sábado, 29 de maio de 2010

Israel rejeita reunião sobre armas nucleares no Oriente Médio

usina nuclear
O governo de Israel divulgou uma nota neste sábado na qual afirma que não participará da conferência para discutir a transformação do Oriente Médio em uma zona livre de armas nucleares, proposta durante um encontro das Nações Unidas em Nova York.

Representantes dos 189 países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) assinaram na sexta-feira um documento concordando em realizar o encontro em 2012. Na declaração, o único país citado nominalmente é Israel, que não assinou o TNPN.

O governo israelense, no entanto, classificou o documento de 'profundamente falho' e 'hipócrita'.

'Ele ignora as realidades do Oriente Médio e as ameaças reais diante da região e do mundo todo', diz a declaração oficial, segundo a agência de notícias AFP.

'Diante da natureza distorcida desta resolução, Israel não poderá participar da sua implementação.'

Visita oficial

A nota foi divulgada neste sábado no Canadá, onde o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve em visita.

Essa não é a primeira vez que o governo israelense se recusa a comentar rumores de que o país teria um arsenal nuclear.

Na sexta-feira, os 189 signatários do TNP anunciaram uma declaração conjunta na qual os países que têm armas nucleares concordam em reduzir seus arsenais.

O documento de 28 páginas diz também que EUA, França, Rússia, China e Grã-Bretanha se comprometem a adotar medidas para diminuir a importância de armamentos atômicos, relatando seu progresso em 2014.

O texto fala ainda da conferência em 2012 com todos os países do Oriente Médio – incluindo o Irã - para discutir “um Oriente Médio livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa”.

Israel

Os países presentes na conferência também pediram que Israel assine o TNP. Acredita-se que Israel tenha um arsenal nuclear não-declarado.

Paquistão, Índia e Coreia do Norte, que declaram ter armas nucleares, também não são signatários do tratado.

Segundo analistas, a inclusão da menção a Israel no documento, uma iniciativa dos países árabes, seria uma forma de pressionar o país a abrir mão de seu possível arsenal.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apoiou o documento, mas disse se opor “fortemente” à menção exclusiva a Israel.

O Irã pressionou para que os cinco países do tratado com arsenais nucleares reconhecidos (Estados Unidos, China, Rússia, França e Grã-Bretanha) estabelecessem um prazo para o desmantelamento de seus arsenais atômicos, mas acabou aceitando o texto assinado pelas 189 nações.

Analistas dizem que o TNP corria o risco de perder credibilidade se, neste encontro de um mês em Nova York, não tivesse chegado a um acordo.

Em sua última conferência, em 2005, o grupo não conseguiu chegar a uma declaração conjunta.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Rogério defende pênalti !



Santa categoria

Fernandão e Rogério Ceni garantem vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0




Assim como Fernandão, que marcou um gol, Rogério Ceni também foi herói na vitória de 1 a 0 sobre o Palmeiras, no clássico realizado nesta quarta-feira, no Morumbi. O camisa 1 defendeu um pênalti inexistente de Cicinho sobre Ivo, marcado erradamente pelo juiz Marcelo Aparecido Rogério. E na saída do gramado, ele aproveitou para criticar a arbitragem. (Reveja a defesa do goleiro tricolor ao lado)

- Falei para ele (o árbitro Marcelo Aparecido Rogério) que não tinha sido pênalti. A gente joga Libertatdores e aí vem jogar aqui e tem 180 faltas em um jogo. Não duvido da boa intenção do árbitro, houve um tranco, mas dar um pênalti desse jeito, aos 40 do segundo tempo eu realmente não gostei - reclamou o capitão do time do Morumbi.

Com o resultado, o São Paulo chegou ao segundo triunfo seguido na competição nacional e agora soma sete pontos. O time do Morumbi também não levou gol nas duas últimas partidas do Nacional e também nos dois duelos contra o Cruzeiro pela Libertadores. De quebra, a vitória encerra um jejum de não ter vencido clássicos paulistas até então em 2010.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Revelado: que Israel ofereceu para vender na África do Sul armas nucleares | Notícias do Mundo | The Guardian



Exclusivo: documentos secretos da era do apartheid depor primeiro oficial de armas nucleares de Israel
The secret military agreement signed by Shimon Peres and P W  Botha

O acordo militar secreta assinada por Shimon Peres, hoje presidente de Israel, e PW Botha África do Sul. Foto: Guardian

Documentos secretos revelam que o Sul Africano Israel ofereceu vender ogivas nucleares ao regime do apartheid, proporcionando a prova documental primeiro oficial da posse do estado de armas nucleares.

O segredo 'top' as actas das reuniões entre altos funcionários dos dois países em 1975 mostram que África do Sul»Ministro da Defesa é, PW Botha, pediu as ogivas e Shimon Peres, então ministro da Defesa de Israel e, agora, o seu presidente, respondeu, oferecendo-lhes' em três dimensões '. Os dois homens também assinou um acordo amplo que regem os laços militares entre os dois países, que incluiu uma cláusula afirmando que 'a própria existência deste acordo' deveria permanecer secreto.

Os documentos, descobertos por um acadêmico americano, Sasha Polakow-Suransky, na pesquisa para um livro sobre a estreita relação entre os dois países, prova de que Israel tem armas nucleares, apesar da sua política de 'ambigüidade' em não confirmar nem negar a sua existência.

As autoridades israelitas tentaram parar na África do Sul pós-apartheid governo desclassificação dos documentos, a pedido Polakow-Suransky e as revelações vão ser um embaraço, nomeadamente no que fala nuclear desta semana, a não-proliferação, em Nova York no foco Oriente Médio.

Eles também prejudicar os esforços de Israel para sugerir que, se tiver armas nucleares, é uma 'potência responsável' que não seria mau uso deles, ao passo que países como o Irão não pode ser confiável.

Um porta-voz de Peres disse hoje que o relatório foi infundada e que houve 'nunca qualquer negociação' entre os dois países. Ela não fez comentários sobre a autenticidade dos documentos.

Sul Africano documentos mostram que os militares da era do apartheid queria que os mísseis como um elemento dissuasor e potencial para ataques contra países vizinhos.

Os documentos mostram os dois lados se reuniram em 31 de março de 1975. Polakow-Suransky escreve em seu livro publicado em os E.U. esta semana, a Alliance Unspoken: aliança secreta de Israel com o apartheid sul-africano. Nas conversações oficiais israelenses 'formalmente oferecido para vender na África do Sul alguns dos mísseis com capacidade nuclear em seu arsenal de Jericó'.

Entre os presentes na reunião foi o chefe militar do Sul Africano de pessoal, o Tenente-General RF Armstrong. Ele imediatamente redigiu uma nota em que ele pôs para fora os benefícios da África do Sul a obter mísseis Jericó, mas somente se eles estavam equipados com armas nucleares.

O memorando, marcado como 'top secret' e datado do mesmo dia da reunião com os israelenses, já foi revelado, mas o seu contexto não foi totalmente compreendido porque não era conhecido por ser diretamente ligado à oferta de Israel no mesmo dia e que foi a base para um pedido directo para Israel. Nele, Armstrong, escreve: 'Ao considerar os méritos de um sistema de armas, como o que está sendo oferecido, certas suposições foram feitas: a) que os mísseis serão armados com ogivas nucleares fabricados no RSA (República da África do Sul) ou adquiridas em outros lugares. '

Mas a África do Sul foi há de ser capaz de construir armas atômicas. Um pouco mais de dois meses depois, em 04 de junho, Peres e Botha reuniram-se em Zurique. Até então o projeto de Jericó tinha o codinome Chalet.

A acta top secret do registro reunião que: 'Ministro Botha manifestou interesse em um número limitado de unidades de Chalet sujeitos à carga correta está disponível.' O documento, em seguida, registra: 'Ministro Peres disse que a carga correta era disponível em três tamanhos. Botha ministro expressou seu agradecimento e disse que iria pedir conselhos.' Os 'três dimensões' são consideradas para se referir ao convencional, armas químicas e nucleares.

O uso de um eufemismo, a carga 'correto', reflete a sensibilidade de Israel sobre a questão nuclear e não teria sido se tivesse sido usado referindo-se a armas convencionais. Ela também pode ter significado apenas ogivas nucleares como nota Armstrong deixa claro a África do Sul estava interessado em que os mísseis Jericó apenas como um meio de transportar armas nucleares.

Além disso, a carga só os sul-africanos teria sido necessário para a obtenção de Israel era nuclear. Os sul-africanos foram capazes de unir ogivas outros.

Botha não ir adiante com o acordo, em parte por causa do custo. Além disso, qualquer acordo teria que ter aprovação final pelo primeiro-ministro de Israel, e é incerto que teria sido breve.

África do Sul finalmente construiu a sua própria bomba nuclear, embora possivelmente com a ajuda de Israel. Mas a colaboração em matéria de tecnologia militar só cresceu ao longo dos anos seguintes. África do Sul também forneceu a maior parte do urânio yellowcake que Israel necessários para desenvolver as suas armas.

Os documentos confirmam as contas de um ex-comandante do Sul Africano naval, Dieter Gerhardt - preso em 1983 por espionar para a União Soviética. Após a sua libertação com o colapso do apartheid, Gerhardt disse que havia um acordo entre Israel ea África do Sul chamado Chalet que envolveu uma oferta por parte do Estado judeu para o braço com oito mísseis Jericó 'ogivas especial'. Gerhardt disse que estas foram as bombas atômicas. Mas até agora não houve nenhuma prova documental da proposta.

