quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Valeu, Rivaldo… Muito obrigado!


qui, 01/12/11
por daniel perrone |


Rivaldo, um dos atletas com o curriculum mais vencedor do Brasil. O cara que, para mim, foi responsável direto pela conquista do pentacampeonato brasileiro. Um dos melhores jogadores que o Brasil já teve. Veio para o Tricolor para ajudar com sua experiência e talento, alternando bons e maus momentos. Veterano, já não é mais aquele Rivaldo que ficou eternizado na memória do torcedor e, para não repetir mais um ano no banco de reservas, sua dispensa foi anunciada nesta quinta-feira. Com quarenta anos, ficará difícil acompanhar o ritmo no ano que vem. Por isso fica aqui meu agradecimento por ter vestido o Manto Sagrado mais vencedor do Brasil. Valeu, Rivaldo. Segue sua vida e fique com Deus. Obrigado!

domingo, 10 de julho de 2011

O SÃO PAULO VOLTOU!

Sem Carpegiani, Rivaldo brilha e ajuda São Paulo a bater o Cruzeiro

Meia vence duelo com Montillo e participa dos gols da vitória por 2 a 1, levando time à vice-liderança. Joel Santana perde seus 100% de aproveitamento


Vários aspectos no futebol fazem a diferença: a tática, a parte física, a técnica, a atitude. Porém, há um quinto fator que andava ausente na cartilha do ex-técnico do São Paulo, Paulo César Carpegiani: a lógica. Sem seu principal jogador, Lucas, que está na Seleção Brasileira que disputa a Copa América, o gaúcho manteve Rivaldo no banco de reservas, apesar da falta de criatividade do time nas três derrotas consecutivas.
Carpegiani caiu, Milton Cruz assumiu interinamente e, em seu primeiro ato, recolocou o camisa 10 como titular, o que não acontecia desde 17 de abril. Resultado: com a ajuda de um time que voltou a lutar demais, o veterano fez a diferença. Assumiu a responsabilidade, distribuiu o jogo e foi o destaque da justa vitória do Tricolor diante de um apagado Cruzeiro por 2 a 1, na fria noite deste sábado, no estádio do Morumbi.
Enquanto o Cruzeiro apostou as suas fichas em Montillo, que foi vigiado por até três jogadores em alguns lances, o São Paulo viu suas principais peças voltarem a crescer. Marlos se destacou, Dagoberto voltou a marcar após 48 dias, e o time, que via ameaçado seu lugar no G-4, vai dormir o sábado na vice-liderança, com 18 pontos, um a menos do que o Corinthians, que neste domingo pega o Atlético-GO. Já os mineiros, que sob o comando de Joel Santana vinham de três vitórias consecutivas, estacionaram na oitava colocação, com cinco pontos a menos.
As duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana, pela décima rodada. O São Paulo irá até Porto Alegre enfrentar o Internacional. Já o Cruzeiro buscará a reabilitação diante do Bahia, em Sete Lagoas. Os dois jogos serão no domingo.
Cruzeiro começa melhor, São Paulo marca, e juiz não marca pênalti
Os times entraram em campo com a mesma postura: três volantes e uma peça de criação no meio-campo. No São Paulo, com a mudança no comando da comissão técnica, Rivaldo figurou como titular, para alegria da torcida presente no Morumbi. Milton Cruz sacou Fernandinho e adiantou Marlos para o ataque, para atuar ao lado de Dagoberto. Além da igualdade tática, quando a bola rolou, São Paulo e Cruzeiro iniciaram jogando da mesma maneira: forçando pelo lado direito de seus ataques. Os mineiros exploravam o setor de Juan, que subia ao ataque e não tinha cobertura na defesa. Do lado tricolor, era Marlos que aproveitava as brechas deixadas pelo improvisado Everton, que é meia de origem, mas foi escalado por Joel Santana como lateral.
Percebendo o problema que havia na defesa, Milton Cruz pediu a Rodrigo Souto para que atuasse mais pela esquerda para ajudar Juan. Isso não só fez diminuir a brecha para os mineiros atacarem, como fez o São Paulo passar a ter o controle da partida. Rivaldo, quando estava com a bola nos pés, fazia o time andar, principalmente porque tinha a companhia de Casemiro, as constantes movimentações de Dagoberto e Marlos na frente e o apoio de Juan pela esquerda. Aos 20 minutos, em um desses lances, saiu o gol são-paulino, com Dagoberto, após bela tabela entre Rivaldo e Marlos. Festa no Morumbi: 1 a 0.
rivaldo marlos são paulo x cruzeiro (Foto: Agência Estado)São-paulinos comemoram: time foi mais aguerrido diante do Cruzeiro  (Foto: Agência Estado)
O Cruzeiro seguiu em busca do empate, mas só tinha alguma inspiração quando Montillo pegava na bola. O problema era que o camisa 10 mineiro era vigiado por, no mínimo, dois jogadores. No mais, Thiago Ribeiro até buscava o jogo, mas faltava qualidade no passe. E os volantes Marquinhos Paraná e Fabrício, diferentemente dos do São Paulo, pouco chegavam ao ataque.
O destaque negativo no frio Morumbi foi o juiz Marcelo de Lima Henrique. Aos 26, ele exagerou ao dar cartão para Dagoberto, que fez falta normal em Montillo. Pior, advertiu o camisa 10 do Cruzeiro, que nada fez. Aos 32, Juan foi atropelado por Marquinhos Paraná em contra-ataque, e o cruzeirense não foi advertido. Para completar, aos 38, ele não viu pênalti claro de Vítor em Dagoberto, que só não marcou porque teve sua camisa puxada dentro da área.
Segundo tempo eletrizante no Morumbi
Os dois times voltaram do intervalo sem alterações. E o São Paulo, em seu primeiro ataque, aumentou a vantagem. Novamente, a inspiração saiu dos pés de Rivaldo, que se livrou da marcação pelo meio e deu assistência perfeita para Marlos, que não perdoou: 2 a 0. Irritado, Joel Santana resolveu mexer na equipe, sacando Vítor e colocando Roger para ajudar Montillo na armação. No entanto, a tentativa não surtiu o efeito desejado. 
Melhor em campo, o São Paulo mudou sua postura, recuando a marcação para tentar matar o jogo no contra-ataque. Juan, em chute cruzado, quase fez o terceiro. Os mineiros ganharam terreno, mas seguiram sem levar perigo ao gol defendido por Rogério Ceni. Foi então que o treinador cruzeirense fez sua segunda alteração, tirando Thiago Ribeiro para colocar Ortigoza. Em seu primeiro ataque, o paraguaio avançou pela direita e cruzou para Wallyson, que, cara a cara com Rogério Ceni, marcou o seu primeiro gol no Campeonato Brasileiro: 2 a 1.
Foi a vez de o interino Milton Cruz agir, sacando Dagoberto, que sentiu o tornozelo, para colocar Fernandinho. Joel Santana partiu para sua última cartada, com Brandão na vaga de Wallyson. Para dar mais pegada ao meio-campo, o técnico tricolor na sequência colocou Zé Vitor no lugar de Casemiro. O Cruzeiro tentou de tudo, mas o São Paulo conseguiu segurar a pressão. Já nos acréscimos, até para ser ovacionado pela torcida, Milton Cruz sacou Rivaldo e colocou Dener, mais um das catagorias de base de Cotia.  Depois, foi só esperar o tempo passar e comemorar a justa vitória, que afasta pelo menos momentaneamente a nuvem negra que havia se instalado no Morumbi.
SÃO PAULo 2 X 1 CRUZEIRO
Rogério Ceni; Jean, Xandão, Rhodolfo e Juan; Rodrigo Souto, Wellington, Casemiro e Rivaldo (Dener); Marlos e Dagoberto (Fernandinho). Fábio; Vítor (Roger), Gil, Naldo e Éverton; Marquinhos Paraná, Leandro Guerreiro, Fabrício e Montillo; Wallyson (Brandão) e Thiago Ribeiro (Ortigoza).
Técnico: Milton Cruz Técnico: Joel Santana
Gols:Dagoberto, aos 20 minutos do 1º tempo. Marlos, a 1 minuto e Wallyson, aos 25 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Dagoberto, Wellington e Rivaldo (São Paulo); Wallyson, Naldo, Fabrício, Éverton, Gil e Montillo (Cruzeiro)
Renda e Público:R$ 284,320,00 / 11.965 pagantes
Estádio: Morumbi. Data: 09/07/2011. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ) Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Guerreiro Mascarenhas
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

ATÉ QUE EM FIM MANDARAM EMBORA CARPEGIANI !

07/07/2011 16h45 - Atualizado em 07/07/2011 16h45

Longe de ser unanimidade, Carpegiani penou com baixas e falta de critério

Treinador teve problemas com vários atletas do elenco, sofreu com desfalques em momentos decisivos e mostrou erros infantis em alguns jogos

