quarta-feira, 30 de março de 2011

Apresentação de Luis Fabiano , 45 mil torcedores no Morumbi !

Rogerio Ceni marca 100º gol video c/ jose silverio

Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

ESPN.com.br / José Roberto Malia - Informação é o nosso esporte - Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

Se realmente a folhinha corintiana marcar o término da festa dos 100 anos para 31 de agosto, como apregoa o fofo Ronaldo, sob a bênção do presidente da nova-velha diretoria, o gentleman Andrés Sanchez, a Fiel finalmente pode comemorar a chegada da cereja do bolo.

O centenário não passará mais em branco. Os coirmãos terão de jogar no lixo a salutar pecha do sem ter nada, do ‘toliminado’.

Os 100 anos certamente serão lembrados para todo e sempre, incluídos até no livro dos recordes: o Corinthians abrigou, orgulhosamente, o centésimo gol do amigo de fé são-paulino Rogério Ceni. E com direito à quebra de um tabu.

Uma freguesia de quatro anos e 11 contas a pagar que começou a mudar de mãos e chuteiras assim que a bola rolou na Arena Barueri.

Até quem tem pouca intimidade com o esporte e se liga mais no críquete pôde perceber que havia no ar algo diferente, que o clássico iria dar o que falar.

O São Paulo pintou em campo com uma vontade incrível, como se estivesse decidindo um título. Em dúvida, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E vigilância mais que dobrada em Liedson, uma pobre andorinha perdida entre pitbulls esfomeados por uma vitória.

Já o Corinthians lembrou galã contratado para dar as caras em baile de debutante: muita maquiagem para ficar bonitinho, fazer jus ao cachê. E dançou a valsa em ritmo de maxixe. Sem lenço e sem documento.
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Pica-Pau. O Corinthians é daqueles clubes que fazem questão de enaltecer as qualidades do adversário, independentemente do resultado. Pouco depois da quebra do tabu de quatro anos, o site da equipe da Fazendinha postou rasgados elogios ao Tricolor. Primeiro, classificou como ‘zebra’ o resultado em Barueri. Depois, ‘roubou’ gols de Rogério Ceni. Lembrou que a mamãe Fifa reconhece apenas 98. Traduzindo: prosopopeia flácida para acalentar bovino – mais conhecido como conversa para boi dormir.

Twitter. Se o Tricolor estivesse perdendo por 2 a 0 ou 3 a 0, Rogério Ceni havia prometido não bater pênalti ou falta. Guardaria o centésimo para outra freguesia.

Pai Jeová. Apesar de o técnico Mano Menezes insistir na renovação da equipe, com a escalação de 50% dos anões de Dunga que fracassaram no safári da África do Sul, os vovôs é que continuam dando as cartas na seleção. Neymar, com dois gols, e Lucas ‘Marcelinho’, em poucos minutos, arrebentaram no treino contra os escoceses, acabando com um jejum de dois jogos sem vitória. Só falta Ganso na lagoa. Que venha a laranja holandesa. Mas nada de blablablá de revanche, porque Copa é Copa e pebolim é totó.

Sugismundo Freud. Brasil: reformatar ou aeroporto.

Tico e Teco. E o ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo, hein? O ‘mestre dos mestres’ começou a viver uma bela lua de mel com a torcida por ter vetado a contratação de Adriano, o Imperador. Cartazes tipo ‘fora Luxa’ e ‘Adriano=hexa e Luxa?” passaram a frequentar o coração do técnico. Entre uma batida e outra, os agradecimentos, após o empate em 3 a 3 com o Madureira: “Sobre o Adriano, tem gente que é favorável porque tem interesse político. Atrás do banco tinha meia dúzia de pessoas que deve ter levado uma graninha para perturbar.” A conferir.

Facebook. O Bahia estava tão fechado, mas tão fechado com o Clube dos 13, que se abriu para a Globo.