Algumas semanas antes Peres fez a sua oferta de ogivas nucleares para Botha, os dois ministros da Defesa assinaram um acordo secreto que regem a aliança militar conhecida como Secment. Era tão secreta que incluía uma negação de sua própria existência: 'Fica expressamente acordado que a existência desse acordo ... deve ser secreto e não serão divulgadas por qualquer das partes'.

O acordo também disse que nenhuma das partes pode, unilateralmente renunciar a ela.

A existência do programa de armas nucleares de Israel foi revelado por Mordechai Vanunu ao Sunday Times em 1986. Ele forneceu as fotografias tiradas no interior do sítio nuclear de Dimona e deram descrições detalhadas dos processos envolvidos na produção de parte do material nuclear, mas não forneceu a documentação escrita.

Documentos apreendidos pelos estudantes iranianos da embaixada E.U. em Teerã após a revolução de 1979 revelou o Shah expressou interesse em Israel em desenvolver armas nucleares. Mas os documentos Sul Africano oferecem confirmação Israel estava em condições de armar mísseis com ogivas nucleares Jericho.

Israel não pressionou o atual governo Sul-Africano para desclassificar documentos obtidos pela Polakow-Suransky. 'O ministério da Defesa israelense tentaram bloquear o meu acesso à Secment acordo com o fundamento de que era sensível material, especialmente a assinatura ea data', disse ele. 'Os sul-africanos não parecem se importar, pois eles apaguei algumas linhas e entregou-a para mim. O governo do ANC não está tão preocupado em proteger a roupa suja dos seus velhos aliados do regime do apartheid.'

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Internacional x São Paulo vitória Tricolor






Internacional e São Paulo, que se enfrentarão nas semifinais da Libertadores após a Copa do Mundo, tiveram uma prévia do que poderá ser o confronto. Um aperitivo saboroso para os tricolores e amargo para os colorados. Pelo Brasileiro, as duas equipes duelaram na tarde deste domingo, no Beira-Rio, e o visitante levou a melhor, vencendo por 2 a 0, com um gol curioso de Hernanes e outro de Fernandão, que já foi campeão da Libertadores e do Mundial pelo Colorado em 2006. Foi o primeiro gol do jogador pelo São Paulo (veja o vídeo com os melhores momentos).

A vitória foi a primeira do Tricolor na competição. O time tem agora quatro pontos, na 11ª posição. Já o Inter está com três pontos e vem logo atrás, em 13º. Na próxima rodada, o São Paulo encara o clássico contra o Palmeiras, na quarta-feira, no Morumbi, às 21h. O Colorado enfrenta o Vasco na quinta-feira, em São Januário, no mesmo horário.

Tricolor abre o placar em lance curioso

Pelo menos no encontro válido pelo Brasileiro, Fernandão foi bem recebido no Beira-Rio. A torcida aplaudiu o atacante e cantou a música que era dele na época colorada. Mas quando a bola rolou o jogador não teve a mesma recepção amigável dos atletas do Inter. Bastante marcado, ele tinha dificuldade para encontrar espaços.

Aliás, o jogo era bastante truncado, com as duas equipes apertando a marcação e inibindo as boas jogadas. Miranda logo foi baixa no São Paulo. Em uma disputa de bola, sentiu dores na panturrilha aos 19 minutos e precisou ser substituído por Xandão.

Com tanta marcação, as melhores chances só começaram a sair depois dos 30 minutos. E foram do anfitrião. Everton obrigou Ceni a fazer uma defesa de soco. No rebote, o goleiro tricolor salvou o time com um toque típico de jogador de vôlei, afastando o perigo. O torcedor colorado vibrou muito com as oportunidades.

O Inter acordou, mas quem marcou foi o São Paulo, de forma bastante inusitada. Em uma cobrança de falta perto da grande área, Hernanes chutou e a bola bateu na barreira. Só que ela voltou para o pé do volante, que completou despretensiosamente. Toda da defesa colorada ficou parada e viu a bola entrar no cantinho de Abbondanzieri, que já estava afastado e não conseguiu voltar para defender: 1 a 0 para o Tricolor, aos 37 minutos. O dono da casa não reagiu e foi para o vestiário com a derrota parcial.

Fernandão desencanta pelo Tricolor justamente contra o Inter

Precisando se recuperar, o Inter voltou para a segunda etapa mais ofensivo, mesmo sem mexer na escalação. Walter obrigou Ceni a trabalhar logo no primeiro minuto. Aos oito, Guiñazu poderia ter chutado direto para o gol, mas passou para Kleber, que não foi feliz na conclusão. Aos 12, foi a vez de Sandro soltar uma bomba pela direita, para mais uma defesa do camisa 1 são-paulino.

E a história do primeiro tempo se repetiu: justamente quando o Inter estava melhor no jogo, o Tricolor marcou o segundo. Aos 17, em um contra-ataque, Dagoberto tabelou com Hernanes, que cruzou da esquerda e encontrou Fernandão na pequena área. O camisa 15, de primeira, estufou a rede e comemorou timidamente, mas foi derrubado por uma enxurrada de abraços dos companheiros: 2 a 0. Admirado pelos colorados, Fernandão marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo logo contra o ex-clube.

Aos 21, Giuliano caiu na área, após ser atingido no pescoço pela mão de Alex Silva. Mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique entendeu que não houve o pênalti. A torcida reclamou muito. Enquanto isso, Fossati colocou o time com mais poder ofensivo, fazendo substituições. Alecsandro e D'Alessandro entraram, e Andrezinho já havia aparecido no time antes do gol de Fernandão.

Mas foi Kleber quem quase diminuiu para o Inter, aos 21 minutos: em um chute forte, fez Ceni espalmar sem tempo para pensar. A pressão era toda do Colorado. Aos 32, mais um show do goleiro tricolor: ele jogou para escanteio um chute preciso de D'Alessandro pela esquerda. Aos 34, Alecsandro dominou a bola com a mão na área e até acertou o gol no chute, mas o juiz já havia parado o lance. A torcida mais uma vez reclamou bastante. E depois empurrou o time da casa, que pressionava demais o São Paulo.

A entrada dos 'titulares' deu um gás ao Inter, que buscou o gol insistentemente. Aos 37, D'Alessandro cobrou falta na barreira. Os jogadores se revezavam para bombardear a defesa são-paulina, que se segurava. Mesmo com todo o empenho, o gol do time gaúcho não saiu e o São Paulo deixou Porto Alegre com os três pontos na bagagem.



INTERNACIONAL 0 x 2 SÃO PAULO Abbondanzieri, Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller (Fabiano Eller); Glaydson, Sandro (Alecsandro), Guiñazu, Giuliano e Kleber; Walter (D'Alessandro) e Everton. Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda (Xandão) e Richarlyson; Cicinho, Rodrigo Souto (Jean), Hernanes, Marlos (Jorge Wagner) e Junior Cesar; Fernandão e Dagoberto.
Técnico: Jorge Fossati Técnico: Ricardo Gomes
Gols: Hernanes, aos 37 minutos do primeiro tempo; Fernandão, aos 17 minutos do segundo tempo.
Cartão amarelo: Bolívar (Internacional); Richarlyson (São Paulo).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ)
. Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Dilbert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ). Público: 25.185 Renda: R$ 441.055,00

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domingo, 23 de maio de 2010

prévia da Libertadores no Beira-Rio


Adversários nas semifinais da competição continental, gaúchos e paulistas medem forças pelo Brasileirão neste domingo. Fernandão é atração



Fernandão durante treino do São PauloFernandão, agora no São Paulo, enfrentará o Inter,
seu ex-clube (Foto: Gaspar Nobrega / Vipcomm)

É Campeonato Brasileiro com pinta de Libertadores. Às 16h deste domingo, Inter e São Paulo se encontram no Beira-Rio para uma partida que servirá de prévia para o duelo mais quente entre eles, em julho, pelas semifinais do torneio continental. Gaúchos e paulistas vão a campo embalados pelos bons resultados na competição sul-americana. O Tricolor despachou o Cruzeiro. O Colorado eliminou o Estudiantes, atual campeão, com um gol nos últimos minutos.

Candidatos naturais ao título brasileiro, São Paulo e Inter querem aproveitar o período de recesso na Libertadores para somar o máximo possível de pontos, já que têm a oportunidade de escalar suas equipes principais. O Colorado, nas duas primeiras rodadas, somou três pontos. O São Paulo só conquistou um.

Fernandão é a grande atração da partida. Agora no São Paulo, ele estará frente a frente com uma torcida que o idolatra, consequência dos títulos da Libertadores e do Mundial em 2006. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogo no Gigante em Tempo Real, com vídeos. A TV Globo mostra para o Rio Grande do Sul, exceto região de Porto Alegre, Santa Catarina e parte do estado de São Paulo, incluindo a capital.

Inter vai com titulares

Jorge Fossati treino internacionalFossati adota o 4-4-2 em casa (Foto: Vipcomm)

Batalha contra o Estudiantes na noite de quinta, retorno a Porto Alegre na sexta, treino no sábado, jogo no domingo. O Inter não tem descanso. O clube gaúcho decidiu escalar titulares para a partida contra o São Paulo, ao contrário do que fez nas duas primeiras rodadas. A ideia é acumular pontos agora para poder voltar a escalar reservas em julho, quando tiver a reta final da Libertadores.

- Temos que esquecer um pouco a Libertadores. Voltamos para o Brasileiro. É importante somar o maior número possível de pontos agora – comentou o zagueiro Fabiano Eller.

Todos os titulares foram relacionados. O capitão Guiñazu precisou resolver problemas pessoais e não participou do treino recreativo da manhã deste sábado, mas deve ir a campo sem problemas. Jogadores mais desgastados, como o lateral-direito Nei e o atacante Walter, têm presença indefinida.