Por Marcelo Prado São Paulo
Paulo César Carpegiani foi contratado pelo São Paulo no dia 3 de outubro do ano passado para ocupar a vaga deixada por Sérgio Baresi. Dez anos após sua primeira passagem, ocorrida em 1999, ele deixou ótima impressão no início. O São Paulo precisava de uma combinação grande de resultados para se garantir na Taça Libertadores da América de 2011. E, adotando um esquema altamente ofensivo, com quatro homens de frente, o time deu uma arrancada que chegou até a deixar o seu torcedor cheio de esperança. Foram cinco vitórias (Vitória, Grêmio Prudente, Santos, Atlético-PR e Cruzeiro) e apenas uma derrota (Ceará) em seis partidas.
Paulo Cesar Carpegiani técnico do São Paulo na derrota para o Botafogo-SP (Foto: Ag. Lance)Carpegiani sai do São Paulo após a terceira derrota seguida no Campeonato Brasileiro (Foto: Ag. Lance)
As coisas começaram a mudar de figura com a derrota para o Corinthians por 2 a 0, no estádio do Morumbi. De lá para a frente, o time alternou demais em campo e terminou o Campeonato Brasileiro na nona colocação. Com isso, após sete participações consecutivas na principal competição das Américas, o Tricolor voltaria a disputar a Copa do Brasil na temporada seguinte.
Apesar de não ter alcançado o seu objetivo, Carpegiani fez coisas importantes em poucos meses do seu trabalho. Recuperou Carlinhos Paraíba que, de “turista” no CT da Barra Funda, virou titular inquestionável no meio-campo. Deu nova vida a Fernandinho, que vinha sendo muito criticado pela torcida, e transformou o garoto Lucas de promessa em realidade.
Paulo Cesar Carpegiani observa Lucas no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Um dos méritos do treinador foi transformar Lucas em realidade no Tricolor  (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Veio a temporada 2011, e Carpegiani mostrou poder. Pediu a contratação do zagueiro Rhodolfo, do Atlético-PR, e foi atendido. Deu o seu aval para a chegada do lateral-esquerdo Juan, que ficou sem contrato com o Flamengo. Mas, quando Rogério Ceni viu a possibilidade de trazer Rivaldo para dar mais qualidade ao meio-campo, Carpegiani torceu o nariz. As coisas começariam a sair dos eixos, o que ficou provado pouco tempo depois.
Sem a necessidade de jogar com quatro atacantes, como em 2010, Carpegiani passou a escalar o time que considerou ideal. Com uma característica toda particular: a velocidade. Com isso, Rivaldo ficou sem espaço, assim como Cleber Santana, Rodrigo Souto e Fernandão, três dos atletas com salários mais altos dentro do clube. Junior Cesar, quando se recuperou de contusão, só foi utilizado na suspensão de Juan.
 Para complicar ainda mais, o treinador entrou em rota de colisão com jogadores importantes. Primeiro, foi Dagoberto. Após uma discussão durante um jogo contra o Linense, o treinador foi a público e disse que, daquele jogo em diante, o jogador não era mais inegociável. Na ocasião, o camisa 25 foi multado em 10% do seu salário. Na sequência, o atrito foi com Alex Silva, que faltou a um treinamento. Junior Cesar se estranhou com o treinador durante uma atividade, tanto que pediu para ser negociado e foi embora para o Flamengo. (veja no vídeo ao lado a irritação de Carpegiani com Dagoberto)
A maior polêmica, no entanto, crescia a cada jogo da equipe na temporada. Rivaldo não se conformava de não ser utilizado. Carpegiani, por sua vez, deixava claro que o camisa 10 quebrava o ritmo de sua equipe e que só iria utilizá-lo em ocasiões especiais. A insatisfação dentro do grupo foi crescendo, a ponto de o treinador deixar de ser unanimidade.
Rivaldo e Carpegiani no treino do São Paulo (Foto: Ag. Estado)De solução para o meio-campo do São Paulo, Rivaldo transformou-se em problema para Paulo César Carpegiani, que claramente achava que a lentidão do camisa 10 não se encaixava no time  (Foto: Ag. Estado)
Dentro de campo, o Tricolor fez a sua obrigação, que era garantir vaga na semifinal do Campeonato Paulista. Na hora da decisão contra o Santos, no entanto, Carpegiani perdeu Lucas e Rhodolfo, machucados, e o time amargou uma derrota por 2 a 0. Sobrava então a Copa do Brasil, a grande prioridade do primeiro semestre. Uma inesperada derrota por 3 a 1 para o Avaí transformou o sonho da Libertadores em pesadelo. Na saída do gramado, Rivaldo, que não foi usado em Florianópolis, meteu a boca no treinador, que revidou na entrevista coletiva, questionando o caráter do camisa 10.
Carpegiani balançou, chegou a ter sua demissão confirmada pelo então vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, mas na última hora o presidente Juvenal Juvêncio mudou de ideia e segurou o técnico. Pior: o comandante voltou atrás na polêmica com Rivaldo, pediu desculpas públicas, reconhecendo o seu erro e dizendo que o meia não havia falado nada de grave. Com isso, perdeu ainda mais força entre os jogadores. No entanto, tinha a defesa do principal nome do elenco: o goleiro e capitão Rogério Ceni.
carpegiani são paulo corinthians (Foto: Mario ângelo / Agência Estado)Goleada para o Corinthians voltou a colocar o
técnico na fogueira (Foto: Agência Estado)
Veio então o Campeonato Brasileiro, e o comandante ganhou fôlego com o início arrasador. Nas cinco primeiras rodadas, o Tricolor teve 100% de aproveitamento. Porém, a situação começou a ser inverter no clássico contra o Corinthians. Com um time muito desfalcado, o São Paulo foi atropelado por 5 a 0 e as cornetas voltaram a soar. Elas ganharam ainda mais intensidade com o tropeço seguinte, diante do Botafogo, no Morumbi, por 2 a 0.  E a situação se tornou insustentável após a terceira queda, desta vez contra o Flamengo, na última quarta-feira, por 1 a 0.
Falta de critérios durante as partidas também pesaram contra o técnico
Carpegiani também foi criticado por conselheiros influentes do Morumbi pela falta de critério dentro das partidas. Contra o Corinthians, por exemplo, após terminar o primeiro tempo com um homem a menos e empatando por 0 a 0, achou que poderia enfrentar o oponente de igual para igual. Ele chegou a ser aconselhado por membros da comissão técnica a reforçar a marcação com a entrada de mais um volante, mas pensou em surpreender o rival no contra-ataque. Resultado: com um buraco no meio-campo onde Carlinhos não estava mais, os volantes do Corinthians deitaram e rolaram. O São Paulo levou cinco gols em 45 minutos.
Em relação a Rivaldo, o técnico dizia que só poderia utilizar o camisa 10 quando tivesse Fernandinho em campo, já que o forte era o seu lançamento. Contra o Flamengo, por exemplo, botou Rivaldo e sacou exatamente Fernandinho. A postura tática do time também causava irritação. Nas primeiras vitórias fora de casa, o treinador povoou o meio-campo com quatro volantes. No Engenhão, abriu o time que, mesmo com uma formação ofensiva, deu apenas um chute no gol de Felipe na etapa complementar.
O fim do trabalho de Carpegiani no São Paulo foi anunciado com uma nota no site oficial do clube. Uma despedida seca para o treinador, após nove meses de altos e baixos. E pouco apoio.

domingo, 26 de junho de 2011

goleada Com Rivaldo no banco? fora Carpegiani !

Com Rivaldo no banco, Carpegiani diz que inexperiência pesou na goleada

Treinador disse que expulsão de Carlinhos Paraíba e gol prematuro de Danilo pressionaram os garotos no clássico realizado no estádio do Pacaembu

Em sua última coletiva antes do clássico deste domingo, contra o Corinthians, Paulo César Carpegiani foi questionado sobre o duelo entre a experiência alvinegra e a juventude são-paulina. E deu a seguinte resposta.
- No futebol, a experiência é fundamental, mas ela não ganha jogo, senão eu ia me escalar. Com a minha experiência talvez eu pudesse suprir uns dois ou três jogadores – afirmou.
Veio o clássico de domingo e com um show dos velhinhos comandados pelo meia Danilo, o Timão goleou o Tricolor por 5 a 0, com uma atuação de gala nos últimos 45 minutos, quando teve um homem a mais, após a justa expulsão de Carlinhos Paraíba. E Rivaldo, o homem que poderia dar suporte a um time repleto de garotos, ficou os 90 minutos no banco de reservas.
Curiosamente, na entrevista coletiva, Carpegiani citou a inexperiência de sua equipe como um dos maiores responsáveis pela derrota. Ele deixou claro que os garotos sentiram o peso do jogo após o momento em que o Tricolor ficou com um homem a menos em campo.
A expulsão e o gol prematuro atrapalharam. Com a nossa inexperiência, não conseguimos recuperar"
Carpegiani
- É uma equipe que vinha bem, o primeiro tempo foi parelho. Mas a expulsão e depois o gol prematuro no início do segundo tempo atrapalharam bastante. Com a nossa inexperiência, não conseguimos recuperar e pagamos um preço muito alto. Agora temos que lamber as nossas feridas, porque temos jogo na quarta-feira – afirmou o treinador, referindo-se ao jogo de contra o Botafogo, marcado para às 21h50m, no estádio do Morumbi.
No final da entrevista coletiva, o treinador foi questionado sobre a razão de não ter colocado Rivaldo em campo.
- Eu até pensava em colocá-lo, mas após a expulsão não havia mais razão para fazer isso. Eu precisava de uma equipe agressiva, por isso mantive o Marlos, o Dagoberto e o Fernandinho. Achava que no contra-ataque poderia surpreender. Mas o Corinthians fez uma grande partida. Não vou ficar aqui procurando desculpa. Uma derrota por 5 a 0 não tem explicação – ressaltou.
O camisa 10, por sua vez, não quis papo com a imprensa nem antes e nem depois da partida.

SÃO PAULO FC INCOMPETÊNCIAS = PRESIDENTE E TECNICO !

lamentavel ver o são paulo jogar com um monte de volantes ,rivaldo no banco  e ter que aturar o incompetente Paulo César Carpegiani no comando do sao paulo!
Os velhinhos do Corinthians merecem respeito. Neste domingo, em um clássico quente no primeiro tempo, a garotada do São Paulo não foi capaz de manter os 100% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro. Com gols dos veteranos Danilo, Liedson (três) e Jorge Henrique e um show no segundo tempo, o Timão goleou o Tricolor por 5 a 0, no Pacaembu, e embolou a briga pela liderança.
O Corinthians foi melhor durante toda a partida diante de um São Paulo defensivo e sem brilho ofensivo. A expulsão de Carlinhos Paraíba, aos 40 da etapa inicial, foi decisiva para a história do clássico. Em apenas 16 minutos da parte final do Majestoso, o Alvinegro já vencia por três gols de vantagem, arrancando gritos de “olé” e de “o freguês voltou" da Fiel.
Mais do que o massacre, os corintianos deixaram o Pacaembu com o sabor de vingança nos lábios. Rogério Ceni, que fez seu centésimo gol no último encontro entre as equipes, falhou no gol de Jorge Henrique que fechou o placar e levou ao delírio. É a maior vitória do Timão sobre o rival na história, igualando feito de 96.

