximidade com o Mané Garrincha, a polícia isolou o protesto e colocou o Batalhão de Choque preparado para agir. Um dos policiais pediu, por telefone, que a equipe da cavalaria chegasse rapidamente e ainda ameaçou que "todo mundo iria perder o emprego". A abertura dos portões do estádio sofreu atraso em decorrência dos protestos, que ocorreram um dia após um protesto de sem-terras em frente ao estádio. O chefe da Casa Militar do Distrito Federal, coronel Rogério Leão, que negociou com manifestantes sem-teto no Eixo Monumental, principal via de acesso ao estádio, já havia avisado que novos protestos não seriam tolerados e que a repressão seria mais forte. O Bope fez um cordão de isolamento para que os manifestantes não se misturem aos torcedores que estavam entrando no estádio. Houve confronto, com muitos lançamentos de bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha. O tumulto provocou correria, o que fez com que os membros do protesto se misturassem aos torcedores, que se acumulavam para entrar no estádio. Durante a confusão, um sargento da polícia tentou orientar os que não estavam envolvidos. "Esse gás não é tóxico, é lacrimogêneo. Procurem não esfregar os olhos. Continuem entrando. A polícia está apenas contendo uma pequena manifestação", com ajuda de um alto-falante. O confronto foi reiniciado em diversas oportunidades ao longo da tarde, a cada vez que os manifestantes tornavam a se aproximar do estádio, sempre envolvendo torcedores. Segundo a Polícia Militar, oito policiais foram feridos por pedradas. Oito manifestantes foram detidos e encaminhados a um distrito policial próximo do estádio - alguns deles chegaram a ser propositalmente atropelados por policiais em motos enquanto tentavam escapar. O balanço divulgado pela corporação indica que não há manifestantes feridos. A reportagem do portal Terra afirma ter flagrado pelo menos duas pessoas com ferimentos causados por tiros de bala de borracha: um homem de 19 anos, acertado na perna esquerda, e uma mulher, que deixou o local em uma ambulância com machucado na cabeça.24 25 26

Atos

Protesto Cidades Data Total de participantes Número de feridos Número de detidos
1º Ato contra o aumento das passagens27 Porto Alegre 18 de fevereiro de 2013


2º Ato contra o aumento das passagens28 Porto Alegre 25 de março de 2013


1º Ato contra o aumento das passagens São Paulo (entre outras) 6 de junho de 2013 2 mil29 5029 1529
2º Ato contra o aumento das passagens São Paulo (entre outras) 7 de junho de 2013 5 mil29

3º Ato contra o aumento das passagens São Paulo (entre outras) 11 de junho de 2013 10-12 mil29 Dezenas, sendo três policiais29 Ao menos 2029
4º Ato contra o aumento das passagens São Paulo e Rio de Janeiro (entre outras) 13 de junho de 2013 10 mil (em São Paulo)29 105 (em São Paulo) 325 (em São Paulo)30
5º Ato contra o aumento das passagens São Paulo31 e Rio de Janeiro32 17 de junho de 2013


Revolta da Salada

As manifestações, especialmente em São Paulo, receberam esse apelido, depois da detenção de mais de 60 manifestantes por estarem portando vinagre,33 como o jornalista Piero Locatelli da revista Carta Capital 34 35 36 . O vinagre seria utilizado como meio de proteção ao gás lacrimogêneo e spray de pimenta34 . O tom irônico também vem sendo empregado nas redes sociais para nomear o quinto ato, apelidado de "Marcha pela legalização do vinagre".37

Críticas

Aos manifestantes


Manifestante com lata de tinta spray próximo a um ônibus em São Paulo; atos de vandalismo foram foram alvo de críticas