O esquema deve ser o 4-4-2, a estratégia mais utilizada por Jorge Fossati nos jogos em casa. Com isso, Alecsandro ganha um companheiro de ataque, ao contrário do que aconteceu no início da partida contra o Estudiantes. Se Walter não puder jogar, Taison é o principal candidato.

Recuperar os pontos perdidos

Ricardo Gomes no treino do São PauloGomes usa força máxima neste jogo fora de casa
(Foto: Gaspar Nobrega / Vipcomm)

O São Paulo vai ao Beira-Rio completo, até porque a missão na Libertadores neste primeiro semestre já está cumprida. O time está classificado para as semifinais, e no Brasileirão a equipe precisa se recuperar, pois ainda não venceu (tem um empate e uma derrota). Além disso, o fato de o Inter ser o adversário da próxima fase da competição sul-americana não é esquecido pelos lados do Morumbi.

Com os titulares garantidos, a presença de Fernandão no Beira Rio passa a ser atrativo para o duelo. Com história no Colorado, o jogador afirma que agora é 100% tricolor e quer ajudar a equipe a galgar posições na tabela antes da parada para a Copa do Mundo e também a eliminar os gaúchos da Libertadores.

- Temos cinco jogos pela frente. Só temos um ponto, e agora dá para focar legal só no Brasileiro. A tendência é crescermos para quando acontecer a parada nós estarmos bem para voltar para as semifinais e para a disputa do Brasileiro depois – disse o atacante.

Quanto ao fato de reencontrar a torcida do Inter, o jogador diz que vai entender qualquer manifestação contrária a ele.

- Joguei o ano passado com o Goiás (No Beira Rio), cheguei a ser aplaudido, e houve outros momentos mais hostis, mas sou bem tranquilo em relação a isso porque sei da paixão do torcedor pelo clube.

Se Fernandão está tranquilo e garantido, o mesmo não se pode dizer de seu companheiro de posição Washington, que está afastado do grupo para recuperar a motivação e não foi relacionado para o duelo. Cléber Santana, a caminho do Fluminense, e Léo Lima, com proposta do exterior, também não viajaram com a delegação para Porto Alegre.

INTERNACIONAL x SÃO PAULO
Abbondanzieri, Nei (Glaydson), Bolívar, Sorondo e Kleber; Sandro, Guiñazu, Andrezinho e D’Alessandro; Walter (Taison) e Alecsandro. Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Junior Cesar; Fernandão e Dagoberto.
Técnico: Jorge Fossati Técnico: Ricardo Gomes
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Hora: 16h. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Dilbert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ)
Transmissão: Rio Grande do Sul, exceto região de Porto Alegre, Santa Catarina e parte do estado de São Paulo, incluindo a capital

Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida a partir das 16h (horário de Brasília).

sábado, 22 de maio de 2010

touro rouba espetaculo!

Touro rouba o espetáculo e ‘dá um tranco’ em matador durante ‘corrida’ em Sevilha

“Matador”?

Uma notícia dessa não precisa nem de comentário. É só ficar olhando pra foto e rolar de dar risada :)

E já que hoje foi o dia de ressuscitar a mãozinha e o anão nos posts abaixo, resolvi reviver também a campanha:

Torça e divulgue você também!

Touro vira o jogo e chifra rosto de toureiro

"O torturador assassino toureiro Julio Aparicio recebeu o troco na sexta-feira (21). Quando já tinha enfiado seis espadas na nuca do touro, tropeçou, dando chance ao animal lascar uma chifrada no queixo.

Durante a Feira de San Isidro, Julio Aparicio, 41, filho e neto de toureiros famosos, sentiu a dor que ele aplicou em muitos touros. Era o primeiro touro da tarde, no primeiro dia de tourada em Las Ventas,estádio em Madrid, o maior da Europa.

Em um revés do touro, que já tinha seis espadas cravadas nas costas, Aparicio foi ao chão e sem proteção foi atingido pelo golpe. O chifre do touro vingativo atravessou a língua do espanhol e saiu pela sua boca. Uma cena impressionante.

Se você acha que aguenta, ou sempre torce para o touro, pode assistir ao vídeo.http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/news/2010/05/21/249294-touro-vira-o-jogo-e-chifra-rosto-de-toureiro


Rafael Takano

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A vez do touro: toureiro é gravemente ferido em Madri
21/05/2010 - 23:04 - Folha Online
Ilustração

O toureiro espanhol Julio Aparicio,41, de Sevilha, sofreu hoje uma chifrada no pescoço durante o primeiro dia de touradas em Las Ventas, em Madri, e seu estado de saúde é “muito grave”, diz o jornal espanhol “El País”.
O toureiro foi chifrado pelo primeiro touro da tarde, em uma assustadora cena acompanhada ao vivo por milhares de pessoas que assistiam à corrida da Feira de San Isidro.
Num acidente muito grave, o touro atingiu o lado direito do corpo de Aparicio, que caiu no chão e depois, num segundo golpe, o chifre entrou pelo pescoço e saiu pela boca de Aparicio, uma imagem aterradora que foi registrada por fotógrafos e cinegrafistas.
O toureiro foi levado da sala de cirurgia da praça de touros para o hospital 12 de Octubre, no sul de Madri, e seu estado é “muito grave”, segundo os médicos.
Internado no hospital Doce de Octubre, o toureiro tem feridas muito complexas causadas pelo chifre, “que vão desde a região submandibular com uma trajetória ascendente que penetra até a cavidade bucal, atravessa a língua, sobe ao céu da boca, com fratura do maxilar superior. Seu prognóstico é muito grave”, disse o médico Máximo Garcia Pedrós, cirurgião-chefe do hospital.
Mais casos
Ainda no final de abril o famoso toureiro espanhol Jose Tomas, foi ferido na virilha por uma chifrada de touro e teve uma veia e uma artéria da virilha esquerda perfuradas pelo chifre.
As imagens de TV mostram Tomas provocando o animal com sua capa, quando o touro fez uma curva rápida e pegou-o na virilha, levantando-o no ar por alguns segundos e sacudindo a cabeça com Tomas preso ao seu chifre esquerdo.
Uma vez no chão, Tomas rolou para longe do touro e ergueu as mãos para cima, como se dissesse que estava bem, mas uma grande mancha vermelha escura já estava se espalhando por seu terno dourado reluzente.
O chifre do touro Navegante, de cerca de 500 kg, penetrou dez centímetros na virilha de Tomas, atingindo uma veia e uma artéria. O toureiro perdeu muito sangue e foi levado ao hospital da cidade de Aguascalientes, onde ocorria a tourada.
Tomas tem um tipo raro de sangue, A negativo, e sangrou tanto que os organizadores do evento pediram pelos alto-falantes por doadores.
Os médicos da arena operaram Tomas, 34, imediatamente para estabilizar seu estado de saúde. O toureiro passou por outra cirurgia no hospital, que durou mais de três horas.
O jornal “El Pais” disse que o ferimento foi tão grave que os médicos da arena nem sequer tiveram tempo para anestesiá-lo.
Tomas é conhecido por um estilo ousado nas touradas, em que ele fica extremamente perto do touro.
Em 2002, no auge de sua carreira, Tomas se aposentou sem dizer os motivos. Cinco anos depois, voltou às touradas dizendo que “vida sem touradas não é vida”. Desde então, sofreu uma série de ferimentos graves nas arenas.

Gustavo Cuevas/Efe
Chifre
 entrou pelo pescoço e saiu pela boca do tourieo Julio Aparico, durante 
acidente em Madri

quinta-feira, 20 de maio de 2010

São Paulo se vinga do Cruzeiro e chega à semifinal



Há quase um ano, o Cruzeiro foi ao Morumbi, derrotou o São Paulo e eliminou o adversário nas quartas de final da Taça Libertadores. Na noite desta quarta-feira, os personagens e o palco eram os mesmos, mas o final foi diferente. Com vantagem de ter vencido o jogo de ida ampliada pela expulsão de Kleber com apenas um minuto de jogo, o Tricolor Paulista garantiu presença na semifinal da competição ao derrotar a Raposa com o mesmo placar do Mineirão há uma semana e que o rival obteve no ano passado: 2 a 0.
O São Paulo vai conhecer nesta quinta-feira o adversário na disputa por uma vaga na decisão do torneio que é sempre a prioridade do clube. Se o Flamengo não passar pelo Universidad de Chile, o Tricolor vai enfrentar o ganhador da disputa entre Estudiantes e Internacional. Se o Fla avançar, e o Inter não, haverá um duelo entre cariocas e paulistas nas semifinais, marcadas para os dias 28 de julho e 4 de agosto, depois da Copa do Mundo. Se os dois brasileiros se classificarem, o duelo nacional será entre o time paulista e o Colorado.
Expulsão com um minuto de jogo

