sexta-feira, 30 de abril de 2010

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Ultraje a rigor ::

Com quase 30 anos de estrada, o Ultraje a rigor, com seu rock and roll simples e direto e letras recheadas de humor e sarcasmo, se firmou como uma das bandas mais emblemáticas do cenário roqueiro brasileiro. Seu primeiro disco foi considerado diversas vezes como um dos melhores do século por críticos, publicações e artistas. Com dezenas de hits no repertório, seus shows, nunca iguais, são sempre garantia de diversão e competência musical.
O Ultraje a rigor acaba de gravar algumas músicas e as está lançando pela Internet. As músicas podem ser baixadas gratuitamente em sites como o ReverbNation e o MySpace. Mais informações no próprio site do Ultraje, www.ultraje.com.
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Fernandão desabafa e dispara contra o presidente do Goiás


'Aquela cadeira do presidente parece uma bebida energética. Dá asas para todo mundo', ironizou o jogador, que interessa a São Paulo e Internacional
O Popular Goiânia

Fernandão não disputará o Brasileiro pelo Goiás

Depois do silêncio, Fernandão mostrou a artilharia. Após a confirmação do presidente do Goiás, Syd de Oliveira Reis, terça-feira, de que o atacante quer deixar o clube, o jogador falou pela primeira vez em entrevista coletiva. A principal razão para a insatisfação do camisa 9 é a saída de Edmo Mendonça Pinheiro do cargo de assessor especial da presidência, no dia 20. Edmo foi o responsável pela contratação do craque.

Nessa quarta-feira, Fernandão disparou críticas ao presidente esmeraldino por ter discutido sua saída publicamente, falou da crise política no clube e de seu rendimento. São Paulo e Internacional já mostraram interesse em contar com o atacante.

- Aquela cadeira do presidente parece uma bebida energética. Dá asas para todo mundo - ironizou.

Fernandão não joga o Brasileirão pelo Goiás. Ele encerrará sua passagem pelo clube depois de disputar, desde agosto, 35 jogos e marcar 12 gols.

Confira os principais trechos da entrevista:

Decisão

“No sábado, fui procurar o presidente. Todo mundo sabe que sou muito amigo do Edminho (Edmo Mendonça Pinheiro). Sempre tive um respeito muito grande pelo Hailé (Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo). Com a saída do Marcão (Marcos Figueiredo, ex-diretor de futebol), do Edminho, pelo meu caráter, fui conversar com ele (Syd) para ver minha situação. Fiquei chateado quando me ligaram perguntando se eu confirmava que teria me reunido com o presidente pedindo a rescisão de contrato. Não foi assim. Quem me trouxe para cá foi o Edminho e ele saiu do clube. O seu Hailé, por mais que seja presidente do Conselho, queira ou não, está afastado em relação às decisões que o presidente está tomando. Queria ver o melhor para o clube e para mim.”

Vazamento

“O vazamento dessa informação é mais um ponto que faz com que eu mantenha minha decisão. O Goiás é um time grande, que cresceu bastante, mas alguns problemas continuam acontecendo. Eu ter ido conversar com o presidente era uma questão interna.”

Leão

“Minha conversa foi no sábado, eu não sabia quem era o treinador ainda. Daqui a pouco vão começar a falar que é por conta do Leão. Pelo contrário, acho o Leão um grande treinador. Acho que vai fazer muito bem para o Goiás. Mas é uma decisão que eu já tinha tomado.”
Testa de ferro

“Cheguei ao Goiás num momento muito difícil, de briga com a imprensa. No ano passado, a televisão não podia vir aqui, uma rádio não podia vir, não podia falar com certo tipo de pessoa. Isso tudo trouxe um clima muito carregado para o Goiás. Entrei dentro desse contexto. Fui até certo ponto testa de ferro de tudo.”

Jogar como meia

“Acho que errei quando cheguei. Fiz 15, 18 dias de treinamento e me coloquei à disposição para jogar numa função complicada (meia), em que você tem de estar muito bem fisicamente. Acabei me queimando.”

Problema político

“O Goiás entrou num problema político muito sério. Espero que isso não possa atrapalhar dentro de campo. Influencia bastante dentro de campo. Eu não vou ficar no meio dessa briga, servindo de testa de ferro nem para um nem para outro.”

Assuntos internos

“Foi uma falta de ética com o Harlei (no episódio do Cuca). Em momento nenhum ele vetou a vinda do Cuca para cá. Ele foi lá e tratou internamente isso, como eu fui tratar internamente a minha situação. Agora, todo mundo gosta de colocar tudo a público aqui, vamos fazer um debate, convocar torcida, colocar todo mundo no meio do campo. A gente poderia tratar de assuntos internamente. Mas é complicado. Aquela cadeira do presidente ali parece uma bebida energética aí, dá asas para todo mundo.”