Ônibus pichado por manifestantes em São Paulo.
O prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o governador do Estado Geraldo Alckmin e o Vice-Presidente do Brasil Michel Temer criticaram os manifestantes envolvidos em confrontos com a polícia e atos de vandalismo. Alckmin qualificou-os como "baderneiros", enquanto Haddad se referiu aos envolvidos como "pessoas inconformadas com o Estado democrático de Direito".38 O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo condenou os atos de vandalismo e afirmou que o governo federal estaria a disposição do Estado de São Paulo para um eventual auxílio no enfrentamento dos protestos.39
No dia 12 de junho, quase a totalidade dos 55 vereadores eleitos da Câmara Municipal de São Paulo repudiaram os protestos em discurso, denominando os participantes de "criminosos", "marginais" e "delinquentes". O líder de governo na Câmara, Arselino Tatto, afirmou que dentre os manifestantes, haveriam "infiltrados" na passeata com a intenção de desestabilizar o governo municipal. Durante a sessão, o único legislador a se pronunciar a favor dos protestos foi o vereador Toninho Vespoli, que foi também objeto de críticas dos seus colegas pela participação nas manifestações.40
Em comentário feito no dia 12 de junho, o jornalista Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, afirmou que a grande maioria dos manifestantes seria composta por jovens de classe média e que a manifestação seria decorrente de ignorância política e do estímulo dos protestos na Turquia. Em tom provocador, Jabor questionou por que não lutam contra a PEC 37 que, em sua opinião, seria um motivo mais legítimo. Por fim, finaliza dizendo que os manifestantes talvez nem sequer saibam o que é a PEC 37 e que não valham sequer os R$0,20 do aumento das passagens.41
O blogueiro Reinaldo Azevedo criticou duramente os manifestantes em seu blog, chamando-os de "terroristas", "baderneiros" e ligando os protestos ao Partido dos Trabalhadores.42
O senador Aloysio Nunes também se referiu aos manifestantes como "baderneiros" e defendeu a ação enérgica da polícia, além de ter criticado o prefeito Fernando Haddad por reconhecer abusos por parte da polícia antes de qualquer investigação sobre o caso.43

À Polícia Militar

A ação policial a fim de conter os manifestantes recebeu duras críticas, especialmente após os protestos do dia 13 de junho. A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional publicou uma nota onde critica a violenta resposta policial às manifestações populares,20 44 dizendo que "vê com preocupação o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo" e que "também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes". A ONG ainda afirma que "o transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão, entre outros" e que "é fundamental que o direito à manifestação e a realização de protestos pacíficos seja assegurado."20 44

Soldados da polícia militar atiram em direção de manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo.
Outra ONG, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgou uma nota condenando a repressão aos protestos e a prisão de jornalistas e manifestantes.20 Benoît Hervieu, representante regional da RSF, afirmou que "a Constituição brasileira está sendo desrespeitada" e que "além da brutalidade dos policiais, as acusações contra os jornalistas não têm fundamento."45 Ex-comandantes da Polícia Militar consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo também apontaram falhas na coordenação, planejamento e execução da operação.46
De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), houve cerca de cem feridos no centro da cidade, dentre quais sete jornalistas do jornal Folha de S. Paulo; dois deles atingidos por tiros de bala de borracha na cabeça.47 Um fotógrafo d'O Estado de S.Paulo acusou um policial de atropelá-lo de propósito com sua viatura no momento em que registrava o momento em que um outro carro da polícia passava por cima de uma barricada em chamas montada pelos manifestantes.48 Um fotógrafo da Futura Press foi atingido no rosto por uma bala de borracha e corre o risco de perder a visão no olho ferido.49 No meio do trajeto do quarto protesto, os manifestantes, que agiam de forma pacífica, foram recebidos com truculência pela tropa de choque da PMESP, que iniciou o confronto em diversos pontos com o objetivo de dispersar o movimento.50 O grupo, em nota, afirmou que entraria com uma representação na Justiça contra a Polícia Militar após a ação do dia 13.51 O prefeito da cidade, Fernando Haddad, reconheceu que o protesto do dia 13 de junho foi marcado pela violência policial52 e o secretário de Segurança Pública de São Paulo pede investigação sobre possíveis abusos da polícia militar.53