O Cruzeiro chegou ao Morumbi com a necessidade de vencer por três gols de diferença. Mas as aspirações celestes ficaram seriamente abaladas com apenas um minuto de jogo. E após um lance de ataque. Kleber arrancou pela direita e abriu o braço esquerdo, aparentemente para se proteger. Atingiu o rosto de Richarlyson em frente ao banco de reservas do São Paulo. O árbitro uruguaio Jorge Larrionda interpretou que o atacante teve a intenção de agredir o são-paulino e expulsou a principal esperança de gols do time mineiro, para revolta dos cruzeirenses.
kleber e richarlyson, cruzeiro x são pauloKleber atinge Richarlyson com um minuto de jogo. Lance que gerou a expulsão do atacante (Foto: AFP)
O cartão vermelho abalou o time azul e fez o São Paulo trocar uma postura que poderia ser cautelosa por outra mais ofensiva. Escalado inicialmente como zagueiro, Richarlyson voltou a desempenhar a função de volante, liberando mais Hernanes. E o Tricolor teve duas chances seguidas. Aos cinco, Henrique perdeu a bola na entrada da área para Marlos, que invadiu e concluiu forte. Fábio salvou. Dois minutos depois, o goleiro voltou a ser exigido em um chute rasteiro de Fernandão.
Após os dez minutos, o Cruzeiro pareceu se recuperar do impacto da saída de seu principal jogador e passou a buscar o ataque. Especialmente pela direita, com os avanços de Jonathan, que era dúvida para o jogo devido a um problema muscular. Mas sem Kleber, Thiago Ribeiro ficou isolado no meio da zaga adversária. Apenas aos 22 minutos, o visitante conseguiu dar a primeira conclusão a gol: um chute fraco de Fabrício. Rogério Ceni apenas acompanhou a bola sair à direita da meta.
E a situação celeste ficou ainda mais difícil no minuto seguinte. Junior Cesar fez linda jogada pela esquerda, colocando a bola por baixo das pernas de Henrique, e cruzou para trás. Hernanes, mesmo pressionado, acertou um belo chute de canhota, vencendo Fábio: 1 a 0.
hernanes, comemora o primeiro gol do são paulo contra o  cruzeiroHernanes (à direita) comemora o primeiro gol do
São Paulo diante do Cruzeiro (Foto: AFP)
O gol desencadeou um bombardeio do time da casa. Aos 25, Dagoberto rolou para Fernandão. Diante de Fábio, o atacante chutou, e Leonardo Silva se esticou, salvando com ponta do pé direito e depois com a mão. O atacante pediu pênalti, mas Larrionda mandou o jogo seguir. E o São Paulo cumpriu a 'ordem' e continuou pressionando. Na cobrança do escanteio, Miranda cabeceou forte, e Fábio fez linda defesa. Na sequência da jogada, Marlos arriscou de fora da área, e a bola passou raspando a trave direita. Neste momento, o coro de "o campeão voltou" sacudiu o Morumbi.
Diante do sufoco, o treinador Adilson Batista decidiu reforçar a defesa, colocando o zagueiro Thiago Heleno no lugar do lateral Jonathan. O remédio não conseguiu diminuir o ímpeto do adversário. Fábio salvou um gol de Marlos aos 33, saindo nos pés do meia. E teve como efeito colateral reduzir o poder ofensivo celeste. Bem marcado, Gilberto, principal responsável pela armação do Cruzeiro, pouco pegou na bola na etapa inicial.
Nos cinco minutos finais, Fábio voltou a ter trabalho. Aos 40, o goleiro se antecipou a Dagoberto e despachou a bola para o meio-campo. Richarlyson dominou e arriscou do círculo central, encobrindo a meta, com perigo. Três minutos depois, Cicinho recebeu pela direita e chegou a dar um chapéu no arqueiro. Mas este conseguiu se recuperar, dificultando a conclusão do lateral-direito. E aos 44, Fábio defendeu um chute de longe de Marlos. O apito que encerrou o primeiro tempo foi um som de alívio para o Cruzeiro.
Tricolor confirma vaga no início do segundo tempo

dagoberto comemora com cicinho, são paulo x cruzeiroDagoberto comemora com Cicinho o 2º gol tricolor
(Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Para a segunda etapa, Adilson Batista, consciente de que o time precisava marcar três gols em 45 minutos - algo que o São Paulo não permitiu um vez sequer nos seus nove jogos anteriores na Libertadores 2010 -, tirou o volante Fabrício e escalou o atacante Wellington Paulista. O Cruzeiro deu a impressão de que poderia reagir. Com um minuto, Leonardo Silva cabeceou por cima do gol, com perigo.
Mas a equipe da casa confirmou a classificação aos oito minutos. Junior Cesar lançou para a área. Fernandão escorou de cabeça para Dagoberto. O atacante dominou no peito e tocou por cobertura diante da saída de Fábio. O zagueiro Gil ainda tentou salvar, mas parou na rede, assim como a bola.
E poderia ter sido mais. Aos dez, em nova jogada pela esquerda, por onde saíram os dois gols, Hernanes passou para Marlos, que driblou Fábio e rolou para Dagoberto na pequena área. O atacante foi desarmado antes de concluir.
Nessa altura, o visitante precisava de quatro gols. E os gritos de 'olé' ecoavam pelo estádio aos 17 minutos, enquanto os jogadores do São Paulo trocavam uma longa sequência de passes. No último deles, Marlos, um dos melhores em campo, recebeu de Dagoberto, invadiu a área, mas caiu diante da marcação de Gilberto, sem conseguir arrematar ao gol.
Enquanto torcedores tricolores faziam uma 'ola' na arquibancada, Marlos mostrava habilidade. O meia driblou dois marcadores e chutou da entrada da área aos 20. Fábio defendeu no centro do gol.
Apesar do claro abatimento pela virtual eliminação, o Cruzeiro ainda tentou diminuir a desvantagem. Mas só conseguiu criar uma oportunidade: uma cabeçada de Wellington Paulista para fora, aos 35. O São Paulo esteve mais perto de ampliar. Aos 25, Hernanes roubou a bola, avançou e passou para Dagoberto na esquerda. O atacante chutou à esquerda do gol, assustando Fábio. E deixou o campo aplaudido aos 31 minutos, para a entrada de Fernandinho. Assim como Miranda, substituído por Xandão aos 40.
Aplausos que refletiram a satisfação dos torcedores do Tricolor Paulista com uma das melhores atuações do time no ano. E o aumento da confiança no sonhado quarto título da Libertadores.
SÃO PAULO 2 x 0 CRUZEIRO
Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda (Xandão) e Richarlyson (Jean); Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Junior Cesar; Dagoberto (Fernandinho) e Fernandão. Fábio; Jonathan (Thiago Heleno), Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Elicarlos); Fabrício (Wellington Paulista), Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Kleber e Thiago Ribeiro.
Técnico: Ricardo Gomes. Técnico: Adilson Batista.
Gol:.Hernanes, aos 23 minutos do primeiro tempo; Dagoberto, aos oito do segundo.
Cartões amarelos: Richarlyson, Dagoberto, Alex Silva, Rodrigo Souto (SP), Marquinhos Paraná (CRU) . Cartão vermelho: Kleber. Renda: 2.871.619,25. Público: 52.196 pagantes
Estádio: Morumbi, em São Paulo (RJ). Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Mauricio Espinosa (URU).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

São Paulo e Cruzeiro fazem jogo decisivo no Morumbi |

São Paulo e Cruzeiro partem para o tudo ou nada na decisão do Morumbi
Por ter vencido no Mineirão por 2 a 0, Tricolor pode até perder por um gol de diferença. Mas Raposa aposta no seu ataque para triunfar no campo rival


Após uma semana de muita ansiedade, chegou a hora do tudo ou nada para São Paulo e Cruzeiro. Cinquenta e nove mil privilegiados terão o prazer de acompanhar na noite desta quarta-feira, no estádio do Morumbi, qual time seguirá representando o futebol brasileiro na semifinal da Taça Libertadores. Não há mais espaço para ajustes ou surpresas. Chegou a hora de a bola rolar. O que acontecerá a partir das 21h50m (de Brasília).

Antes do apito inicial, é possível dizer que o Tricolor tem vantagem. Afinal, venceu o jogo de ida, em pleno estádio do Mineirão, na última quarta-feira, por 2 a 0, o que lhe dá a vantagem de poder perder por um gol de diferença. Para a Raposa, o mínimo necessário é repetir o marcador da última semana para levar a decisão para os pênaltis. Se a vitória for por dois gols de vantagem, mas com placar a partir de 3 a 1, o time estará classificado, já que terá marcado mais gols na casa do adversário.

A TV Globo transmitirá a partida ao vivo para todo o país, com exceção dos estados do RJ, RS, SC, GO, TO, BA e a cidade de Santos. O SporTV 2 também mostrará o jogo para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o duelo em Tempo Real, a partir das 21h30m.

No Tricolor, otimismo total

O São Paulo chega animado para a decisão. O ótimo futebol mostrado pela equipe no Mineirão deixou o time com a certeza de que está crescendo na hora certa. A chegada de Fernandão deu mais qualidade ao time. Nem mesmo as públicas queixas de Washington, que mais uma vez reclamou de ter sido sacado da equipe, tira a concentração dos atletas. O atacante, desmotivado e em má fase, não ficará nem no banco de reservas.

- Estamos prontos para fazer uma grande partida. Se repetirmos o que fizemos no Mineirão, temos grandes chances de nos classificar. Fazia tempo que não mostrávamos um futebol convincente diante de uma equipe tão qualificada. Conseguimos fazer boas jogadas, anulamos os pontos fortes do adversário. Sempre tivemos grandes jogadores, mas faltava colocar isso dentro de campo - lembrou Dagoberto.

Em relação ao time, Miranda, que não atuou no Mineirão por causa da morte de sua irmã, reassume sua vaga no setor defensivo, ao lado de Alex Silva e Richarlyson. O esquema 3-5-2 está mantido, mas, caso o Cruzeiro apareça com Roger no meio de campo, o camisa 20 se transformará em volante e cuidará do meia cruzeirense.

O time promete atacar. A ordem é buscar um gol, o que tornaria a tarefa cruzeirense ainda mais complicada.