Invicto, o Timão chega ao 17º clássico de invencibilidade no Pacaembu e se transforma em líder do Brasileirão em aproveitamento. O clube é o segundo colocado, com 13 pontos, mas tendo ainda um jogo por fazer – o duelo contra o Santos foi transferido para 10 de agosto. Na quarta-feira, visita o Bahia, às 21h50m, em Pituaçu.
O São Paulo perde a invencibilidade, porém, continua em primeiro na tabela. O Tricolor, que atuou com cinco desfalques, segue com seus 15 pontos e agora vê adversários como o próprio Corinthians e o Flamengo se aproximarem na classificação. Também na quarta, recebe o Botafogo, às 21h50m, no Morumbi.

Expulsão e desequilíbrio tricolor
O Corinthians não deu tempo para o São Paulo respirar no primeiro tempo. Tite apostou novamente na marcação pressão, em cima dos defensores rivais, adiantando suas peças. Vaiado pela torcida alvinegra pelo gol marcado no último encontro entre os clubes, Rogério Ceni desta vez trabalhou com as mãos em ótima defesa no canto direito após chute do “homem-surpresa” Paulinho, logo a um minuto.

O São Paulo precisou de pouco tempo para se acertar. Carpegiani rapidamente corrigiu a marcação feita pela garotada. Os meninos tricolores, aliás, se destacaram. O estreante Rodrigo Caio colou em Danilo e atrapalhou toda a criação corintiana. Jean e Luiz Eduardo seguraram Jorge Henrique e Willian, respectivamente, deixando Liedson isolado. Wellington foi um gigante no combate defensivo e o jogador mais lúcido na saída para o ataque.
A formação defensiva, porém, permitiu que o Corinthians dominasse o jogo. O São Paulo só reagiu nos contra-ataques. Em um dos poucos que os atacantes conseguiram acertar faltou pontaria. Dagoberto, aos 28, desperdiçou bela oportunidade ao furar na área um cruzamento vindo de Jean pela direita.
A chuva que caiu sobre São Paulo neste domingo não esfriou os ânimos no encontro de dois grandes rivais. Depois de ser punido com cartão amarelo por se desentender com Paulinho, Carlinhos Paraíba recebeu o vermelho ao fazer falta dura em Weldinho. O clima esquentou, e o árbitro Rodrigo Braghetto não economizou com cinco advertências. O Timão ainda reclamou de um pênalti de Bruno Uvini em Willian, aos 35.

Timão atropela  Tricolor
A vantagem de ter um jogador a mais em campo favoreceu o Corinthians durante todo o segundo tempo. O Timão voltou do intervalo pressionando novamente e não demorou a abrir o placar com um golaço, logo a um minuto. Danilo recebeu na área, deu um drible desconcertante em Bruno Uvini e tocou no canto direito. Explosão alvinegra no Pacaembu!
Sem Carlinhos Paraíba, seu único articulador, o São Paulo não conseguiu deixar o campo defensivo e foi outra vez encurralado. Rogério Ceni voltou a aparecer com ótimas defesas, mas a cota de milagres tem limites. Aos oito, depois de pegar uma cabeçada de Leandro Castán, a bola sobrou nos pés do artilheiro Liedson livre na pequena área: 2 a 0.
O placar desfavorável afundou o São Paulo. A garotada se perdeu na marcação e sucumbiu diante da velocidade corintiana. Ralf carimbou a trave aos 14 dando uma amostra do que viria pouco depois, aos 16. Liedson girou sobre Xandão na área e disparou um torpedo para cima de Rogério Ceni, fazendo o terceiro.
Carpegiani ainda tentou fazer sua equipe melhorar com as entradas de Ilsinho e Henrique. Em vão. O Corinthians não de qualquer chance de reação e entrou no embalo dos gritos de “olé” vindos da Fiel. Ainda restava tempo para mais, aos 34. Danilo fez boa jogada e cruzou na medida para Liedson fazer o terceiro dele. Três minutos depois, Rogério Ceni engoliu um frango em chute de Jorge Henrique. Era o que a torcida queria para ir embora do Pacaembu ainda mais feliz.

CORINTHIANS 5 X 0 SÃO PAULO
Julio Cesar; Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Morais); Willian (Emerson), Liedson e Jorge Henrique. Rogério Ceni; Jean, Xandão, Bruno Uvini e Luiz Eduardo; Rodrigo Caio, Wellington e Carlinhos Paraíba; Marlos (Ilsinho), Dagoberto e Fernandinho (Henrique).
Técnico: Tite Técnico: Paulo César Carpegiani.
Gols: Danilo, no 1º minuto, Liedson, aos oito, aos 15 e aos 34 minutos; Jorge Henrique aos 36 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leandro Castán, Liedson, Paulinho (COR); Rogério Ceni, Carlinhos Paraíba, Wellington.
Vermelho: Carlinhos Paraíba
Data: 26/06/2011. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP). Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP). Renda e público: R$ 955.263,00 / 30.351 pagantes



quinta-feira, 9 de junho de 2011

CORITIBA X VASCO : Em jogaço de bola!


Quarta-feira, 08/06/2011 - 21h00 Couto Pereira - Curitiba, PR
Coritiba 3 x 2 Vasco




Em jogaço de bola, Vasco é campeão mesmo com derrota para Coxa: 3 a 2

Depois de oito anos, clube volta a ficar no topo do futebol brasileiro e é o primeiro a assegurar vaga na Taça Libertadores de 2012

por GLOBOESPORTE.COM
Foram oito anos, dois meses e 18 dias de uma angustiante espera. A conquista do Campeonato Carioca em 23 de março de 2003 tinha sido a última do Vasco em competições no grupo de elite. Tão logo o árbitro Sálvio Spinola ergueu os braços no lotado Couto Pereira, na gélida noite desta quarta-feira, depois de sofrimento intenso nos 90 minutos, a imensa torcida cruz-maltina era "bem feliz, norte e sul, norte e sul deste país", conforme o hino do genial Lamartine Babo. O frio de 10 graus no palco da decisão já não importava mais: o calor da festa aqueceu dentro e fora do estádio. A Copa do Brasil 2011 tem como dono, pela primeira vez, clube cujo nome é de navegante português, mas que marca a fase do atual Trem-Bala. Num jogo sensacional, nunca uma derrota foi tão comemorada: os 3 a 2 sofridos diante do Coritiba, que como o Vasco se refez após o inferno de um ano pela Série B, repete uma sina de conquistas longe de São Januário que começou com o Expresso da Vitória, em 1948.
No Chile, Ademir de Menezes era o craque daquele Sul-Americano, que o time ganhou em cima do argentino River Plate. Depois, o Vasco de Bebeto faturaria fora do Rio, no Morumbi, sobre o poderoso São Paulo na final do Brasileiro de 1989. Nove anos depois, em 1998, o clube voltou a mandar na América do Sul ao levantar a Libertadores em Guayaquil após bater o Barcelona equatoriano. E finalmente, em 2000, a catarse no título da Copa Mercosul em pleno Palestra Itália, numa virada histórica por 4 a 3 sobre o Palmeiras comandada por Romário. A história desse clube era um aviso ao Coritiba: fora de casa, é tão ou mais perigoso do que em seu domínios. Alecsandro e Eder Luis escrevem o nome na sala de troféus do clube com os gols marcados - Bill, Davi e Willian fizeram os da vitória do Coxa - e o garantem de volta à Libertadores em 2012 pelo critério de desempate de gols marcados fora.
coritiba x vasco comemoração (Foto: André Durão/Globoesporte.com)O capitão cruz-maltino, o goleiro Fernando Prass, levanta a tão sonhada taça acompanhado de Felipe: o inédito troféu, enfim, vai para São Januário (Foto: André Durão/Globoesporte.com)