Fotógrafo foge de bombas de gás lacrimogênio lançadas pela Polícia Militar de São Paulo durante os protestos em São Paulo.
No dia 13 de junho de 2013, agentes da Polícia Militar do Estado de São Paulo, atuando contra manifestações populares do Movimento Passe Livre, prenderam mais de 60 manifestantes por estarem portando vinagre.33 O vinagre seria utilizado como meio de proteção ao gás lacrimogêneo e spray de pimenta34 nas movimentações que ocorreriam mais tarde naquele dia, que partiu do Theatro Municipal com destino à Avenida Paulista. O jornalista Piero Locatelli da revista Carta Capital chegou a ser detido e levado para a Polícia Civil por carregar uma garrafa de vinagre, o que tornou as manifestações conhecidas como "Revolta do Vinagre", ou "Revolta da Salada".34 35 A ação dos policiais foi posteriormente motivo de sátira nas redes sociais.54
Segundo relatos da imprensa, os confrontos com a polícia naquele dia teriam sido iniciados pela própria corporação.55 Um vídeo divulgado naquela mesma noite mostra um policial danificando uma viatura da própria polícia.56 57 O colunista da Folha de S. Paulo Elio Gaspari disse que "seguramente a PM queria impedir que a passeata chegasse à avenida Paulista" e que os confrontos entre os manifestantes e os policiais "foi um cena típica de um conflito de canibais com os antropófagos".58
Constatou-se também que a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo com a data de validade vencida, embora, em nota, ela tenha afirmado que isto não ofereceria risco à saúde das pessoas.59

À imprensa

Parte da imprensa também foi criticada pela falta de cobertura ao vivo dos protestos. Os canais a cabo Globo News, Band News e Record News foram acusados pela revista Carta Capital de ignorar as manifestações em São Paulo, enquanto exibiam matérias sobre os protestos na Turquia em 2013.60 O Observatório da Imprensa notou que só após as agressões direcionadas à imprensa que certos grupos midiáticos "[despertaram] para o fato de que há vândalos em ambos os lados do conflito".61
Alguns meios de comunicação internacionais criticaram a cobertura dos grandes grupos de comunicação no Brasil, tida como parcial em favor da "versão oficial". Segundo o portal francês Rue89, a mídia brasileira não hesitou ao "caracterizar os manifestantes como vândalos" logo no início.62 63

Repercussão

Nacional


Um cartaz de apoio aos manifestantes intitulado "V de Vinagre" (em referência ao filme V de Vingança).
Os protestos ganharam cobertura midiática imediata no Brasil. De início, o jornal Folha de S.Paulo criticou as manifestações, acusando os manifestantes de vandalizarem vias da cidade64 - no dia seguinte, defendeu em seu editorial que os manifestantes "são jovens predispostos à violência por uma ideologia pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da compreensível irritação geral com o preço pago para viajar em ônibus e trens superlotados" e que "lançam mão de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria vital da cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é prejudicar o número máximo de pessoas"65 O jornal também defendeu as intervenções da polícia.65 No dia 14, porém, reconheceu a truculência da polícia, após ter sete de seus repórteres feridos pelas ações da corporação66 67 - uma delas levou um tiro de borracha no rosto, levando o jornal a repudiar "toda forma de violência" e "a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio".68 No dia seguinte, publicou editorial no qual afirma que a polícia "protagonizou [...] um espetáculo de despreparo, truculência e falta de controle ainda mais grave que o vandalismo e a violência dos manifestantes, que tinha por missão coibir".69
O jornal O Estado de S.Paulo tomou um posicionamento similar ao da Folha: acusou os manifestantes de destruir agências bancárias e lojas, pichar prédios e incendiar ônibus70 , para no dia seguinte, em editorial, chamar os organizadores dos protestos de "baderneiros", acusar os manifestantes de "aterrorizar a população" e dizer que o vandalismo "tem sido a marca do protesto", além de considerar "moderada" a reação da PM e cobrar ainda mais rigor das polícias nos próximos protestos.71
A revista semanal Veja São Paulo acusou o MPL de provocar "doses de barulho e de confusão inversamente proporcionais ao seu tamanho".72 Também afirmou que os manifestantes protestam "sempre nas artérias principais da cidade, para chamar atenção, causando a maior balbúrdia possível e prejudicando um incalculável número de cidadãos que não consome drogas, trabalha oito horas por dia, não desfruta de imunidade sindical, sofre com o trânsito e quer viver em paz, com segurança, tendo assegurado seu sagrado direito de ir e vir".72 Reconheceu, entretanto, que a polícia está despreparada para lidar com situações semelhantes e que ela "perde a razão quando exagera na força".73
Para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a interrupção do trânsito durante um protesto é um ato de vandalismo e, dessa maneira, deve ser tratada como um "caso de polícia".74