- Temos de atacar, tomar a iniciativa, nos impor em campo. Jogamos na nossa casa e não podemos deixar o Cruzeiro comandar a partida - afirmou o zagueiro Alex Silva.

Cruzeiro parte para o sacrifício

O Cruzeiro espera contar com bom futebol e também uma pitada de sorte para vencer o São Paulo pelo placar desejado. Os jogadores estão muito confiantes em um grande resultado e esperam que as bolas entrem no gol tricolor, diferentemente do que aconteceu no Mineirão.

O técnico Adilson Batista vai levar a definição da equipe para o vestiário do Morumbi. O lateral-direito Jonathan e o atacante Kleber, ambos em recuperação de estiramentos na coxa esquerda, seguem como dúvidas. Porém, o entendimento geral é que o momento é de entrega e de sacrifício em busca da classificação.

- Não tem cansaço agora. É um momento decisivo, e a gente vai para a superação. Se tiver alguém cansado, não é o momento de pensar nisso. É o momento de dar tudo e de jogar com alma, já que é uma decisão – afirmou o atacante Kleber.

Caso Jonathan e Kleber não tenham condições de atuar, Elicarlos e Wellington Paulista devem ser os substitutos. Nas demais posições, nenhuma dúvida, já que o zagueiro Leonardo Silva, que não atuou na primeira partida, por cumprir suspensão pelo cartão vermelho, estará de volta.

No último treinamento, os jogadores cobraram pênaltis, já que o placar de 2 a 0 a favor da equipe mineira levaria a decisão para as penalidades. Na Toca da Raposa II, o aproveitamento não foi bom. Gilberto e Wellington Paulista foram os que se saíram melhor, com três acertos em três cobranças.
SÃO PAULO x CRUZEIRO Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Jorge Wagner; Dagoberto e Fernandão Fábio; Jonathan (Elicarlos), Leonardo Silva, Thiago Heleno e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Thiago Ribeiro e Kleber (Wellington Paulista)
Técnico: Ricardo Gomes Técnico: Adílson Batista
Local: Morumbi, em São Paulo (SP). Hora: 21h50m. Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Mauricio Espinosa (URU)
Transmissão: A TV Globo transmite a partida para todo o país, com exceção dos estados do RJ, RS, SC, GO, TO, BA e a cidade de Santos-SP. O Sportv 2 também transmite o jogo para todo o país

Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida a partir das 21h30m (horário de Brasília).

terça-feira, 18 de maio de 2010

Brasil recusa-se a discutir na ONU sanções ao Irã por programa nuclear - notícias em Mundo

Brasil recusa-se a discutir na ONU sanções ao Irã por programa nuclear
País argumenta que acordo fechado na véspera criou uma 'nova situação'.
Conselho de Segurança deve aprovar resolução contra Teerã em junho.



O Brasil recusa-de a discutir o esboço de uma resolução com novas sanções contra o Irã por causa do acordo que ajudou a firmar na véspera, disse a enviada especial do país nesta terça-feira (18).

"O Brasil não vai participar de nenhuma discussão neste momento porque sentimos que existe uma nova situação", disse Maria Luiza Ribeiro Viotti, durante reunião do Conselho de Segurança que discutiu a questão nuclear iraniana. "Houve um acordo muito importante ontem."
saiba mais

* Amorim pede que acordo seja respeitado
* Entenda o enriquecimento de urânio
* Brasil quer ampliar uso da energia nuclear

O acordo com as novas sanções está em discussão em reunião do Conselho de Segurança da ONU. Brasil e Turquia, que mediaram o acordo iraniano, são dois dos dez membros provisórios do Conselho, que também tem EUA, China, Rússia, Reino Unido e França como membros permanentes.

O acordo foi esboçado pelos EUA e aprovado pelos quatro membros permanentes e também pela Alemanha, que participa das negociações, segundo a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Diplomatas das potências acreditam que a resolução deve ser votada no começo do próximo mês. O esboço deve passar por revisões ao longo das próximas semanas.

Brasil irá reagir no Conselho de Segurança contra sanções a Irã, diz Amorim - 18/05/2010

Brasil irá reagir no Conselho de Segurança contra sanções a Irã, diz Amorim
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SOFIA FERNANDES
da Sucursal de Brasília

Atualizado às 21h40.

O chanceler Celso Amorim afirmou nesta terça-feira que irá reagir dentro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra as sanções anunciadas contra o Irã. Amorim está escrevendo uma carta a quatro mãos com o chanceler turco para enviar aos membros do conselho.

Brasil não vai discutir sanções da ONU contra o Irã, diz embaixadora
Proposta de resolução da ONU contra Irã inclui bancos e armas
Conselho de Segurança de ONU se reúne para discutir sanções
Embaixador dos EUA no Brasil diz que acordo não é suficiente
Eraldo Peres/AP
Para Celso Amorim, todos os pontos considerados essenciais pela comunidade internacional foram acatados pelo Irã no acordo firmado
Para Celso Amorim, todos os pontos considerados essenciais pela comunidade internacional foram acatados pelo Irã no acordo firmado

Na mensagem, os dois países irão justificar que todos os pontos considerados essenciais pela comunidade internacional foram acatados pelo Irã no acordo firmado ontem entre Brasil, Irã e Turquia.

São estes os requisitos conquistados pelo acordo: quantidade definida da remessa de urânio; a não exigência de recebimento prévio ou simultâneo do urânio enriquecido; e a comunicação oficial à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) dos compromissos assumidos.

"Achamos que os pontos essenciais podem ser considerados um passaporte para uma solução negociada e pacífica da situação nuclear iraniana, e essas condições foram cumpridas", afirmou Amorim.

Para Amorim, que estava visivelmente cansado e afobado durante entrevista coletiva, as sanções anunciadas foram pré-concebidas, e os países não levaram em consideração o acordo encabeçado pelo Brasil. "Não é possível que todas as pessoas tenham analisado o acordo", afirmou. "Não colocaram na balança as coisas que Lula falou", emendou.

Chanceler afirmou que vê risco de o Irã ficar melindrado com o pacote de sanções, mas que não fica irritado com o ceticismo americano em relação à atuação brasileira.
"Não fico irritado com o ceticismo americano. O acordo é o acordo que eles propuseram, as dificuldades eram sempre essas, e todas as dificuldades foram resolvidas", disse.

No fim da entrevista, Amorim afirmou que não defende que o Irã volte a enriquecer urânio, mas que isso é um problema soberano do país. "Não tenho razão para acreditar que tenha motivos militares o programa iraniano", disse.

Amorim, que chegou hoje de viagem de Madri, defendeu ainda que o Irã não está questionando a presença dos agentes da agência atômica. "Em nenhum momento o Irã questionou a presença dos inspetores", afirmou.

Recusa brasileira

A embaixadora do Brasil no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), Maria Luiza Ribeiro Viotti, deixou claro nesta terça-feira que o país está insatisfeito com a divulgação de um esboço de sanções contra o Irã, após uma reunião do grupo na tarde de hoje.

"O Brasil não vai entrar em nenhuma discussão nesse momento porque achamos que é uma situação nova", disse ela. "Houve um acordo muito importante ontem."
Vahid Salemi/AP - 17.mai.10
Celso Amorim (esq.), Luiz Inácio Lula da Silva, Mahmoud Ahmadinejad, e Recep Tayyip Erdogan (dir.) comemoram acordo
Celso Amorim (esq.), Luiz Inácio Lula da Silva, Mahmoud Ahmadinejad, e Recep Tayyip Erdogan (dir.) comemoram acordo

O Conselho de Segurança das Nações Unidas fez uma reunião de emergência nesta terça-feira para discutir o projeto de resolução estipulado por seus cinco membros permanentes --Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido--, mais a Alemanha, para acirrar o regime de sanções ao Irã por seu programa nuclear.

Sanções

A proposta de resolução de sanções contra o Irã, elaborada pelos EUA, Rússia e China prevê punições a bancos e outras empresas do país, além da criação de um regime internacional de inspeções em navios suspeitos de transportar cargas relacionadas aos programas nuclear e de mísseis.

O documento de dez páginas, ao qual a Reuters teve acesso, "pede aos Estados que adotem medidas adequadas para proibir (...) a abertura de novas agências, subsidiárias ou escritórios de representação de bancos iranianos" caso haja razões para supor que tais bancos estejam vinculados a atividades de proliferação nuclear.

O esboço também aponta "a necessidade de exercer vigilância sobre transações que envolvam bancos, inclusive o Banco Central do Irã, de modo a evitar que tais transações contribuam para a proliferação de atividades nucleares sensíveis" ou para o desenvolvimento de sistemas para o lançamento de armas atômicas.

A quarta rodada de sanções ao Irã ampliaria o embargo armamentista já em vigor contra o país, incluindo novas categorias de armamentos pesados.

Vários diplomatas ocidentais do Conselho de Segurança disseram que o órgão da ONU, com 15 países, deve votar a resolução no começo de junho.

Os dez membros não permanentes do Conselho --inclusive Brasil e Turquia, que acabam de mediar um acordo nuclear com o Irã-- deveriam receber o texto durante uma reunião que estava em andamento nesta terça-feira na sede da ONU, segundo os diplomatas.

O Ocidente suspeita que o programa nuclear iraniano inclua o desenvolvimento de armas, algo que Teerã nega.

Acordo

A reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira pode ser considerada como uma rejeição ao acordo fechado pelo Irã com mediação do Brasil e da Turquia.

O acordo assinado ontem determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França --suficiente para a produção de isótopos médicos em seus reatores e muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã no prazo de um ano.