Olha a xepa. O goleiro Fábio Costa está preocupadíssimo com a alta da abobrinha e do repolho. Tanto que só vai à feira depois do meio-dia, quando os preços caem pela metade. Desde fevereiro, ele curte férias remuneradas na cobertura que possui na Baixada Santista. O Galo contribui com a poupança do jogador em mais de R$ 200 mil mensais. Tentou devolvê-lo ao Santos antes de terminar seu empréstimo, mas não obteve êxito. E Fábio Costa já decidiu: prefere xepa a clube da segundona no Brasileirão/2011.

Gilete press. Do blogueiro Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “O São Paulo usa atualmente os serviços de um psiquiatra. Ele é acionado quando a psicóloga do clube julga que algum jogador precisa de sua ajuda. É uma herança da passagem de Adriano pelo Morumbi (...) No Corinthians, Adriano pelo menos não terá problemas para frequentar alguns ambientes. Andrés Sanchez e outros dirigentes gostam de sair com boleiros.” E vai rolar a festa.

DataLetra. Onze de cada 10 jogadores aplaudem com efusivas vaias o horário das 21 horas de sábado para jogos do Brasileirão. Zorra total.

Tititi d’Aline. A elegância demonstrada pelo árbitro Guilherme Ceretta de Lima no clássico paulista tem explicação. Nas horas vagas, ele é modelo. Posa para fotos de catálogos e sobe na passarela.

Você sabia que... o Internacional só admite negociar Leandro Damião por mais de R$ 45 milhões?

Pombo-correio. “Por que o Santos não troca o Ganso pelo Robinho, já que ele quer ir para o Milan?” – do internauta Flávio Alonso de Oliveira. Há controvérsias.

Bola de ouro. Rogério Ceni. Simplesmente fantástico. Tem muito atacante que não chega nem à metade dos 100 gols do são-paulino. A lamentar: o palco da façanha (merecia o Morumbi) e o público (pouco mais de 17 mil pagantes).

Bola de latão. Dentinho. Resolveu colaborar decisivamente com a festa de Rogério Ceni. Sem mais nem menos, pimba no bilau de Rodrigo Souto. Merece uma multa exemplar.

Bola de lixo. Lourival Libaneo. Ganhou um ótimo prêmio da confederação de atletismo: dois anos de gancho por doping.

Bola sete. "Foi como tinha de ser, de falta, um gol que decidiu um jogo importante. Dedico para as minhas filhas, que são os tesouros da minha vida, para o meu pai e, principalmente, para a nação são-paulina, para a entidade São Paulo, que luta contra tanta coisa ruim no futebol [Globo e CBF]” (do goleiro-artilheiro Rogério Ceni – no alvo).

Dúvida pertinente. Por quanto tempo Júlio César sonhará com Rogério Ceni?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com

domingo, 27 de março de 2011

ESPN.com.br / São Paulo - Informação é o nosso esporte - Único a vetar cobranças, Mário Sérgio assume erro: 'Bateria até escanteio'

ESPN.com.br / São Paulo - Informação é o nosso esporte - Único a vetar cobranças, Mário Sérgio assume erro: 'Bateria até escanteio'

Único a vetar cobranças, Mário Sérgio assume erro: 'Bateria até escanteio'


Em 29 de setembro de 1998, Mário Sérgio assumiu um São Paulo em crise, já distante da faixa de classificação para as quartas de final do Brasileiro, e implantou uma série de mudanças, como a obrigação das caneleiras dos treinos e o fim das definições de esquemas táticos. Na época, a maior polêmica era Zé Carlos, lateral direito que esteve na Copa do Mundo menos de três meses antes, na reserva. O técnico, porém, entrou na história por outro motivo: proibiu Rogério Ceni de bater faltas.