Foi uma vibração das mais intensas. O Coritiba pressionava muito, ainda que mais no coração do que na estratégia. Já fora de campo, substituídos, Felipe e Diego Souza rezavam encolhidos, como autênticos torcedores, juntando-se aos quatro mil vascaínos no estádio que explodiram de alegria. O técnico Ricardo Gomes, um dos responsáveis pela recuperação da equipe no início da temporada, se sentia, enfim, recompensado. Roberto Dinamite, ídolo agora presidente, falava do seu primeiro título na nova função. Fernando Prass, goleiro que sofreu a pressão e capitão da equipe, levantava a taça, antes da volta olímpica consagradora, que teve um lado triste: vândalos da torcida do Coritiba atiraram pilhas e uma xícara nos jogadores, que não chegaram a se machucar.
Nada disso, porém, apagou a noite iluminada do Vasco. Agora, é só pensar em festa. Sábado à noite, contra o Figueirense, pela quarta rodada pelo Brasileiro, o time reencontra a torcida e Juninho Pernambucano, que será apresentado em grande estilo. O Coritiba, de ressaca, pega domingo, no Engenhão, o Botafogo.
Alecsandro esfria os coxas
A torcida do Coritiba fez a sua parte para tentar pôr fim à impetuosidade do Trem-Bala. Lotou o Couto Pereira, apoiou o time. Em campo, o curioso é que os coxas preferiram entrar com o uniforme número dois, com listras verdes e brancas mais largas. Superstições à parte, o técnico Marcelo Oliveira surpreendeu ao escalar três volantes no meio-campo e apenas um atacante. Sem Anderson Aquino, o craque da companhia - suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido na derrota no Rio, no primeiro jogo, por 1 a 0 -, ele optou pelo marcador Marcos Paulo. A intenção era povoar o meio-campo, ter a posse de bola, evitar um gol do Vasco no início - que certamente desanimaria, e muito, a equipe no restante da partida.
Anderson Martins Vasco x Coritiba (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Alecsandro esfria o ímpeto do Coxa e abre placar para o Vasco. Depois, acompanhado de Anderson Martins, mostra tatuagem com nome do filho, Yan (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
A tática só durou dez minutos. Foi pura ilusão de Marcelo Oliveira. Realmente, o time imprensou o Vasco em seu campo. Estava difícil para sair jogando. Até Felipe errava passe na saída de bola. Dedé mostrava nervosismo em entrada dura em Davi. Na falta, Jonas fez Fernando Prass voar junto com os milhões de vascaínos para tocar a escanteio.
Mas o Vasco tinha bons trunfos tirados da manga: um bom camisa 10 para armar a jogada, um atacante veloz, com característica de ponta, para centrar na medida. E um artilheiro nato na área. Bastou isso para abrir o placar e mudar o jogo.
O passe de Diego Souza para Éder Luis, que já tinha assustado o Coritiba ali pela direita, fez o atacante disparar até a linha de fundo. O toque rasteiro encontrou Alecsandro livre. Foi só tocar e correr para o abraço, aos 11. O mesmo artilheiro da vitória em São Januário, dessa vez, não comemorou à la seu pai, o atacante Lela, ídolo do Coritiba, que botava a língua para fora. Preferiu homenagear Ronaldo Fenômeno ao usar o indicador apontando para frente e balançar a mão, gesto que o Fenômeno eternizou na final da Copa de 2002. Depois, mostrou tatuagem no braço com nome do filho Yan.
Os quatro mil vascaínos comemoraram como loucos e tiveram a companhia do solitário goleiro Fernando Prass, que foi em direção à parte destinada à torcida e emocionou todos ali. Afinal, aquele resultado não só dava ao time a vantagem de sair sem a taça apenas se perdesse por dois gols de diferença como também esfriava o ímpeto do Coxa e de sua torcida. Com isso, os mais experientes cozinharam a partida por bons 15 minutos. Anderson Martins e Dedé garantiam a defesa, Allan e Ramon pouco subiam., Rômulo e Eduardo Costa fechavam bem o meio-campo.
Virada do Coritiba
O técnico Marcelo Oliveira, percebendo a besteira que fez na escalação inicial, resolveu mexer aos 26 minutos. Sacou Marcos Paulo, que colocara para fechar o meio, e lançou mais um atacante, Leonardo. Demorou dois minutos para empatar a partida. Davi, que armava a equipe com competência, alçou bola para Jonas pela direita. O toque de cabeça para a área encontrou Bill livre - numa falha de marcação vascaína - para cumprimentar e mandar para as redes, aos 28.
gol coritiba x vasco (Foto: Cezar Loureiro/Globo)Willian dá petardo de fora da área no terceiro gol do
Coritiba (Foto: Cezar Loureiro/Globo)
Voltou tudo. Empolgação da torcida do Coritiba, correria do time... E o Vasco sentiu também o golpe. Só Felipe aparecia mais, conseguindo prender bem a bola. Do outro lado, Davi ditava melhor ainda o ritmo da equipe. Leonardo não deixava Bill mais isolado na briga com a zaga vascaína. E se Jonas já atacava melhor pela direita, Emerson melhorou um pouco na briga com Eder Luis pela esquerda.
Rafinha, enfim, deu o ar da graça com sua velocidade: aos 44, após centro da meia-esquerda do esforçado Léo Gago, levou a melhor após uma deixada de Davi para ele bater com perigo. O rebote de Fernando Prass na defesa foi exatamente nos pés de Davi, e o camisa 10 não perdoou com sua canhota: 2 a 1 para o Coxa no apagar das luzes do primeiro tempo.
Mais gols e emoção vascaína
Os dez primeiros minutos da segunda etapa foram de puro nervosismo das duas equipes. Praticamente não houve futebol. O Coritiba estava mais duro nas divididas. O Vasco não se intimidava. Com mais posse de bola, o time da casa explorava a velocidade de Rafinha pela direita. Até estava um pouco melhor. Mas futebol tem dessas coisas. Brilhou a estrela de Eder Luis, e faltou a do goleiro Edson Bastos. Ao receber bola na meia-direita, o camisa 7 resolveu arriscar um chute. O goleiro pulou errado, a bola passou justamente onde estava colocado antes: o Vasco empatava a partida e botava a mão na taça. Eder Luis puxava a comemoração do trem-bala com o resto do time.
Eder Luis gol Vasco x Coritiba (Foto: Ag. Estado)Autor do segundo gol, o do título, Eder Luis puxa o Trem-Bala da Colina na comemoração (Foto: Ag. Estado)
Precisando de dois gols para virar a situação, Marcelo Oliveira fez duas mexidas. Botou Eltinho no lugar de Lucas Mendes e Marcos Aurélio no de Léo Gago. O Coxa ganhou um gás. A partida voltou a ferver quando, aos 21, após uma pixotada de Rômulo para fora da área, Willian acertou uma bomba que tomou efeito e foi à esquerda de Fernando Prass. Era o terceiro gol do Coritiba. Esperança renovada.
Davi, Rafinha, Leonardo e Bill cresciam. Do lado do Vasco, Alecsandro, Felipe e Diego Souza sumiam, davam sinais de cansaço. Em lance polêmico pela esquerda, entre Dedé e Leonardo, que se enroscaram na área, o Coxa pediu pênalti, não marcado. A pressão aumentava quando Ricardo Gomes sacou, de uma vez só, Felipe e Diego Souza, para pôr Jumar e Bernardo.
Ainda que o Vasco ganhasse fôlego, a pressão do Coxa aumentava. Nem era mais técnica. Era coração. O time carioca se defendia como podia, heroicamente. Fernando Prass largou uma bola quase nos pés de Bill. As câmeras de TV mostravam, fora de campo, Felipe e Diego Souza rezando. Bernardo, que sempre entra ligado, quase empatou no fim. O jogo foi um perigo para os cardíacos. Mas, mesmo com a derrota, a explosão foi vascaína.
coritiba 3 x 2 vasco
Edson Bastos, Jonas, Demerson, Emerson e Lucas Mendes (Eltinho); Willian, Léo Gago (Marcos Aurélio), Marcos Paulo (Leonardo), Rafinha e Davi; Bill. Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramon; Romulo, Eduardo Costa, Felipe (Jumar) e Diego Souza (Bernardo); Eder Luis e Alecsandro
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: no primeiro tempo, Alecsandro, aos 11, Bill, aos 28, e Davi, aos 44 minutos. No segundo tempo, Eder Luis, aos 12, e Willian, aos 21 minutos.
Cartões amarelos: Léo Gago, Bill e Leonardo (Coritiba) e Eduardo Costa e Felipe (Vasco).
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba. Data: 08/06/2011. Competição: Copa do Brasil (decisão). Árbitro: Sálvio Spinola (Fifa/SP). Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa/SP). Renda: 892.600,00. Público: 31.516 pagantes e 35.142 presentes.

Participação do Coxa foi fantástica'

Jogadores e técnico elogiam torcida do Coxa: 'Participação foi fantástica'

'Os torcedores merecem coisa melhor, e nós vamos em busca disso', prometeu o meia Davi após a partida

Por Fernando Freire Curitiba
A torcida do Coritiba fez uma bela festa na noite de quarta-feira, na vitória sobre o Vasco da Gama por 3 a 2 - resultado que não foi suficiente para a conquista da Copa do Brasil, já que o clube carioca tinha vencido por 1 a 0 no jogo de ida e o gol fora é critério de desempate. Os cerca de 32 mil coxas-brancas cantaram desde o início. Ao ritmo de "Vamos, vamos, meu verdão! Vamos, não pára de lutar", a torcida empurrou o time para a vitória.
E ela foi fundamental para isso, segundo os próprios jogadores. O meia Davi, autor do segundo gol alviverde na partida, destacou a importância do apoio das arquibancadas no jogo contra o Vasco:
- A torcida faz toda a diferença para o nosso grupo, nossa equipe, nossa família. Eles merecem coisa melhor, e nós vamos em busca disso. Tem o Brasileiro pela frente. A gente mostrou que temos qualidade contra grandes, de São Paulo e Rio. Continuar nessa batida que a gente vai muito longe.
O técnico Marcelo Oliveira adotou discurso semelhante ao do comandado. O treinador destacou o apoio vindo das arquibancadas durante os 90 minutos, inclusive quando o time ficou em desvantagem no placar:
- A participação do torcedor foi fantástica durante todo o tempo. No primeiro tempo, nos ajudou muito. Tomamos o gol muito cedo e reagimos muito bem, justamente porque tínhamos o apoio do torcedor. Ele acreditou até o final, e nós também. Essa parceria vai continuar sempre assim e vai nos ajudar muito. A retribuição vai ser dentro de campo.
O próximo compromisso do Coritiba é contra o Botafogo, às 18h30m (horário de Brasília) de domingo, no Engenhão.
Torcida do Coritiba no jogo contra o Vasco (Foto: Fernando Freire - Globoesporte.com)Torcida lotou o Couto Pereira e apoiou o time durante todo o jogo (Foto: Fernando Freire - Globoesporte.com)

sábado, 7 de maio de 2011

Em 2011, Coxa tem o melhor aproveitamento do mundo


Invicto Coritiba deixa para trás Barcelona e Manchester United

Gol do Coritiba Sem Freio - Coritiba x Palmeiras (Foto: Felipe Gabriel) Bonde do Coxa Invicto atropelou o Palmeiras na Copa do Brasil (Foto: Felipe Gabriel)
Igor Siqueira
Publicada em 07/05/2011 às 07:00
Rio de Janeiro (RJ)
Com a goleada sobre o Palmeiras por 6 a 0, pelas quartas de final da Copa do Brasil, quinta-feira passada, o Coritiba se confirmou como o time com melhor aproveitamento do futebol mundial em 2011, superando inlcusive Barcelona e Manchester United – finalistas da Liga dos Campeões –  e Porto, campeão português e finalista da Liga Europa.

- O trabalho está sendo bem desenvolvido. Quem deve estar incomodado agora é quem desconfiava desse time - alfinetou o treinador do Coxa, Marcelo Oliveira.

A 24 vitória seguida do time paranaense na temporada não poderia tem um roteiro melhor: contra um time de tradição e de goleada.

- Pegamos o Palmeiras de surpresa. Tivemos uma noite muito inspirada e não deixamos eles jogarem - afirmou o comandante.

À medida em que o time se destaca e o Brasileirão se aproxima, o interesse por jogadores do Coritiba cresce, mas Marcelo Oliveira está tranquilo com relação ao assédio.