A troca acontecerá na Turquia, país com proximidades com Ocidente e Irã, e sob supervisão da AIEA e vigilância iraniana e turca.

A troca de urânio iraniano em solo exterior era tema da proposta feita pelo grupo dos 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha) em outubro passado, sob mediação da AIEA. Na época, o Irã rejeitou a proposta por falta de garantias da entrega do urânio enriquecido e, em fevereiro passado, iniciou o enriquecimento de urânio a 20% em seu próprio território.

sábado, 15 de maio de 2010

Com cambistas à vontade, torcedor do São Paulo sofre no Morumbi | globoesporte.com

15/05/2010 14h12 - Atualizado em 15/05/2010 14h29
Com cambistas à vontade, torcedor do São Paulo sofre no Morumbi
No palco da partida de quarta, contra o Cruzeiro, as filas são enormes e não existe policiamento. Bilheterias do estádio funcionarão até às 17h

Por Marcelo Prado São Paulo
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Enormes filas, muita revolta, desorganização e cambistas trabalhando à vontade. Não está fácil a vida do torcedor do São Paulo que quer garantir um ingresso para a partida da próxima quarta-feira, contra o Cruzeiro, no estádio do Morumbi, pelas quartas de final da Taça Libertadores da América. Vale lembrar que, por ter vencido por 2 a 0 no estádio do Mineirão, na última quarta-feira, a equipe comandada por Ricardo Gomes pode até perder por um gol de diferença que se garante na semifinal da competição sul-americana.
fila no morumbiTorcida são-paulina chegou cedo e sofre com as enormes filas (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)



As bilheterias, como previsto, abriram às 10h. Às 13h30, quando a reportagem do GLOBOESPORTE.COM chegou ao local, a fila já dava a volta no estádio do Morumbi. Muita gente reclamou da demora da fila e do fato dos cambistas trabalharem à vontade, com todos os tipos de ingressos.

- É uma vergonha. Cheguei na fila às 11h, não estou nem perto de ser atendido e vem um cambista me vender um ingresso de arquibancada por R$ 120 reais. Na bilheteria, ele custa R$ 60. E você não vê um policial por aqui. A gente sofre porque quer estar perto do time, mas tem hora que você fica pensando se vale a pena – afirmou o bancário Pedro Stout, de 33 anos, acompanhando de dois amigos.
fila no morumbifila deu a volta no estádio do Morumbi
(Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)

Depois de muitas reclamações, uma viatura da Polícia Militar apareceu e três cambistas foram presos, para delírio de quem estava na fila. As bilheterias do estádio do Morumbi funcionarão neste sábado até as 17h.

Até o fechamento de sexta-feira, 30.588 dos 58.337 ingressos haviam sido comercializados. Caso esse primeiro lote se esgote, a diretoria do São Paulo colocará à venda mais três mil bilhetes. A capacidade máxima do estádio hoje é de 61.500 lugares.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

No primeiro round, São Paulo dá troco e vence o Cruzeiro no Mineirão | globoesporte.com

Eliminados da Libertadores pela Raposa em 2009, tricolores contam com boa atuação do estreante Fernandão e abrem vantagem na disputa



O São Paulo venceu não só o Cruzeiro por 2 a 0 nesta quarta-feira, no Mineirão. Com atuação inspirada do estreante Fernandão, o Tricolor superou também a desconfiança da própria torcida e as críticas de parte da imprensa. Com gols de Dagoberto e Hernanes, o time deixou encaminhada a vaga para a semifinal da Taça Libertadores. A equipe pode perder por um gol de diferença na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Morumbi, que se classificará. O time mineiro precisa vencer por três ou mais gols de diferença ou devolver os 2 a 0 para decidir a classificação nos pênaltis.

Em jogo nervoso, são-paulinos abrem o placar

O nervosismo mandou no início de jogo. Por parte do Cruzeiro, muitas faltas, enquanto os são-paulinos exageravam nos passes errados. Os visitantes levaram o primeiro susto em cobrança de escanteio, aos nove minutos do primeiro tempo. Henrique subiu mais que Richarlyson e cabeceou forte para o gol. Rogério Ceni fez bela defesa, em cima da linha, mas a arbitragem interrompeu a partida porque Kleber, em posição irregular, participou do lance, atrapalhando a visão do goleiro e tentando desviar a bola.

Os cruzeirenses mantiveram a pressão. Aos 13, Diego Renan fez o passe para Kleber, que invadiu a área pela esquerda, driblou dois zagueiros e chutou rasteiro com força, mas Ceni defendeu mais uma.
Hernanes comemora com o cruzeirense caídoHernanes comemora no Mienrão (Foto: EFE)

Os tricolores investiam tudo nos contra-ataques, sempre buscando Fernandão. Aos 21, Marlos fez o passe para o novo camisa 15 do Morumbi, na entrada da área cruzeirense. De costas para a meta, Fernandão passou de primeira para Dagoberto, que foi à linha de fundo, pela esquerda, e tentou o cruzamento rasteiro, mas Thiago Heleno se antecipou e afastou o perigo.

Foi como um ensaio para o que estava por vir. Aos 24, Marlos tabelou com Fernandão, que fez belo passe pelo alto e devolveu para o meia nas costas da zaga. No cruzamento, Dagoberto ganhou a disputa com os defensores e desviou para as redes.

O gol não chegou a calar a torcida celeste, que compareceu em bom número ao Mineirão. Mas ficou evidente o abalo. Em campo, os jogadores da Raposa também sentiram e tiveram trabalho para se reorganizar.

Aos 31, Kleber recebeu belo passe de Fabrício, dentro da área, se livrou de dois marcadores e tentou um toque sutil para o gol, mas Rogério Ceni apareceu e cortou com um soco. Os anfitriões voltaram a levar perigo aos 40, quando Thiago Ribeiro subiu mais que a zaga paulista, em cruzamento de Jonathan, mas cabeceou para fora.


Calcanhar de Fernandão é decisivo

As equipes voltaram dos vestiários sem alterações, mas enquanto o Cruzeiro demonstrava disposição renovada para correr atrás do prejuízo, o São Paulo cresceu em confiança com o gol, e buscou seu espaço em campo. Mas, assim como na etapa inicial, a Raposa teve a primeira boa chance. Aos quatro, Thiago Ribeiro recebeu na área, pela esquerda, ajeitou e chutou no canto direito de Rogério Ceni, que fez mais uma participação importante e espalmou para escanteio.

Com os são-paulinos se aventurando mais na tentativa de criar jogadas de ataque, o técnico Adilson Batista decidiu explorar a maior exposição dos rivais e trocou o lateral-esquerdo Diego Renan pelo atacante Guerrón, aos 10 – deslocando o convocado Gilberto, até então praticamente nulo como meia, para a ala. O goleiro Fábio foi obrigado a mostrar serviço aos 14, quando se antecipou a Marlos, que invadia a área em velocidade pelo meio, e ficou com a bola. Em seguida, aos 18, Adilson fez mais uma alteração, que rendeu protestos de parte da torcida celeste: Fábio Santos no lugar de Fabrício.

Mas o sistema defensivo mineiro não conseguia lidar com a troca de passes veloz dos são-paulinos. Aos 20, Fernandão recebeu na entrada da área, pela direita, e, com um passe de calcanhar, tirou dois marcadores e deixou Hernanes sozinho, de frente para o gol. O camisa 10 escolheu o canto esquerdo de Fábio para fazer o segundo dos visitantes. O golpe desta vez se mostrou fatal, e a torcida mineira se calou. Aos 24, Rogério Ceni deu mais um motivo para aumentar a apreensão dos celestes ao defender chute colocado de Kleber.

A seguir, dois equívocos da arbitragem. Aos 26, Fernandão, em posição regular, recebeu passe entre os zagueiros cruzeirenses, invadiu a área e foi ao chão, na disputa de bola com o goleiro Fábio. Mas a arbitragem falhou e paralisou o lance, indicando impedimento inexistente. Depois o erro foi contra a Raposa, aos 30. Thiago Ribeiro recebeu na meia-lua e chutou forte para o fundo das redes, mas o assistente levantou a bandeira e o árbitro anulou o que seria o primeiro gol celeste.

Com o São Paulo visivelmente cansado, os cruzeirenses apostaram em Roger, na vaga de Gilberto, que deixou o campo vaiado pela própria torcida. Ricardo Gomes respondeu substituindo Júnior César por Jorge Wagner e Fernandão por Washington. Aos 38, foi a sorte quem reforçou a zaga tricolor, no chute de Roger que bateu nas duas traves antes de ser afastada pela defesa.

Foi a senha para a festa da pequena torcida tricolor no Mineirão, que no ano passado amargou uma eliminação na mesma fase da Libertadores no mesmo estádio e para o mesmo rival. Primeiro, foram os gritos de 'o campeão voltou', substituídos pelos de 'o Mineirão calou' após o apito final.
CRUZEIRO 0 X 2 SÃO PAULO Fábio, Jonathan, Gil, Thiago Heleno e Diego Renan (Guerrón); Fabrício (Fábio Santos), Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto (Roger); Thiago Ribeiro e Kleber. Rogério Ceni, Cicinho (Jean), Alex Silva, Xandão e Júnior César (Jorge Wagner); Rodrigo Souto, Richarlyson, Hernanes e Marlos; Dagoberto e Fernandão (Wasington).
Técnico: Adilson Batista Técnico: Ricardo Gomes
Gols: Dagoberto, aos 24 minutos do primeiro tempo. Hernanes, aos dez minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jonathan e Roger (Cruzeiro); Xandão, Richarlyson, Hernanes, Alex Silva e Dagoberto(São Paulo)
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. Data: 12/05/2010. Árbitro: Oscar Ruiz (COL). Auxiliares: Abraham Gonzalez (COL) e Humberto Clavijo (COL). Público: 48.602 pagantes. Renda: R$ 1.422.892,04.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

seleçao brasileira ou seleçao retranqueira?