O goleiro reproduz em seu livro "Maioridade Penal" a conversa que teve com o treinador: "'Rogério, a partir de hoje você não bate mais falta. Você é o meu goleiro, mas não vai cobrar faltas. Combinado?' O que eu poderia dizer? (...) Ele mandava, eu obedecia. Chateado pra caramba (...) Só dos treinos, das dezenas de cobranças diárias, é que não abri mão."



"Quero que o Rogério se destaque pelas defesas. Ele é um dos melhores do Brasil e certamente irá se firmar na seleção brasileira pelas defesas, e não pelos gols. Temos excelentes cobradores e ele é mais útil no gol. Conversei com o Rogério, e ele é um rapaz inteligente. Por isso, entendeu perfeitamente a minha colocação", explicou Mário Sérgio, na época, apostando mais nas cobranças de Dodô, que tinha acabado de perder pênaltis contra Sport e Vasco e se recuperava de um soco dado por um torcedor que invadiu o vestiário e lhe custou três pontos na boca.

O argumento era de que Rogério se cansava muito tendo que voltar correndo à meta depois de bater faltas. E até treinar as cobranças poderia ser uma rebeldia, já que a ordem era se aperfeiçoar como goleiro. "Quem manda é o nosso treinador. Entretanto, não vejo qualquer problema ao me deslocar até o ataque para cobrar faltas. Não há um grande desgaste no meu retorno ao gol e isso jamais me prejudicou", avisou Ceni, na primeira vez que comentou o assunto, em 1998.

Mais de 12 anos depois, o goleiro que tinha seis gols quando Mário Sérgio o vetou voltou a se aventurar no ataque já em 1999, sob o comando de Paulo César Carpegiani, contra o rival Corinthians, chegou a 100. E o treinador, nesta entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.Net, admite não só que errou, mas que "não percebeu um superdotado" que passou pela sua mão. O chefe defende que, ao menos, percebeu a liderança do jogador e, mesmo dando a tarja de capitão ao zagueiro Márcio Santos, deixava Rogério Ceni, então com 25 anos, organizar o posicionamento defensivo em um quadro negro.

Mário Sérgio obteve uma má campanha no Morumbi: três vitórias, um empate e seis derrotas em dez jogos e o time correu risco de rebaixamento no Brasileiro. A diretoria até aceitou pagar multa de R$ 350 mil para romper o contrato assinado até o fim de 1999 para demiti-lo em dezembro de 1998. Mas a maior marca do técnico no Morumbi fica clara no capítulo "Sem licença para bater falta" que Rogério Ceni dedica a ele em seu livro. "Dois meses foi o maior tempo que fiquei sem bater falta. Dois meses (dez jogos) foi o tempo de permanência do Mário Sérgio no São Paulo."

Gazeta Press: Como você, que chegou a proibir o Rogério Ceni de bater faltas, o vê chegando ao centésimo gol?
Mário Sérgio: Fico muito à vontade para falar disso. Eu achava que o que ele se desgastava para treinar faltas poderia usar para treinar no dia a dia os fundamentos da posição. Ele poderia prejudicar até a sua atuação por se desgastar indo ao ataque para bater e voltando correndo para o gol. Mas ele começou a fazer gol, gol, gol e provou que a minha tese estava errada. Ele é uma raridade no contexto mundial, um dos superdotados que passou na minha mão e não notei.

GP: Por que você tomou àquela decisão?
MS: Quando cheguei ao São Paulo, ele tinha poucos gols. E eram poucos os goleiros que batiam faltas e pênaltis. Tinha o Chilavert, mas ele não tinha o perfil do Rogério. Arriscava tudo e não estava nem aí. Já o Rogério é responsável, profissional. É o único que fez isso por algo consciente, não para aparecer. Ele sabia que tinha competência para bater falta maior do que um atacante.

GP: Então pesou o fato de ser uma novidade?
MS: Sim. As pessoas pegam no meu pé por isso até hoje e nem ligo. Quem é racional sabe os meus motivos. Tinha o Dodô, o França, jogadores extremamente habilidosos para bater faltas. Como ele tinha poucos gols, achei que seria muito mais útil se evitasse os gols e não os fizesse. E eu poderia treinar faltas e pênaltis com outros jogadores.