- A diretoria trabalhou bem e se planejou para isso. A maior parte dos contratos dos nossos jogadores é de dois, três anos - disse Oliveira.

O desempenho do Coxa impressiona. E já tem torcedor comparando o time ao Barcelona. Mas o técnico afasta a euforia.

- Isso é exagero. Estamos muito longe disso. Mas o Barça é exemplo de toque de bola e recomposição da marcação - relatou.

Melhores campanhas:

1) Coritiba – 29 jogos (27 vitórias, 2 empates) – 81 Gols Pró e 19 Gols Contra. Aproveitamento de 95,4%.

2) Fenerbahçe – 16 jogos (14 vitórias, 1 empate e 1 derrota) – 36 Gols pró e 14 Gols Contra. Aproveitamento de 89,5%.

3) Porto – 27 jogos (22 vitórias, 1 empate e 4 derrotas) – 64 Gols Pró e 24 Gols contra. Aproveitamento de 82,7%.

4) Barcelona – 30 jogos (22 vitórias, 3 derrotas e 5 empates) – 66 Gols Pró e 20 Gols Contra. Aproveitamento de 78,8%.

5) Olympique Marseille – 19 Jogos (13 vitórias, 4 empates e 2 derrotas) - 29 Gols Pró e 18 Gols Contra. Aproveitamento de 75,4%.

6) Manchester United – 27 jogos (19 vitórias, 3 empates e 5 derrotas) – 49 Gols Pró e 20 Gols Contra. Aproveitamento de 74%.

7) Milan – 23 jogos (14 vitórias, 7 empates e 2 derrotas) – 39 Gols Pró e 14 Gols Contra. Aproveitamento de 71%.

8) Velez – 20 jogos (12 vitórias, 4 empates e 4 derrotas) – 40 Gols Pró e 18 Gols Contra. Aproveitamento de 66,6%
BATE-BOLA
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba
Onde está a força do Coritiba nesta temporada?
Não temos estrelas e nem somos brilhantes, mas o Coritiba demonstra muita disposição, é um time que joga pelo coletivo. Consegui montar uma equipe que marca, é rápida e de boa técnica.

Neste ano você recebeu um presentão do Ney Franco, não é?
Eu peguei uma base muito boa e vencedora do Ney. A partir disso, dei mais consistência defensiva ao time, aumentando a estatura dos defensores e prendendo os laterais, formando uma linha de quatro mais sólida atrás. Temos um meio muito talentoso, e não deixamos de buscar o ataque.

Vai ser difícil ficar fora da Copa do Brasil. Já está pensando em Flamengo e Ceará?
É. Estamos com a vaga praticamente assegurada, mas o que vier depois não vai fazer diferença. O Flamengo é um time que tem uma camisa muito importante, mas o Ceará mostrou ter uma boa equipe também.

Para o Brasileiro, o Coxa pensa em reforços?
A base deve ser mantida e acertamos com o volante Gil e contratamos o meia Éverton, do Caxias. Mas estou muito satisfeito com o que temos aqui.



O RENASCIMENTO
2009O ano do centenário do clube tinha tudo para ser de conquistas. Mas o Coxa não faturou o Estadual, caiu na semi da Copa do Brasil e, pior, foi rebaixado para a Série B, perdendo no Couto Pereira para o Fluminense, na última rodada. A partida terminou com uma a batalha campal, que resultou em punição para o clube.
2010O rebaixamento foi página virada no Coritiba. O time se reformulou e iniciou o projeto para voltar à elite. Ney Franco, que assumiu o time no final do Brasileiro do ano anterior, permaneceu e foi o mentor do time. Vieram os títulos do Paranaense (mesmo mandando jogos em
Joinville) e da Série B, com antecipação.
2011Sob o comando de Marcelo Oliveira, faturou o Paranaense, quebrou o recorde de invencibilidade no estado (33 jogos, contando com 2010, recorde que era do rival Atlético-PR). É dono da maior série invicta do Brasil: 27 (bateu marca do Palmeiras-96, com 21). E tem o maior número de vitórias seguidas no país: 24.
5/5, a quinta-feira mágicaA 24ª vitória seguida na temporada veio contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, em uma goleada histórica por 6 a 0, no Couto Pereira. O triunfo mais expressivo sobre o Verdão em 101 anos de existência do Coxa. Até onde vai esse bonde sem freio paranaense, que já contabiliza 81 gols na temporada?

ESTE É O SUPERCOXA!
Um dos diferenciais do Coritiba é que o time titular sofre pouquíssimas alterações, seja técnica ou por lesão. E ainda conta com um reserva de luxo, que está em ótima fase: Anderson Aquino.
O Coxa consegue manter o elenco? Confira a situação dos vínculos de cada um destaques do Coritiba:
- Vínculo até 12/2011: Edson Bastos e Jeci;
- Vínculo até 12/2012: Jonas e Marcos Aurélio;
- Vínculo até 12/2013: Emerson, Lucas Mendes, Leandro Donizete, Léo Gago, Rafinha e Anderson Aquino
- Empréstimo até 12/2011: Davi (Avaí) e Bill (Corinthians)


quinta-feira, 5 de maio de 2011

CORITIBA SIMPLISMENTE MASSACRA PALMEIRAS NO COUTO PEREIRA !

Massacre coxa-branca: Coritiba goleia Palmeiras e fica perto da semi

Time da casa atropela e faz 6 a 0. Na volta de Marcos, Verdão joga pouco e terá de reagir no Pacaembu se quiser sobreviver na Copa do Brasil

por Diego Ribeiro e Luciano Balarotti
Coritiba e Palmeiras tinham o mesmo sentimento antes do duelo de ida das quartas de final da Copa do Brasil: seria o desafio do ano para os dois lados. Mas parece que só o Coritiba levou essa motivação a campo. Em uma das melhores atuações coletivas de uma equipe em 2011, o Coxa atropelou o Verdão na noite desta quinta-feira, no Couto Pereira: 6 a 0, vitória incontestável. Do outro lado, um perdido e apático Palmeiras, na sua pior apresentação da temporada, viu a classificação para a semifinal da Copa do Brasil ficar longe.
Tranquilo, tranquilo, o Coritiba vai ao Pacaembu na próxima quarta-feira, às 21h50m, podendo perder por até seis gols de diferença para se garantir na semi. Com a goleada, já são 24 vitórias seguidas em 2011 - recorde nacional, cada vez mais consolidado. O time de Marcelo Oliveira mostrou ao Brasil as virtudes que fizeram do Coxa o campeão estadual invicto no Paraná.
O Palmeiras sofre seu segundo baque em cinco dias. No domingo, jogando melhor que o Corinthians, o time foi eliminado do Campeonato Paulista nos pênaltis. Agora, sem ver a cor da bola, com o meio-campo totalmente dominado, a equipe de Luiz Felipe Scolari terá de encontrar forças para tentar inverter o resultado nos seus domínios. O jogo que teria tudo para marcar bem o retorno de Marcos ao gol ficará, na verdade, na memória do torcedor como um dia para ser esquecido.
jogadores do Coritiba comemoram gol sobre o Palmeiras (Foto: Geraldo Bubnak / Ag. Estado)jogadores do Coritiba comemoram gol sobre o Palmeiras (Foto: Geraldo Bubnak / Ag. Estado)
Para se ter uma ideia do tamanho do desastre, o Palmeiras não sofria quatro ou mais gols no mesmo jogo desde a reestreia de Felipão no banco de reservas do Palmeiras, em 18 de julho de 2010, contra o Avaí. Na ocasião, o time catarinense fez 4 a 2 na Ressacada. Neste ano, o time só havia sofrido mais de um gol numa única oportunidade, na derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta - e com time reserva. Foi a maior derrota do treinador à frente do clube. A última vez em que o Palmeiras sofreu seis gols havia sido em 2006, em uma derrota por 6 a 1 para o Figueirense, pelo Brasileiro.
Green Hell!
O "inferno verde" promovido pela torcida do Coritiba antes do jogo já mostrava a pedreira que o Palmeiras teria pela frente. O que o time de Felipão não esperava era uma blitz tão intensa nos primeiros 20 minutos de jogo. Empurrado pelos quase 30 mil torcedores da casa, o Coxa mostrou que suas 23 vitórias seguidas - recorde nacional - não vieram por acaso. Olhando nome por nome, o Coritiba pode até não impressionar à primeira vista. Dentro de campo, porém, parece que os jogadores se conhecem há anos.
Logo aos dois minutos, quando o centroavante Bill deu uma de armador pela direita e colocou a bola na cabeça do zagueiro Emerson, que quase abriu o placar, foi possível começar a entender os motivos de o Coritiba ser um time tão perigoso. Tocando a bola rapidamente e dominando o meio-campo, os paranaenses encontraram até com certa facilidade o caminho do gol diante de um Palmeiras atordoado, que tentava assimilar a pressão.
A zaga palmeirense sentiu demais a falta do suspenso Thiago Heleno. Sem o principal pilar nas bolas aéreas, o Coxa chegou ao 1 a 0 em um lance que se repete no Palmeiras pelo terceiro jogo seguido - assim como foi contra Mirassol e Corinthians, o Palmeiras vacilou em um escanteio vindo da direita. Desta vez foi Emerson, aos 11 minutos, que subiu bem mais do que qualquer outro e cabeceou sem chances para Marcos.
O Santo, aliás, que voltou ao time depois de três meses fora, teve poucas chances de aparecer. Em sua única intervenção, é verdade, operou milagre em uma cabeçada fulminante de Pereira, à queima-roupa. Insuficiente para conter a "fúria" do Coritiba.
Tocando a bola, variando o jogo, o Coxa chegou ao segundo com 22 minutos. Bill, agora pela esquerda, serviu o bom camisa 10 Davi, que invadiu a área e só completou de pé esquerdo para ampliar o marcador.
E tome bola aérea, bola rasteira, pela esquerda, pela direita. O Coritiba queria mais. E nada de o Palmeiras acordar. Isolado lá na frente, Kleber era o Gladiador palmeirense em meio a um mar de defensores rivais. O camisa 30 sentiu muito a falta de Valdivia, principal companheiro na articulação de jogadas. Lincoln mal conseguiu tocar na bola.
Aos 43, para fechar um primeiro tempo quase perfeito, o time da casa fez 3 a 0 com Léo Gago. O chute de longe, despretensioso, que desviou em Danilo e acabou enganando Marcos, foi um retrato fiel dos 45 minutos iniciais: Coritiba iluminado, Palmeiras desnorteado.
Palmeiras sem reação
Felipão bem que tentou mudar o panorama do jogo no intervalo. Tirou João Vitor, muito abaixo de seu potencial, e lançou Chico para reforçar o até então perdido meio-campo. No ataque, Wellington Paulista entrou para fazer companhia a Kleber. Nos primeiros dez minutos, até houve equilíbrio na posse de bola. Até que Leandro Amaro derrubou Rafinha dentro da área. Pênalti marcado por Leandro Vuaden.
Na cobrança, o xodó e artilheiro Bill não deu chances a Marcos: 4 a 0, para o Palmeiras perder de vez a cabeça. O camisa 9 ainda cavou a expulsão de Rivaldo, minutos depois. Bastante irritado, o lateral-esquerdo palmeirense deu uma cotovelada no rival e foi denunciado pelo quarto árbitro.
Nas arquibancadas, o "inferno verde" seguia mais forte. Aos gritos de "olé" e insultos contra Felipão, a torcida coxa-branca ocupou os 30 minutos finais e completou um dia de festa no Couto Pereira. Para fechar de forma perfeita, Geraldo e Anderson Aquino fizeram o quinto e o sexto, respectivamente, diante de um adversário já morto em campo. Goleada histórica. Agora, são 81 gols na temporada. E o Coritiba ainda quer mais...