Dunga_seleção





Blog dos Colunistas


Blog Mauro Beting
1.
11.mai.2010
Os 23 de Dunga. Que eu gostaria que fossem 13

por Mauro Beting às 14:16h


Júlio César – 100%

Gomes – Eu levaria Fábio, do Cruzeiro. Mas Gomes vive ótimo momento no Tottenham. Foi o primeiro titular de Dunga. É ótimo de grupo. Tem mais cancha internacional. Sem problemas.

Doni – Eu levaria Victor, do Grêmio. Doni não tem jogado pela Roma. Veio de contusão. Mesmo 100%, havia como discuti-lo. Agora, mais ainda.

Maicon – 100%

Daniel Alves – 100%

Lúcio – 100%

Juan – 100%

Thiago Silva – 100%

Luisão – 100%

Gilberto – Eu levaria Roberto Carlos. É muito mais lateral-esquerdo. Tem jogado de lateral-esquerdo, e melhor que qualquer outro brasileiro pelo mundo – Marcelo (Real Madrid incluído). Gilberto fez um ótimo BR-10 – como meia. Não tem jogado tão bem – como meia. Mesmo tendo atuado bem com Dunga (22 jogos), mesmo tendo jogado bem em 2006 contra o Japão (um gol).

Michel Bastos – Eu não levaria um segundo lateral-esquerdo. Preferia mais um homem de frente – já que Thiago Motta poderia quebrar o galho por ali, além de Daniel Alves. Levaria Neymar. Nada contra Michel Bastos. Mas ele não marca tão bem. Tem atuado como meia aberto pela direita ou pela esquerda, no 4-2-3-1 do Lyon. É bom jogador. Mas não caberia no meu Brasil.

Gilberto Silva – Levaria, mas sem muita convicção. Pela importância, caráter e presença, se impõe. Mas não garante o sono.

Felipe Melo – Foi um achado de Dunga em 2009. Mas se perdeu com a Juventus. Para o lugar dele, pelo momento, pela altura, pela capacidade técnica e tática, com o entrosamento com outros interistas, ficaria com Thiago Motta.

Josué – Levaria Denilson, do Arsenal. Mesmo com a contusão na virilha desde 22 de abril. Mas ele já está pronto para atuar. Josué foi capitão do Wolfsburg campeão da Alemanha – há um ano. Ele e o clube, como esperado, não mantiveram o pique. Não é ruim. Mas não parece ser bom o suficiente para tanto. Para ter camisa cativa com Dunga.

Kleberson – Trocaria por Ronaldinho Gaúcho. Algumas das funções dele podem ser desenvolvidas por Ramires. Só jogou dois bons tempos em 2010, pelo Flamengo. Tem a experiência de Copa. Mas há opções melhores e mais ofensivas. Para não dizer brasileiras. E, mesmo Ronaldinho não sendo mais o mesmo, ainda é mais que muitos.

Ramires – 100%

Elano – Jogou 40 vezes com Dunga. Quase sempre muito bem. Mas não vive grande momento no Galatasaray. Embora possa compor a armação pela direita, por dentro, ser eventualmente um volante, e até um lateral pela direita, melhor seria apostar em gente mais ofensiva. Aguda. Jovem e talentosa como Pato. Um nome que já está 100% fisicamente.

Kaká – 100%. Mesmo que ele não esteja 100%.

Júlio Baptista – Já foi utilíssimo. Em 2007. Mas, em 32 jogos pela Roma, só atuou 10 vezes como titular. Não vem bem. Mesmo com toda a bagagem internacional, prefiro o talento de Ganso.

Robinho – 100%

Nilmar – 100%.

Luís Fabiano – 100%

Grafite – Levaria Adriano, mesmo adrianando. Mas Grafite entrou bem contra a Irlanda, é uma grande figura, e um baita exemplo. Mais que tudo, foi levado ao Wolfsburfg por Jorginho, que o indicou ao amigo Felix Magath. O então treinador do clube queria um atacante forte e de mobilidade como ele. E lá foi Grafite escrever sua história na Alemanha. E lá foi Grafite para a Copa.

Enfim, são 10 nomes diferentes da minha lista.

Nunca, em Copa alguma, eu trocaria tantos nomes de uma convocação de um treinador.

E o pior é que acredito que não estou sozinho. Muita gente não vai concordar com minha lista. Mas, quase certamente, também não gostaram da lista de Dunga.

2.
11.mai.2010
Alguns dados a considerar antes da convocação

por Mauro Beting às 11:57h


Na temporada 2009-2010, veja os números de alguns convocáveis por Dunga:
2009/2010

Jogos

Entrou

Gols
Ganso

26

0

12 – 8assistências
Elano

33

7

6 – 3 assistências
J.Baptista

32

22

4 – 0 assistência
Ronaldinho

44

3

13 (7 de pênalti) – + 16 assistências
Kleberson

20

3

2 – 4 assistências
Neymar

25

0

25 – 11 assistências
Adriano

15

0

13 – 3 assistências
Nilmar

35

8

12 – 5 assistências
Categorias:
Copa do Mundo, Seleção Brasileira 17 comentários »
3.
10.mai.2010
Dunga comentarista – Copa-06 – Brasil 0 x 1 França

por Mauro Beting às 15:11h


Dunga pareceu gostar das mudanças de Parreira. Mas está preocupado com a França, que enfim fez uma boa partida contra a Espanha.

3min Dunga não quer Juninho Pernambucano armando mais à frente no 4-3-1-2 proposto por Parreira, com os Ronaldinhos no ataque, Kaká como meia-atacante centralizado, Juninho e Zé Roberto marcando e armando pelos lados, e Gilberto Silva na cabeça da área.
14 Preocupado com Ribéry pela direita, entrando em diagonal entre Juan e Roberto Carlos. A França joga no 4-2-3-1.
15 Elogia mais Ronaldinho [Gaúcho] que o usual.
17 “Brasil tá perdendo muito rápido essa bola. O Juninho entrou para isso, para tocar mais a bola, mas não tá dando certo”.
22 Enfim Dunga acerta o conceito de pressa. “Brasil tem mais pressa que velocidade. Tá afobado”.
24 “Cafu está sozinho. O Brasil não se movimenta e nem se aproxima”. Ele começa a se preocupar que o time. E com inteira razão. Desde o primeiro lance, Zidane brilha e joga sozinho no gramado. Em todos os sentidos.
28 “Brasil não tá marcando bem, não está mais segurando a bola”.
30 “Brasil tem que ter velocidade, não pressa”.
32 “Tá todo mundo querendo resolvAr individualmente”. Dunga está muito preocupado com a Seleção, que não consegue jogar.
34 “Raciocínio tá lento, com a bola e sem a bola. A França domina o jogo”.
36 “Brasil tá lento na marcação, tá dando muito espaço, ninguém se aproxima. O Parreira precisa corrigir. Estamos mal individualmente e coletivamente. O Zidane tá muito livre, e a França sabe jogar”.
41 Dunga desabafa como nunca, e como todo brasileiro naquele momento: “Não vejo a hora que o jogo acabe logo. O que o Zidane tá fazendo é o que o Ronaldinho [Gaúcho] deveria fazer. O Brasil só tá assistindo!”
41 Dunga, como qualquer brasileiro naquela dureza de Frankfurt, mais torce e se contorce que consegue comentar. Dá para ouvi-lo, com o microfone fechado, pedindo para o Brasil sair mais rápido para o ataque. Palavras de Dunga captadas pelo microfone de Luciano do Valle: “Vamos, Roberto Carlos!”. E o lateral, como todo o Brasil, parecia travado, hipnotizado por Zidane.
43 “Brasil tá tomando as decisões erradas. Em vez de chutar, cruza. Em vez de cruzar, chuta”.
44 Dunga reclama do zagueiro Juan. “Ele tá toda hora na frente. Não é para sair toda hora”.

INTERVALO

Dunga demonstra enorme preocupação com o Brasil. Ele e o planeta.

SEGUNDO TEMPO



6min “Se o Brasil continuar dando essa liberdade pro Zidane, ele vai continuar mandando no jogo como quiser”.
7 “Dois da França sozinho (sic)!!!” Ele reclama sempre da marcação na bola parada brasileira, desde o primeiro jogo.
8 “Jogadores do Brasil precisam ter mais decisão, mais atitude”.
11 “Ó, lá!!! Três sozinho (sic)!!! Três sozinho (sic) !!! Foi o que Dunga falou, com o microfone fechado, com a bola viajando da esquerda para a direita, antes de Henry aparecer sozinho, no segundo pau, e anotar o gol francês.
11min09s GOL. 1 X 0 FRANÇA. HENRY. ERAM CINCO FRANCESES CONTRA TRÊS BRASILEIROS DENTRO DA ÁREA, TRÊS RIVAIS SOZINHOS, COMO CANTOU A BOLA DUNGA.
19 “Tá tudo desorganizado. O Brasil não tem organização defensiva e nem ofensiva. Não tem cobertura…”
21 “A única chance do Brasil é se a França cansar”.
25 Em off, microfone desligado, dá para ouvir Dunga reclamando da desorganização brasileira. Ele fala “tá todo perdido. Tá deixando um contra um”. E ele tinha toda razão.
26 “O Brasil não marca. Só faz sombra”.
28 “O Brasil tá previsível. Estático. Ninguém se mexe”. Ele começou a comentar com o microfone desligado. Era o nervosismo de qualquer brasileiro. E, pela primeira vez, Dunga começa a criticar mais abertamente Parreira. Mas com imenso respeito.
30 Dunga só fala do Brasil. Nada comenta dos rivais, dos jogadores que entram e que saem. Só se preocupa com a Seleção. Como 99% dos comentaristas que foram atletas, e 90% dos jornalistas.
31 “O Brasil dá grande liberdade ao Zidane e ele dá uma aula de futebol”.
32 Dunga respeita demais Parreira. Não corneta nenhuma alteração feita. E dificilmente pede a entrada de um jogador.
33 Dunga não dá um chilique. Não havia ninguém do Brasil na defesa. Todo mundo além do meio-campo.
43 Falta perigosa para o Brasil. O único jeito de a Seleção chegar à frente. Antes da cobrança, Dunga abre o bico: “Agora é hora de o gênio desequilibrar”. Mas Ronaldinho bate por cima. Textualmente, foi o maior elogio de Dunga a Ronaldinho. E na pior exibição dele na Copa.