GP: Ele te contestou quando você comunicou o veto?
MS: Nunca houve briga entre nós. Foi uma conversa de dois homens, não foi nem de chefe para empregado. Ele, inteligente, mostrou o profissional que é e entendeu sem resistência. Ele poderia até ter um ressentimento, mas jamais teve isso. Gosto muito dele como homem. Tenho por ele uma admiração profunda.

GP: Quando você deixou o São Paulo, ele comentou sobre a proibição?
MS: O Rogério sempre me tratou com carinho e respeito. Ele até me deu uma camisa autografada com uma dedicatória linda quando saí do clube. Tenho isso guardado até hoje porque é um motivo de muito orgulho. Ele mostrou o seu caráter como homem. Viu que o que coloquei não foi para o mal dele, mas uma visão minha coletiva. Eu não estava vendo o individual. Como técnico, minha obrigação é ver o melhor para o grupo e ele entendeu isso.

GP: O Rogério conta que você dava liberdade para ele ajudar na organização do sistema defensivo.
MS: Ele é um cara que está atrás da defesa e tinha um nível precoce de inteligência, porque ele era e ainda é muito novo para isso. A grande maioria dos jogadores no Brasil não está nem aí para a parte tática, mas o Rogério é uma exceção, é um estudioso do jogo taticamente. Como último homem, ele tem como ajeitar uma precipitação no posicionamento, trazer uma informação que não estou vendo, discutir comigo algo que não coloquei. Não explorar isso é uma burrice, porque é uma continuidade da função do técnico. Algo que eu esperaria o fim do primeiro tempo para corrigir ele poderia corrigir já dentro do primeiro tempo.

GP: O que você acha que aconteceu para todos os seus sucessores permitirem que ele voltasse a bater faltas?
MS: Ele decidiu bater faltas porque vislumbrou ajudar o coletivo em função do dom que ele sabia que tinha. Quando cheguei, esse negócio de ele bater faltas ainda estava se iniciando e me achei no direito de proibir. Posteriormente, ele convenceu os outros de que é bom batedor de faltas no dia a dia nos treinos. Não tem técnico que seja burro ou vaidoso em função dessa minha tese abrir mão de quem bate falta e faz gol em todos os jogos.

GP: Quando vocês se encontram, ele comenta sobre o seu veto?
MS: Nunca tocou no assunto. Mas não há revolta ou aborrecimento de nenhuma parte. Não me furto de forma alguma em comentar sobre o assunto. Na época, errei. Hoje, se ele fosse meu jogador, bateria falta, pênalti, lateral, escanteio...

GP: Hoje, ele participa até mais do jogo porque o São Paulo recua muitas bolas...
MS: Além de ser um grande goleiro, ele deixa o time se dar ao luxo de os zagueiros, se forem apertados, botarem no pé dele porque ele bota a bola onde quiser, em um jogador sem marcação que já pode dominá-la e sair no ataque. Não se pode abrir mão deste ganho, tem que ser usado exaustivamente. Quando eu estava no Figueirense, em um jogo no Morumbi (1 a 1, pela Copa Sul-Americana de 2007), fizemos um lançamento errado, ele se antecipou e meteu a bola na cabeça do Aloísio, que ajeitou para o Borges fazer o gol no fim do jogo e classificar o São Paulo. É um goleiro com uma virtude que outro não tem: o passe perfeito.

GP: Em outros clubes, você encontrou outros goleiros que queriam bater faltas e pênaltis?
MS: Nunca nenhum nem fez essa proposta. Se fizesse, eu não deixaria. Você não pode usar uma exceção para começar a obrigar o goleiro a bater faltas. E jamais outro terá um índice de acerto tão grande quanto o do Rogério.