coritiba 6 x 0 palmeiras
Edson Bastos, Jonas, Emerson, Pereira (Cleiton) e Lucas Mendes; Leandro Donizete (Willian), Léo Gago, Rafinha (Geraldo) e Davi; Anderson Aquino e Bill Marcos, João Vitor (Chico), Danilo, Leandro Amaro e Rivaldo; Marcos Assunção, Márcio Araújo, Patrik (Wellington Paulista) e Lincoln (Adriano); Kleber e Luan
Técnico: Marcelo Oliveira Técnico: Luiz Felipe Scolari
Gols: Emerson, aos 11, Davi, aos 21, e Léo Gago, aos 43 do primeiro tempo; Bill, aos 10, Geraldo, aos 46, e Anderson Aquino, aos 47 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leandro Donizete, Rafinha (CTB); Luan, João Vitor, Rivaldo (PAL). Cartão vermelho: Rivaldo (PAL)
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 05/05/2011. Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa-RS). Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Julio Cesar Rodrigues Santos (RS). Público: 28.870 pagantes. Renda: R$ 848.620,00

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Crescem questionamentos sobre morte e sepultamento de Bin Laden

Crescem questionamentos sobre morte e sepultamento de Bin Laden
04 de maio de 2011 09h00 atualizado às 09h31



O líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, em foto de 1998. Foto: AP Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, foi morto em um operação americana no Paquistão

A morte de Osama bin Laden desarmado despertou temores de que os Estados Unidos possam ter ido longe demais ao agir como policial, juiz e carrasco do homem mais procurado do mundo. Mas para vários líderes muçulmanos, a questão mais perturbadora é se o sepultamento do líder da Al-Qaeda no mar foi contrário à prática islâmica.
A Casa Branca disse na terça-feira que Bin Laden havia resistido aos militares dos EUA que invadiram seu esconderijo na Paquistão, e que houve temores de que ele iria "se opor à operação de captura".
O porta-voz da Casa Branca Jay Carney se recusou a especificar que tipo de resistência Bin Laden ofereceu, mas acrescentou: "Esperávamos uma grande resistência e fomos recebidos com grande resistência. Havia muitas outras pessoas armadas... no complexo."
Helmut Schmidt, ex-chanceler da Alemanha Ocidental, disse à TV alemã que a operação pode ter consequências incalculáveis no mundo árabe em um momento de tensão na região. "Está muito claro que foi uma violação da lei internacional", afirmou.
Essa visão encontrou eco no renomado advogado de direitos humanos australiano Geoffrey Robertson. "Não é justiça. É uma perversão do termo. Justiça significa levar alguém ao tribunal, declará-lo culpado com base em provas e sentenciá-lo", disse Robertson ao canal Australian Broadcasting Corp, em Londres.
"Este homem foi submetido a uma execução sumária, e o que parece agora, após uma grande quantidade de desinformação da Casa Branca, é que pode ter se tratado de um assassinato a sangue frio."
Robertson disse que Bin Laden deveria ter ido a julgamento, assim como os nazistas da 2a Guerra Mundial foram em Nuremberg ou o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic foi perante ao tribunal de crimes de guerra em Haia após sua prisão em 2001.
Gert-Jan Knoops, especialista na lei internacional sediado na Holanda, disse que Bin Laden deveria ter sido preso e extraditado para os Estados Unidos.
"Os norte-americanos dizem estar em guerra contra o terrorismo e que podem abater seus adversários no campo de batalha", declarou Knoops. "Mas formalmente falando, este argumento não se sustenta."
Sepultamento no mar
Syed Ahmed Bukhari, clérigo muçulmano sênior de Nova Délhi, disse que as tropas dos EUA poderiam ter capturado Bin Laden facilmente.
"Os Estados Unidos estão disseminando a lei da selva em toda parte, seja no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão ou na Líbia. As pessoas estão caladas há muito tempo, mas agora passou dos limites."
Son Had, porta-voz do Jema''ah Ansharut Tauhid, o grupo islâmico fundado pelo líder indonésio Abu Bakar Bashir, disse estar claro que Bin Laden se tornou um mártir.
"No islã, um homem que morreu... lutando pela sharia recebe a maior honraria dada a um homem abaixo da de profeta, ou seja, a de mártir. Osama é um combatente do islã, da sharia".
Mas para muitos líderes islâmicos a maior preocupação é o enterro de Bin Laden no mar, e não na terra. Seu corpo foi levado a um porta-aviões dos EUA onde militares disseram que ele foi sepultado no mar de acordo com os ritos islâmicos.
I.A. Rehman, funcionário da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, disse que o funeral é mais importante do que saber como Bin Laden foi morto.
"O fato de que não estava armado é menor... atrairá maior atenção saber se ele foi sepultado de forma islâmica. Tem surgido reações de clérigos muçulmanos segundo os quais ele não foi enterrado apropriadamente, e isto causará discussões durante algum tempo."