Internacional

Os protestos receberam destaque nas principais agências de comunicação internacionais, que ressaltaram a "truculência" da polícia brasileira e o "clima de insegurança" presente na véspera de grandes eventos esportivos a serem sediados no país.62 75 Dentre os grupos midiáticos que cobriram os protestos incluem-se o jornal espanhol El País,76 77 o francês Le Monde78 e a rede de notícias norte-americana CNN.79 80 Para a rede britânica BBC, as manifestações trariam complicações para a realização da Copa das Confederações, especialmente no caso de protestos análogos que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro.81 82 O jornal americano The New York Times concordou e destacou os confrontos entre os manifestantes e a polícia. O periódico também comparou o movimento com a Revolta do Vintém de 1879 no Rio de Janeiro, uma série de protestos populares contra o aumento das passagens dos bondes.83 A revista alemã Der Spiegel anunciou que houve "batalhas de rua por causa de sete centavos [R$0,20 convertidos em Euro]".84
Após os acontecimentos do dia 13 de junho, protestos em solidariedade aos participantes das manifestações de São Paulo foram marcados em Portugal, França, Alemanha, Irlanda, Canadá, dentre outros países, perfazendo um total de 27 cidades no mundo.85 86 Manifestantes da Turquia também expressaram em mensagens apoio aos protestos no Brasil.87




Aldo Rebelo rejeita comentar protestos nos estádios da Copa das Confederações



Rio de Janeiro, 16 jun (EFE).- No intervalo entre o duelo entre México e Itália pela Copa das Confederações, no Maracanã, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, não quis comentar os confrontos entre policiais registrados no entorno do estádio neste domingo, nem os que aconteceram em outras cidades nos últimos dias.

"Deixa eu ver o conjunto da obra e aí sim vou dar uma declaração", comentou o titular da pasta, antes de retornar para o local na tribuna de honra onde acompanha o jogo.

Hoje, poucos minutos antes do jogo pelo grupo B da competição, policiais entraram em confronto com manifestantes que programaram ato no entorno do Maracanã. Não foi divulgado o número de feridos. O fotógrafo Luiz Roberto Lima, das agêncais Estado e Globo passou mal devido a intoxicação causada pelo gás de pimenta lançado pelos agentes de segurança.

Globo ignora protestos e mostra ‘país em festa’ no Esporte Espetacular



Globo ignora protestos e mostra ‘país em festa’ no Esporte Espetacular


Protestos na porta do estádio Mané Garrincha, confrontos com a polícia e vaias à presidente Dilma Rousseff marcaram o primeiro dia da Copa das Confederações? Não para a TV Globo. Na edição deste domingo do Esporte Espetacular, a emissora ignorou completamente qualquer fato negativo relativo à abertura do torneio em solo nacional e exibiu uma ‘realidade paralela’.
A programação de 2h30 do programa dominical foi uma verdadeira propaganda da competição da Fifa. A ampla cobertura da Copa das Confederações trouxe diversas reportagens exaltando o torneio e passando a ideia de uma grande festa em todo o país.
Somente no primeiro bloco, foram exibidas matérias sobre o ‘comando vitorioso’ de Felipão, outra com torcedores elogiando a seleção brasileira (“o verdadeiro Brasil voltou”) e uma reportagem com festas em todo o país, com multidões reunidas para assistir à estreia do país no melhor clima Copa do Mundo.
No decorrer do programa, o Esporte Espetacular ainda mostrou matérias sobre praticamente todas as equipes da Copa das Confederações, trouxe imagens da atuação de Neymar contra o Japão, falou sobre a alegria dos voluntários que trabalham no torneio, contou a história de um torcedor que acompanha a seleção brasileira em todas as competições pelo mundo e exibiu um documentário sobre a Espanha.
A atração ainda trouxe links ao vivo no treino da seleção brasileira, além de Recife e Rio de Janeiro, palcos das partidas deste domingo. A única crítica à organização do torneio, e de forma velada, ocorreu justamente em uma destas entradas.
Ao falar sobre a seleção uruguaia, Pedro Bassan contou que os jogadores do país ficaram incomodados com os problemas encontrados para treinar em Recife na última semana.
No fim do programa, porém, o clima de ‘corrente para frente’ voltou a imperar e a atração foi encerrada com imagens da vitória da seleção brasileira, embaladas com a música ‘Ousadia e Alegria’, do cantor Thiaguinho.

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