GP: Para você, um ex-técnico que marcou a carreira dele como único que o vetou, o que significam estes 100 gols?
MS: Ninguém merece isso mais do que ele. Não é só a constatação do bom profissional que ele é, mas de um cara com uma liderança extremamente positiva, que treinou assiduamente 40, 50 vezes por dia, provando até nesta parte que não tem limites. Depois que parar, vai buscar objetivos importantes, quem sabe como presidente do clube, com o mesmo destaque que tem em campo.

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ESPN.com.br / Futebol Nacional - Informação é o nosso esporte - Maiores vítimas, Fábio se diz 'triste', e Marcos reverencia Rogério

ESPN.com.br / Futebol Nacional - Informação é o nosso esporte - Maiores vítimas, Fábio se diz 'triste', e Marcos reverencia Rogério: "Maiores vítimas, Fábio se diz 'triste', e Marcos reverencia Rogério


Nos últimos 14 anos, além de defender a meta tricolor, Rogério Ceni frequentou as redes adversárias. No caminho para o 100º gol, cifra histórica alcançada na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians na tarde deste domingo, o goleiro se acostumou a vitimar o cruzeirense Fábio e o rival Palmeiras.

Da centena de gols anotados pelo são-paulino, Fábio sofreu seis. 'Fico feliz pelo Rogério Ceni conseguir atingir essa marca, mas triste por saber que sou o goleiro que mais sofreu gols dele. Acredito que seja coincidência levar esses gols dele, se não fosse eu seria outro companheiro de posição', afirmou.

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Então goleiro do Vasco, Fábio tomou seu primeiro gol de Ceni em cobrança de falta na vitória do São Paulo por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro de 2003. Já no Cruzeiro, ele sofreu um novo gol de pênalti no Nacional de 2005, no empate por 1 a 1 entre os dois clubes.

Em 2006, Fábio tomou três gols em apenas dois confrontos com o São Paulo, um deles histórico. No empate por 2 a 2 pelo Brasileiro, Ceni marcou um de falta e um de pênalti, ultrapassando o paraguaio Chilavert como maior goleiro artilheiro da história. No returno do Nacional, ele anotou novamente, de falta, no triunfo tricolor por 2 a 0.

Fábio conseguiu passar cerca de quatro anos sem sofrer gols de Ceni, mas voltou a ser vazado pelo colega de posição no Campeonato Brasileiro de 2010. Em um pênalti irregular marcado pelo árbitro pernambucano Nelson Nogueira Dias, o são-paulino marcou no triunfo por 2 a 0 diante dos mineiros, de pênalti.

'O Rogério tem uma qualidade muito grande na bola parada e normalmente quando cobra alguma falta leva perigo. Sempre que o Cruzeiro joga com times que tem bons cobradores de falta, peço aos jogadores para evitar as faltas perto da área', explicou Fábio.

Já o Palmeiras sofreu sete gols de Rogério Ceni. Sérgio e Diego Cavalieri também foram vitimados pelo goleiro são-paulino, mas o mais vazado é o veterano Marcos. Com quatro gols sofridos, ele reverencia seu segundo reserva na Copa do Mundo de 2002.

'É uma marca impressionante (100 gols). O Rogério merece, porque é um dos melhores batedores de falta que eu já vi e treinou muito para isso. Ah, e é bom que ele se lembre que eu tenho participação neste feito aí. Se não fossem os gols que sofri, ele não estaria comemorando', brincou o palestrino.

Marcos foi vazado por Ceni pela primeira vez no empate por 4 a 4 entre Palmeiras e São Paulo, pelo Campeonato Paulista de 1999, em uma cobrança de pênalti. Em 2002, pelo Rio-São Paulo, o arqueiro tricolor marcou seu único gol de falta diante do rival em novo empate por 2 a 2.