A morte de Osama Bin Laden e o Jornal Nacional


Recebi assim…
A morte de Osama Bin Laden e o Jornal Nacional
Começo me apresentando: Sou brasileiro, cidadão, bancário e psicólogo da cidade de Fortaleza-CE. Não tenho costume de escrever sobre política, nem fatos públicos e pra ser honesto sobre quase coisa nenhuma mas hoje não pude me conter. Espero que possam ler até o fim…
Dia 02/05/2011, acabo de chegar em casa depois de um dia de trabalho bastante conturbado, como são os primeiros dias úteis, especialmente nas segundas-feiras no Banco do Brasil. Fiquei sabendo vagamente da morte de Osama Bin Laden a partir de rápidos comentários de clientes. Resolvi assistir o jornal nacional para ver as notícias e fiquei realmente chocado com a forma que o assunto foi tratado. A morte era anunciada com um sorriso no rosto por simplesmente todos os repórteres, lembrava muito as coberturas festivas, como os carnavais, as vitórias esportistas, as festas de rua. As palavras “celebravam” “festejavam” “comemoravam” eram constantemente citadas e fiquei me perguntando se era realmente de uma morte que aquelas pessoas estavam falando. Em nenhum momento ninguém falava sobre como era um sintoma doentio a comemoração em praça pública de um assassinato. Ou de até que ponto aquele comportamento era ético?
Não estou aqui de maneira nenhuma defendendo as ações de Osama, muito pelo contrário, repudio seus atos, suas mortes. Mas a comemoração em praça pública de uma morte é pelo menos de se estranhar, de se questionar, e em nenhum momento houve um mínimo sinal do contraditório, do outro ponto de vista. Assistindo só conseguia me lembrar das antigas cerimônias de execução da Idade Média, ou mesmo as provocadas pelos regimes radicais como o Talibã, tão criticada pelo mundo “civilizado” ocidental, no qual o povo festejava os assassinatos, daquele que por algum motivo eles consideravam inferiores a si. E o que mais me impressionou é que os argumentos americanos não eram ditos como perspectivas e sim como a verdade nua e crua. Que isso acontecesse na mídia Americana não era de se estranhar, mas aqui no Brasil me pareceu um contra-senso. As questões éticas da comemoração de uma morte em nenhum momento foram questionadas. Era como se fosse o óbvio, natural, a comemoração daquelas mortes.
Uma avó americana foi mostrada com sua netinha tirando fotos dizendo que era uma lembrança para aquela criança da comemoração daquele dia. A netinha devia ter pouco mais de cinco anos. E o jornal seguia mostrando tudo direitinho, a grande festa, aquele momento tão bonito de assassinato. A sede de sangue era clara. As pessoas se abraçavam, comemoravam, as imagens chegavam a ser bonitas, parecia um réveillon, ou a comemoração de um título esportivo, mas não era, era a alegria pela morte, pelo sangue, pela vingança. Espero profundamente que daqui a 100 anos isso seja mostrada como sinal de primitivismo da humanidade do nosso tempo.
As imagens do 11 de setembro, que eram repetidas o tempo todo, parecia uma maneira de justificar o assassinato de Osama e de mais quatro pessoas, sem nenhum julgamento, e pior, sem nenhum questionamento ético.
Não agüento mais ver o discurso da paz servir de propósito pra guerra. A história é contada simplesmente por uma perspectiva, a americana, oferecida ao publico como uma verdade, que dispensa qualquer criticidade. O fato da operação ter sido feita exclusivamente por Americanos não é questionada. A troca de tiro não resultou em nenhum ferido do lado Ianque e cinco mortes do lado oposto leva a questionar até que ponto se tratou de uma troca de tiros ou de um simples execução sumária. E se foi uma execução sumária como parece ter sido, o discurso de que Obama usou sua esposa como escudo mais parece uma última provocação. “O morto era covarde”. Que Osama era corvarde isso é bem sabido, porém também covarde foi o ato de executar alguém sem julgamento. Não é claro e límpido que sangue só pede mais sangue. Que alguém vai querer vingar essa morte matando e que as mortes que virão pedirão mais morte ainda?
Nenhum detalhe sobre essa execução, a meu ver, pode ser levada a sério, pois não havia testemunhas, apenas os soldados americanos envolvidos. Nenhuma autoridade Paquistanesa envolvida na operação, e isso sequer foi questionado. Osama foi assassinado NO PAQUISTÃO. O exercito americano simplesmente entra, executa, destrói o cenário e se livra do corpo, e nada, absolutamente nada é questionado. Como se realmente o mundo fosse deles, como parecem verdadeiramente acreditar.As autoridades do Paquistão sequer tomam conhecimento do caso. E assim parece se manter toda a imprensa local, pelo mesmo caminho.
Jogaram o corpo no mar. Pronto. Como se fosse a coisa mais natural do mundo. Fizeram um exame de DNA, a partir de uma suposta irmã de Osama, de um cara que diga-se de passagem tem 51 irmãos. Qual a seriedade disso? Ninguém questiona. É como se fosse a coisa mais natural do mundo. Não é claro e límpido que existe alguma coisa estranha aí?
Para piorar, ainda vem vários líderes mundiais a público dar os parabéns ao presidente americado. A justificativa que Obama não quis bombardear a casa a qual alegaram que se encontrava Osama por não querer ferir civis inocentes foi dita como a coisa mais normal do mundo sem mencionar o banho de sangue ao qual foi submetido o Afeganistão, como a morte de milhares de civis inocentes com a justificativa de encontrar Osama Bin Laden. É como se a guerra nunca tivesse acontecido.
Em nenhum momento um comentário crítico sobre as reais circunstancias políticas envolvidas no caso. Nada sobre a guerra do Iraque baseada exclusivamente na alegativa americana de que estes estavam produzindo armas químicas e nucleares, coisa que o próprio relatório americano desmentiu no final, quando admitiram que se enganaram e que não havia armas químicas nenhuma. Saldo da guerra: Mais de 100 mil mortos. Em nenhum momento o petróleo foi mencionado, é como se esse produto não tivesse nenhuma relação com as milhares de mortes. Em nenhum momento foi dito do financiamento americano ao grupo de Osama Bin Laden, antes destes se voltarem contra seus interesses puramente econômicos.
Espero que não fique aqui parecendo que estou defendendo os métodos ou atitudes terroristas, mas apenas dizendo que uma guerra como essa não tem mocinhos. O ódio só gera ódio dos dois lados. E isso precisa ser dito. É preciso dizer: BASTA, CHEGA DE SANGUE” Quero poder dizer aos meus filhos que nós vamos celebrar a paz e o amor e não a morte e a vingança. Milhares de pessoas morreram dos dois lados, tudo isso é lamentável, e a frase que vem a minha mente quando penso nisso todo é a da composição que diz que “Não importam os motivos da guerra a paz ainda é mais importante que eles”.
Obrigado pra quem leu meu desabafo até o fim. Se acharem válido podem passar pra frente.
Um abraço a todos,
Daniel Welton

sábado, 30 de abril de 2011

SAO PAULO PERDE PARA O SANTOS COM TECNICO RETRANQUEIRO(CARPEGIANI)

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Neymar e Ganso brilham, Peixe cala o Morumbi e despacha o São Paulo

Com alteração crucial de Muricy Ramalho no intervalo, Santos domina etapa final e, com mais qualidade, vence e avança à decisão do Paulista


Elano comemora gol do Santos contra o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)

O Santos é o primeiro finalista do Campeonato Paulista. Jogando com sua força máxima e contando com mais qualidade técnica do que o São Paulo, o Peixe soube suportar a pressão do Tricolor, que teve muita correria e pouca criatividade e, contando com uma ótima alteração de Muricy Ramalho no intervalo, venceu com justiça por 2 a 0, gols marcados por Elano e Ganso.

Foi a sexta vitória alvinegra sobre o rival nos últimos sete jogos. O time da Baixada Santista agora espera o vencedor do duelo entre Corinthians e Palmeiras, que se enfrentam neste domingo, no Pacaembu. Já o Tricolor, que terá a Copa do Brasil pela frente, amarga a quinta eliminação consecutiva em uma semifinal de estadual.
Elano comemora gol do Santos contra o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
O Santos é o primeiro finalista do Campeonato Paulista. Jogando com sua força máxima e contando com mais qualidade técnica do que o São Paulo, o Peixe soube suportar a pressão do Tricolor, que teve muita correria e pouca criatividade e, contando com uma ótima alteração de Muricy Ramalho no intervalo, venceu com justiça por 2 a 0, gols marcados por Elano e Ganso.

Foi a sexta vitória alvinegra sobre o rival nos últimos sete jogos. O time da Baixada Santista agora espera o vencedor do duelo entre Corinthians e Palmeiras, que se enfrentam neste domingo, no Pacaembu. Já o Tricolor, que terá a Copa do Brasil pela frente, amarga a quinta eliminação consecutiva em uma semifinal de estadual.
Elano comemora gol do Santos contra o São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Ceni lamenta, e Elano comemora primeiro gol do Peixe (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)

Primeiro tempo disputado. Tricolor termina melhor
Para explicar o que aconteceu no primeiro tempo, pode-se dividir o jogo em três partes. A primeira, que durou até os 15min, teve os dois times jogando em alta velocidade, buscando o ataque e deixando espaços defensivos. No Tricolor, Paulo César Carpegiani mudou o esquema tático da equipe. Ao invés do tradicional 3-5-2, o time foi postado com duas linhas de quatro, com Xandão fazendo o papel de falso lateral pela direita. No Peixe, apesar da proximidade do jogo de terça, contra o América, no México, pela Libertadores, Muricy Ramalho não quis saber de poupar ninguém e mandou força máxima a campo.

Os dois primeiros lances de perigo surgiram através de falhas individuais. O Peixe chegou aos dois minutos com Neymar, que aproveitou erro de Alex Silva, infantil a área e bateu no canto esquerdo de Rogério Ceni, que espalmou a bola, que ainda bateu na sua trave direita. Aos cinco, foi a vez de Danilo falhar na saída de bola. Dagoberto fez belo passe para Marlos, que invadiu a área e foi travado por Durval no momento do chute.

O São Paulo apostava na movimentação constante dos seus homens de frente, mas faltava uma peça para pensar o jogo. Marlos, apesar de ter vontade, errava muitos passes. Como a bola não chegava, Dagoberto tinha de recuar para buscar a bola. Ilsinho parava na marcação de Leo, enquanto que Juan tinha a marcação pessoal de Jonathan. Do lado do Peixe, Ganso não tinha liberdade para jogar, enquanto que Neymar, caído pela esquerda, não conseguia criar lances de perigo, já que Xandão ficava parado no setor.

Com o passar do tempo, o jogo caiu de rendimento. E deu-se início a parte em que o Santos foi melhor. Com mais qualidade técnica, o time valorizava a posse de bola e esperava o momento certo para atacar. Foi assim que, aos 18, Léo recebeu belo passe de Ganso, invadiu a área e, de pé esquerdo, obrigou bela defesa de Rogério Ceni. Aos 27, Léo desceu pela esquerda e cruzou na medida para Elano, que ao tentar bater de primeira, furou e foi vaiado.

Nos últimos 15 minutos, quem deu as cartas foi o São Paulo, que voltou a acelerar o ritmo e conseguiu superar a marcação do Peixe. Aos 31, Dagoberto fez bela jogada individual, driblou dois e, de pé esquerdo, exigiu bela defesa de Rafael. No minuto seguinte, após saída errada de Danilo, novo chute do camisa 25 e nova defesa do goleiro do Peixe, que deu rebote. Ilsinho chutou e o camisa 1 santista brilhou novamente. Aos 34, Marlos deu passe açucarado para Jean, que chutou por cima do gol. No último lance de perigo do primeiro tempo, Ilsinho ficou com a sobra da defesa do Peixe, após cruzamento de Juan, e chutou por cima do gol, com perigo.

Muricy mexe bem, e Santos passeia em campo
Preocupado com o avanço do São Paulo na etapa inicial, Muricy Ramalho resolveu mexer no Peixe. Ele sacou o inoperante Zé Eduardo para colocar o zagueiro Bruno Aguiar. Com isso, o time passou a atuar no 3-5-2 e Ganso e Elano adiantaram seus posicionamentos. A mudança fez muito bem ao Peixe, que começou o segundo tempo dominando as ações. Aos quatro, Jonathan foi lançado dentro da área mas Juan, na hora H, evitou o arremate do lateral do Peixe. Logo depois, Léo desceu e bateu cruzado para Neymar, que não alcançou a bola.

O crescimento do Peixe se refletiu no marcador aos 15 e justamente aonde Muricy Ramalho resolveu. Após falta de Miranda no meio-campo, o Peixe cobrou rápido e a bola foi lançada para Ganso pela esquerda. Com liberdade, o camisa 10 cruzou na cabeça de Elano que, sozinho na pequena área, cabeceou no contrapé de Rogério Ceni. Festa santista no Morumbi: 1 x 0.

Em desvantagem, Carpegiani partiu para o tudo ou nada. Sacou Casemiro, que estava pendurado com o cartão amarelo e botou Fernandão. Depois, sacou Marlos e colocou Rivaldo. Escancarado, o São Paulo não esboçou reação e ainda deixou o contra-ataque à disposição do Peixe. E foi assim que, aos 27, a dupla infernal da Vila Belmiro entrou em ação. Neymar escapou pelo meio, fugiu de Xandão invadiu a área e, com um toque genial, recuou para Ganso, que bateu de pé esquerdo, sem chance para Rogério Ceni: 2 a 0.