FIM DE JOGO

Como já havia feito no intervalo, Robinho dá um imenso abraço em Zidane, colega de Real Madrid. Dunga dá a letra final:


“Brasil foi um time desorganizado. Deixou a França jogar, deixou o Zidane tomar conta do jogo os 90 minutos. Quando o coletivo não vai bem, a individualidade não vai bem. Nesta Copa, o Brasil se superou sempre pela individualidade. Hoje, o Zidane reuniu os jogadores e organizou a França. Ele foi o grande maestro que mereceu a vitória.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ultraje a Rigor

História

Por que Ultraje a Rigor? O Ultraje a Rigor foi formado no final de 1980, inicialmente como uma banda de covers, principalmente Beatles, rock dos anos 60, punk e new wave. Depois de algumas formações provisórias, Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard começaram a se apresentar em festas e barzinhos. Em 1982, ainda sem um nome fixo, decidiram por Ultraje a rigor, já que nunca eram muito fiéis às versões originais dos covers que faziam, frequentemente avacalhados ou distorcidos. O nome Ultraje a Rigor foi escolhido meio por acaso. Roger e Leôspa estavam tentando achar um nome durante uma festa em que se apresentavam. Roger sugeriu Ultraje, mas achava meio punk demais (para a época, pelo menos). Roger então perguntou a Edgard, que chegou no meio da conversa, o que ele achava de Ultraje. Edgard, sem entender direito a pergunta, disse: "que traje? O traje a rigor?" Roger e Leôspa adoraram e adotaram então este nome. Logo depois, Sílvio sairia, entrando Maurício em seu lugar (Foto 1).

Inútil- Com esta formação, em abril de '83 participaram do projeto Bôca no Trombone, do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, seu primeiro show só com composições próprias. Foram contratados após uma das apresentações pelo produtor Pena Schmidt, na época contratando grupos para a WEA. Gravaram seu primeiro compacto, Inútil/Mim quer tocar, que, por problemas com a Censura, só saiu em outubro daquele ano. Após a gravação do compacto, agora fazendo mais shows, Edgard, já na época com o Ira (ainda sem ponto de exclamação), não pôde mais dividir-se entre os dois grupos. Para o seu lugar foi chamado Carlinhos. Com esta formação (Foto 2),gravaram seu segundo compacto, Eu me amo/ Rebelde sem Causa, em '84. "Eu me amo" foi bem nas rádios, impulsionado um pouco pela polêmica coincidência de refrões com a música Egotrip, da Blitz. Mas o lado B do compacto, que começou a tocar no começo de '85 foi que detonou a explosão do Ultraje.

Nós vamos invadir sua praia- Seu primeiro LP, "Nós Vamos Invadir sua Praia", lançado a seguir e puxado inicialmente por " Ciúme", foi um enorme sucesso. Foi o primeiro LP de rock nacional a conseguir discos de ouro e platina. Das 11 músicas do disco, 9 foram amplamente executadas e o Ultraje quebrou recordes de público em diversas casas de shows no Brasil inteiro. No começo de '86, gravaram um EP chamado " Liberdade para Marylou ", com uma versão remixada de "Nós vamos invadir sua Praia", O "Hino dos Cafajestes" e a música " Marylou" gravada em ritmo de carnaval e com as frases censuradas substituídas por frases de trombone. "Marylou" arrebentou nos bailes de carnaval daquele ano e até hoje continua sendo tocada quase como um clássico de carnaval. Já em '87, gravaram seu segundo LP, " Sexo!! ". Durante a gravação deste disco, Carlinhos, que já pensava em mudar-se para Los Angeles para formar sua própria banda (o que acabou fazendo), saiu para dar lugar a Sérgio Serra na guitarra. (Foto 3). O disco foi tão bem sucedido quanto o primeiro, quebrando um tabu da indústria fonográfica, que ditava que um primeiro disco que vendesse muito bem era sempre sucedido por um fracasso. Isso não aconteceu. O disco foi lançado com um show-surpresa histórico na Avenida Paulista, uma das principais avenidas de S. Paulo, provocando um congestionamento de vários quilômetros. Nova tournée por todo o Brasil, novas músicas estouradas nas rádios e nada de férias, desde '84.

Stress - Em '89, amadurecidos e um pouco estressados pelas longas tournées, gravaram " Crescendo, seu terceiro LP. O disco vendeu bem, mas a mídia já não estava tão interessada no Ultraje, após 4 anos de sucesso ininterrrupto. Mesmo assim, o Ultraje ainda provocava polêmica, ao provocar o anunciado fim da Censura oficial com a música " Filha da Puta ". Palavrões não eram coisa comum naquela época, muito menos num refrão. Logicamente, a música foi censurada extra oficialmente em diversas rádios e em programas de TV, o que também atrapalhou na divulgação do disco. Outras músicas, com palavrões leves ou temas picantes, como " O Chiclete" e " Volta Comigo, que fala de adultério, também tiveram a execução prejudicada. Em '90, o Ultraje volta às origens e lança " Por Quê Ultraje a rigor? ", um disco de covers que faziam parte de seu repertório original. Maurício, casado com uma americana, muda-se para Miami (onde vive até hoje) e Andria Busic entra em seu lugar provisoriamente, sendo substituído por Oswaldo um mês depois (Foto 4). Quase um ano de tournée depois, e Roger percebe que o Ultraje já não era a mesma coisa. Leôspa, casado, já não tinha mais a mesma disposição para viajar e ensaiar, Sérgio Serra queria sair para formar sua própria banda e Oswaldo preferia trabalhar em seu estúdio profissional. Após uma conversa com Leôspa (que hoje mora em Ubatuba), decide procurar novos integrantes que quisessem continuar o Ultraje a rigor.

A nova formação - Procurando em bares e shows de bandas iniciantes, encontra Flávio Suete, baterista que tocava com a banda Nem e com o Central Scrutinizer Band, cover de Frank Zappa. Flávio indica Serginho Petroni, baixista com o Zappa cover. Juntos, começam a fazer audições para novos guitarristas. Após meses de ensaio e procura, acabam encontrando Heraldo Paarmann, por meio de um anúncio informal na Rádio Brasil 2000. Continuam com os ensaios e uns poucos shows para entrosamento. Em 1992, contra a vontade do grupo, a gravadora lança uma coletânea, "O mundo encantado do Ultraje a Rigor", sendo a palavra "encantado" uma ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos. Apesar de ser uma coletânea, o disco tem duas faixas inéditas gravadas com esta formação (Foto 5), além de algumas gravações diferentes de sucessos anteriormente lançados. Ainda em '92, revoltados com o descaso da gravadora com o grupo, gravam de maneira independente "Ah, se eu fôsse homem…", uma divertida divagação sobre as dificuldades encontradas pelos homens frente à nova posição da mulher pós-movimentos feministas. A fita com esta música, distribuída às rádios pelo próprio grupo, acaba provocando a reação esperada. Em '93, num clima já tenso com a gravadora, lançam ""Ó!", seu sexto LP, o quarto com músicas inéditas, gravado às pressas e com orçamento pequeno, por imposição da gravadora. Foi um disco um pouco estranho, ainda pouco entrosado com relação a estilo e praticamente ignorado pelo departamento de divulgação da Warner. Teve um clip de sucesso na MTV, "(Acontece toda vez que eu ico) Apaixonado" e sucesso discreto na mídia e nas lojas, embora tenha agradado seus fãs mais fiéis e conseguido alguns novos fãs. Em '95, nova coletânea, dessa vez, sem nem o conhecimento do grupo, foi lançada. Faz parte de uma série chamada "Geração Pop". Em '96, também de surpresa para a banda, lançaram uma série chamada "O Melhor do Ultraje a Rigor/2 é Demais!", reunindo os dois primeiros LPs do Ultraje, sem as faixas bônus dos CDs originais. Sem nunca se incomodar em avisar a banda, mas já não "de surpresa", a Warner lança mais duas coletâneas, em '97 "Pop Brasil", na verdade uma reedição do Geração Pop com menos músicas e em '98 " Ultraje a Rigor Vol. 2 / 2 é Demais!" com o terceiro e quarto discos da banda reunidos em um CD e, mais uma vez, sem as faixas bônus originais.

O Presente - O Ultraje a rigor continua fazendo shows pelo Brasil e assinou contrato com a Deckdisc/Abril Music para lançar " 18 anos sem tirar!", um disco ao vivo, com algumas canções inéditas gravadas em estúdio, como a bastante tocada nos rádios Nada a Declarar.

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