Nas oitavas de final da Copa Libertadores de 2005, Ceni converteu um pênalti no triunfo por 2 a 0 do São Paulo. O último gol do ídolo tricolor sobre o palmeirense veio no Campeonato Brasileiro de 2008, no empate por 2 a 2 em pleno Palestra Itália, novamente de pênalti.

Rogerio Ceni marca 100º gol




Domingo, 27/03/2011 - 16h00 Arena Barueri - Barueri, SP
2 ° São Paulo 2 x 1 Corinthians 3 °
Gols: Dagoberto , Rogério Ceni Gols: Dentinho

  • Dagoberto recebe, corta para o meio, e arrisca o chute. Julio César faz a...
  • Uhhh! Dagoberto solta uma bomba de longe, e a bola desvia em Fábio Santos...

Ceni marca 100º gol, e São Paulo encerra tabu: 2 a 1 sobre o Timão

Na Arena Barueri, Tricolor Paulista derruba jejum de quatro anos sem vitórias sobre o Corinthians em tarde histórica para Rogério Ceni


Domingo, 27 de março de 2011. Arena Barueri, 17h09m. Data, local e horário que jamais serão esquecidos pela torcida do São Paulo. A falta, cobrada com maestria, na entrada da área, pelo lado esquerdo, entrou no ângulo direito da meta de Julio Cesar, que voou apenas para aparecer na imagem. Nesse exato momento, Rogério Ceni escreveu mais um capítulo de sucesso na sua incrível carreira. Após 20 anos, 965 partidas disputadas e 15 títulos conquistados, o camisa 1 do time do Morumbi chegou ao seu centésimo gol. E, para tornar esse feito ainda mais especial, foi também o dia em que o São Paulo venceu o Corinthians por 2 a 1 e quebrou um incômodo jejum de quatro anos sem vitória sobre o rival.

Além da quebra da invencibilidade, o resultado pôs o Tricolor na vice-liderança do Campeonato Paulista, com 34 pontos, um a menos que o Palmeiras, que no sábado fez a lição de casa ao bater o Bragantino. O Timão tem a mesma pontuação da equipe do Morumbi, mas caiu para a terceira colocação por ter uma vitória a menos. Pelo estadual, os dois times voltarão a jogar no final de semana. No domingo, o São Paulo receberá o Mirassol no Morumbi. No mesmo dia, a equipe de Parque São Jorge irá a Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo.
Que pontaria, Dagoberto!
Toda a rivalidade que cerca são-paulinos e corintianos nos últimos anos foi demonstrada no primeiro tempo do clássico. O bom futebol deu lugar ao nervosismo, a um excessivo número de passes errados e a algumas faltas mais violentas. Faltou futebol. O Timão foi discretamente melhor no controle do jogo, mas Dagoberto, artilheiro da equipe em 2011, deu a vantagem ao Tricolor com um chute certeiro nos minutos finais.
Paulo César Carpegiani surpreendeu ao sacar Marlos para a entrada de Rodrigo Souto. O São Paulo ganhou um homem a mais na marcação, porém, perdeu força ofensiva. O Corinthians agradeceu. Até os dez minutos, só o Timão jogou, sobretudo pelo lado direito, com Alessandro e Dentinho. A única chance, contudo, não foi aproveitada por Morais, que carimbou a zaga na área depois de falha de Miranda.
Rogério Ceni 100 gols  (Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)Rogério celebra marca histórica na carreira: são 100 gols do goleiro-artilheiro (Wander Roberto / VIPCOMM)
Aos poucos, o São Paulo conseguiu equilibrar a partida e cresceu. Junior Cesar e Carlinhos Paraíba eram as principais opções pela esquerda. Com Rivaldo no banco, o time sentiu falta de um meio de campo mais criativo. Ilsinho, aberto pelo lado direito, pouco fez para abrir espaços. O time só chegou ao gol de Julio Cesar em chutes de fora da área de Jean, Dagoberto e Fernandinho, todos sem muita direção.
Quando a pontaria melhorou, o São Paulo abriu o placar, aos 39 minutos. Dagoberto recebeu a bola pelo lado esquerdo do ataque, já próximo à área, e soltou a bomba. Julio Cesar voou, mas não conseguiu evitar que ela entrasse no canto esquerdo. Explosão tricolor nas arquibancadas da Arena Barueri, O Corinthians ainda quase empatou na etapa inicial, aos 46, com Dentinho cabeceando para fora um cruzamento de Fábio Santos.
Ceni é 100!