Com o placar definido, veio a preocupação para Muricy Ramalho: Léo e Elano sentiram lesões e deixaram o gramado para as entradas de Alex Sandro e Adriano. O São Paulo seguiu lutando até o fim, mas criou uma única chance, aos 34, após cruzamento de Dagoberto, que Rafael espalmou. Na sobra, Miranda bateu e Edu Dracena salvou o gol. No mais, o Peixe valorizou a posse de bola até o final, enquanto sua torcida gritou olé das arquibancadas. No fim, justa vitória de um time que teve inteligência e qualidade nos momentos cruciais.
SÃO PAULO 0 X 2 SANTOS Rogério Ceni; Xandão, Alex Silva e Miranda; Jean, Casemiro (Fernandão), Carlinhos Paraíba, Ilsinho (Willian José) e Juan; Marlos (Rivaldo) e Dagoberto. Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Arouca, Danilo, Elano (Adriano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar).
Técnico: Paulo César Carpegiani Técnico: Muricy Ramalho
Gols: Elano, aos 15, e Paulo Henrique Ganso, aos 27 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Casemiro, Miranda e Juan (SPO) e Paulo Henrique Ganso (SAN).
Público: 44.675 pagantes. Renda: R$ 1.232.468,00
Local: Morumbi. Data: 30/04/2011. Árbitro: Raphael Klaus. Auxiliares: Luis Alexandre Nilsen e Mauro André de Freitas

domingo, 3 de abril de 2011

Rogério Ceni sobre o golaço de Lucas: ‘Foi um gol de gênio

No dia em que recebe placa pelo centésimo gol da carreira, goleiro do São Paulo vê a revelação tricolor marcar um lindo gol em Barueri


O golaço de Lucas na vitória do São Paulo sobre o Mirassol, neste domingo, na Arena Barueri, teve o carimbo de aprovação de Rogério Ceni. Ou melhor, o carimbo de admiração daquele que é considerado por muitos o maior ídolo do Tricolor.

Ainda no intervalo da partida contra o time do interior paulista, o camisa 1 do São Paulo comentou o lance ocorrido aos 27 minutos de jogo. Nele, Lucas deu três dribles rápidos, tirou o goleiro da jogada e rolou para o gol.

- Foi um gol de gênio – resumiu o capitão do São Paulo.

Rogério Ceni, aliás, recebeu neste domingo, em Barueri, uma placa em comemoração ao seu gol de número 100, marcado justamente na Arena, semana passada, na vitória por 2 a 1 sobre o rival Corinthians.

Questionado se também merecia uma placa, como a dada ao goleiro, Lucas desconversou e disse que o camisa 1 são-paulino mereceu a homenagem.

- Não sei se mereço uma placa também. Isso fica a critério de quem dá a placa. Mas quem merece é o Rogério, por tudo que ele fez – declarou o camisa 7.

O meia Rivaldo, que entrou no segundo tempo da partida, foi outro a encher a bola do jovem. Até placa para o prefeito ele pediu.

- Vamos ver se o prefeito vai fazer uma placa para o gol do Lucas. Ele é um menino que tem muito talento e ainda vai crescer ainda mais no futebol - disse Rivaldo.

Com ou sem placa, Lucas pareceu bem feliz em ser chamado de gênio pelo principal jogador da sua equipe, o goleiro dos 100 gols, e por um dos maiores meio-campistas brasileiros.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Danilo Gentili PRESO em cadeia de Assis - CQC



respondam a minha pergunta ,é legal perante a lei a prefeitura passar por cima de do governo estadual ou federal e usar a policial do estado p/ uma lei municipal?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Apresentação de Luis Fabiano , 45 mil torcedores no Morumbi !

Rogerio Ceni marca 100º gol video c/ jose silverio

Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

ESPN.com.br / José Roberto Malia - Informação é o nosso esporte - Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

Se realmente a folhinha corintiana marcar o término da festa dos 100 anos para 31 de agosto, como apregoa o fofo Ronaldo, sob a bênção do presidente da nova-velha diretoria, o gentleman Andrés Sanchez, a Fiel finalmente pode comemorar a chegada da cereja do bolo.

O centenário não passará mais em branco. Os coirmãos terão de jogar no lixo a salutar pecha do sem ter nada, do ‘toliminado’.

Os 100 anos certamente serão lembrados para todo e sempre, incluídos até no livro dos recordes: o Corinthians abrigou, orgulhosamente, o centésimo gol do amigo de fé são-paulino Rogério Ceni. E com direito à quebra de um tabu.

Uma freguesia de quatro anos e 11 contas a pagar que começou a mudar de mãos e chuteiras assim que a bola rolou na Arena Barueri.

Até quem tem pouca intimidade com o esporte e se liga mais no críquete pôde perceber que havia no ar algo diferente, que o clássico iria dar o que falar.

O São Paulo pintou em campo com uma vontade incrível, como se estivesse decidindo um título. Em dúvida, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E vigilância mais que dobrada em Liedson, uma pobre andorinha perdida entre pitbulls esfomeados por uma vitória.

Já o Corinthians lembrou galã contratado para dar as caras em baile de debutante: muita maquiagem para ficar bonitinho, fazer jus ao cachê. E dançou a valsa em ritmo de maxixe. Sem lenço e sem documento.
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Pica-Pau. O Corinthians é daqueles clubes que fazem questão de enaltecer as qualidades do adversário, independentemente do resultado. Pouco depois da quebra do tabu de quatro anos, o site da equipe da Fazendinha postou rasgados elogios ao Tricolor. Primeiro, classificou como ‘zebra’ o resultado em Barueri. Depois, ‘roubou’ gols de Rogério Ceni. Lembrou que a mamãe Fifa reconhece apenas 98. Traduzindo: prosopopeia flácida para acalentar bovino – mais conhecido como conversa para boi dormir.

Twitter. Se o Tricolor estivesse perdendo por 2 a 0 ou 3 a 0, Rogério Ceni havia prometido não bater pênalti ou falta. Guardaria o centésimo para outra freguesia.

Pai Jeová. Apesar de o técnico Mano Menezes insistir na renovação da equipe, com a escalação de 50% dos anões de Dunga que fracassaram no safári da África do Sul, os vovôs é que continuam dando as cartas na seleção. Neymar, com dois gols, e Lucas ‘Marcelinho’, em poucos minutos, arrebentaram no treino contra os escoceses, acabando com um jejum de dois jogos sem vitória. Só falta Ganso na lagoa. Que venha a laranja holandesa. Mas nada de blablablá de revanche, porque Copa é Copa e pebolim é totó.

Sugismundo Freud. Brasil: reformatar ou aeroporto.

Tico e Teco. E o ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo, hein? O ‘mestre dos mestres’ começou a viver uma bela lua de mel com a torcida por ter vetado a contratação de Adriano, o Imperador. Cartazes tipo ‘fora Luxa’ e ‘Adriano=hexa e Luxa?” passaram a frequentar o coração do técnico. Entre uma batida e outra, os agradecimentos, após o empate em 3 a 3 com o Madureira: “Sobre o Adriano, tem gente que é favorável porque tem interesse político. Atrás do banco tinha meia dúzia de pessoas que deve ter levado uma graninha para perturbar.” A conferir.

Facebook. O Bahia estava tão fechado, mas tão fechado com o Clube dos 13, que se abriu para a Globo.

Olha a xepa. O goleiro Fábio Costa está preocupadíssimo com a alta da abobrinha e do repolho. Tanto que só vai à feira depois do meio-dia, quando os preços caem pela metade. Desde fevereiro, ele curte férias remuneradas na cobertura que possui na Baixada Santista. O Galo contribui com a poupança do jogador em mais de R$ 200 mil mensais. Tentou devolvê-lo ao Santos antes de terminar seu empréstimo, mas não obteve êxito. E Fábio Costa já decidiu: prefere xepa a clube da segundona no Brasileirão/2011.

Gilete press. Do blogueiro Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “O São Paulo usa atualmente os serviços de um psiquiatra. Ele é acionado quando a psicóloga do clube julga que algum jogador precisa de sua ajuda. É uma herança da passagem de Adriano pelo Morumbi (...) No Corinthians, Adriano pelo menos não terá problemas para frequentar alguns ambientes. Andrés Sanchez e outros dirigentes gostam de sair com boleiros.” E vai rolar a festa.

DataLetra. Onze de cada 10 jogadores aplaudem com efusivas vaias o horário das 21 horas de sábado para jogos do Brasileirão. Zorra total.

Tititi d’Aline. A elegância demonstrada pelo árbitro Guilherme Ceretta de Lima no clássico paulista tem explicação. Nas horas vagas, ele é modelo. Posa para fotos de catálogos e sobe na passarela.

Você sabia que... o Internacional só admite negociar Leandro Damião por mais de R$ 45 milhões?

Pombo-correio. “Por que o Santos não troca o Ganso pelo Robinho, já que ele quer ir para o Milan?” – do internauta Flávio Alonso de Oliveira. Há controvérsias.

Bola de ouro. Rogério Ceni. Simplesmente fantástico. Tem muito atacante que não chega nem à metade dos 100 gols do são-paulino. A lamentar: o palco da façanha (merecia o Morumbi) e o público (pouco mais de 17 mil pagantes).

Bola de latão. Dentinho. Resolveu colaborar decisivamente com a festa de Rogério Ceni. Sem mais nem menos, pimba no bilau de Rodrigo Souto. Merece uma multa exemplar.

Bola de lixo. Lourival Libaneo. Ganhou um ótimo prêmio da confederação de atletismo: dois anos de gancho por doping.

Bola sete. "Foi como tinha de ser, de falta, um gol que decidiu um jogo importante. Dedico para as minhas filhas, que são os tesouros da minha vida, para o meu pai e, principalmente, para a nação são-paulina, para a entidade São Paulo, que luta contra tanta coisa ruim no futebol [Globo e CBF]” (do goleiro-artilheiro Rogério Ceni – no alvo).

Dúvida pertinente. Por quanto tempo Júlio César sonhará com Rogério Ceni?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com

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