Rogério Ceni contra o Corinthians (foto: Vipcomm)
O Corinthians voltou para o segundo tempo tentando pressionar o São Paulo novamente. O empate quase veio aos dois minutos. Após cruzamento da esquerda, Jorge Henrique dividiu com Alex Silva, e Rogério Ceni fez linda defesa, espalmando para escanteio.
Mas o clássico ainda reservava um momento especial. Mais que isso, histórico para os são-paulinos. Fernandinho foi derrubado perto da área por Ralf. No mesmo instante em que o árbitro assinalou falta, a torcida tricolor já celebrava como um gol. Aos oito minutos, Rogério Ceni, ídolo maior do clube, ajeitou a bola e cobrou com perfeição, no ângulo direito, impossível de Julio Cesar pegar. Foi o centésimo gol dele na carreira, justamente como a torcida queria: diante do maior rival nos últimos anos.
Na comemoração, Ceni tirou o uniforme e correu até a linha de fundo. Todos os jogadores acompanharam e abraçaram o capitão. Enquanto isso, uma bateria de fogos foi disparada por quase dez minutos. No placar eletrônico, mais homenagens ao maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial.
A Arena Barueri se transformou numa festa completa para os são-paulinos. O Corinthians foi para cima. A reação ficou mais complicada quando Alessandro cometeu falta violenta sobre Dagoberto e foi expulso. Mesmo assim, os alvinegros descontaram, aos 22, com Dentinho chutando rasteiro no canto direito de Ceni.

Para ajudar o Timão a ganhar mais confiança, Dagoberto fez falta no ataque e recebeu o cartão vermelho. Entretanto, aos 28, Dentinho tratou de “ajudar” o rival. Ele deu um pisão em Rodrigo Souto e também disse adeus ao duelo. Na saída de campo, o jogador provocou torcedores do São Paulo, que arremessaram garrafas, calçados e até uma bomba para o gramado.
Com um a menos novamente, o Corinthians se lançou ao ataque e abriu espaços na defesa. Marlos desperdiçou diversos contra-ataques que poderiam fechar o jogo. Nos minutos finais, o Timão foi todo pressão. Liedson teve uma chance, mas parou em ótima defesa de Rogério Ceni. O domingo era dele. A festa tricolor estava apenas começando!

SÃO PAULO 2X1 CORINTHIANS
Rogério Ceni; Rhodolfo, Alex Silva e Miranda; Ilsinho (Marlos), Jean, Carlinhos Paraíba, Rodrigo Souto (Casemiro) e Junior Cesar; Dagoberto e Fernandinho (Rivaldo). Julio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos (Danilo); Ralf, Paulinho, Morais (Ramirez) e Jorge Henrique (Willian); Dentinho e Liedson.
Técnico: Paulo César Carpegiani. Técnico: Tite
Cartões amarelos: Dagoberto, Rhodolfo, Junior César, Ilsinho e Rogério Ceni (São Paulo). Jorge Henrique (Corinthians). Cartão vermelho: Alessandro e Dentinho (Corinthians) e Dagoberto (São Paulo).
Gols: Dagoberto, aos 39 minutos do primeiro tempo. Rogério Ceni, aos 8, e Dentinho, aos 22 minutos do segundo tempo.
Estádio: Arena Barueri. Data: 27/03/2011. Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima. Auxiliares: Celso Barbosa de Oliveira e Carlos Alberto Funari..

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