Conversa com Leão

“Fui muito sincero com ele e ele comigo, como dois homens têm de ser quando um olha no olho do outro. Ele falou que contava comigo. Mantive minha posição.”

Coritiba Campeão Paranaense 2010


classificação para as quartas de final da Libertadores na próxima terça


Volante recebe vermelho por falta dura e se descontrola. Decisão das oitavas será na próxima terça, no Morumbi. Tricolor precisa vencer

  • Ag./Reuters
Mesmo tendo mais qualidade do que o Universitario, o São Paulo acabou considerando o empate por 0 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Monumental, como um bom resultado. Afinal, o time paulista ficou com um homem a menos na segunda etapa - Richarlyson foi expulso por falta grosseira - e precisou lidar com a pressão do adversário, que até então não ameaçava. Com o resultado em Lima, o Tricolor tenta garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores na próxima terça, no Morumbi, e para isso precisa de uma vitória simples. O mesmo placar leva a decisão para os pênaltis. Igualdade com gols classifica o time peruano

Washington volta, e Cicinho se machuca

Após dois jogos no banco, Washington volta a ser titular no Tricolor

Com Washington de volta ao time, ao lado de Dagoberto, o São Paulo entrou em campo com duas marcas especiais: 200 jogos de Hernanes pelo Tricolor e, principalmente, o jogo de número 900 do capitão Rogério Ceni pelo clube. Debaixo de vaias da torcida do Universitario, o Tricolor começou já assustando o dono da casa: aos seis minutos, Cicinho carimbou a trave de Llontop.

O roteiro inicial foi de pressão são-paulina, mas com pouca eficiência na conclusão. O anfitrião quase não ameaçava Ceni. Washington era acompanhado sempre por dois marcadores. Vendo que o Universitario não ameaçava muito, o Tricolor foi arriscando mais.

E, aos 28, teve a melhor chance até o momento. Hernanes deu um passe de primeira para Marlos, que arrancou pela esquerda, driblou o goleiro e, ao chegar à linha de fundo, tocou para trás procurando Washington, que estava na área. Mas o passe foi curto demais, e Llontop teve tempo de voltar e espalmar. Galvan tirou quase em cima da linha a bola que rolava em direção ao gol. Susto para os peruanos.

Aos 36, o São Paulo perdeu Cicinho, que machucou o ombro direto em uma disputa de bola e depois teve o local imobilizado. Jean entrou para compor a lateral. O Universitario passou a arriscar mais, vendo que o Tricolor não marcava tão fechado. Mas o time paulista então alternou do 4-4-2 para o 3-5-2 quando não tinha a posse de bola. Com isso, Jorge Wagner jogava na ala, e Richarlyson fechava a zaga.

Marlos mais uma vez arriscou jogada individual aos 38. Passou por Galvan pela direita e cruzou para Dagoberto, que cabeceou à direita de Llontop. Mas, apesar de ter sido melhor, o Tricolor não conseguiu sair do 0 a 0 no primeiro tempo.

Richarlyson comete falta dura, é expulso e se descontrola

Revoltado, Richarlyson é contido por Alex Silva

O São Paulo manteve a estratégia de trocar de esquema constantemente no segundo tempo. O Universitario substituiu um volante por outro: Hernandes entrou na vaga de Gonzalez.

Se a marcação tricolor parecia melhor no segundo tempo, o poder ofensivo diminuíra. O time da casa começava a buscar o gol com mais empenho, e o técnico Juan Reynoso colocou mais um atacante na equipe: Rui Diaz. O São Paulo parecia satisfeito com o empate.

A situação do Tricolor se complicou aos 19 minutos. Imprudente, Richarlyson entrou de carrinho em Espinoza, tomou o segundo amarelo e, por consequência, o vermelho. Descontrolado, o volante tentou partir para cima do árbitro argentino Saúl Laverni e foi contido por Alex Silva. Depois, foi levado por um segurança do São Paulo para o vestiário. Espinoza, que também deu um carrinho no choque com o camisa 20, recebeu amarelo. Milton Cruz, auxiliar de Ricardo Gomes, teve que deixar o banco a pedido da arbitragem.

O sacrificado com a expulsão de Richarlyson foi Marlos, que saiu para a entrada de Junior Cesar. Com isso, o Tricolor perdeu a ligação do meio para o ataque e facilitou a vida do anfitrião.

O Universitario tentou aproveitar a vantagem numérica. Alva arriscou de primeira aos 23 minutos, mas Ceni estava atento. O jogo era outro. O dono da casa pressionava, e o São Paulo se segurava como podia. A sorte do visitante era que o time peruano não tinha muita qualidade.

Ricardo Gomes resolveu tirar Washington e colocar Renato Silva. A entrada de um zagueiro sacramentava o objetivo de segurar o empate. Mas o Tricolor ainda teve uma grande chance aos 41. Miranda pegou um rebote de primeira e a bola bateu em Hernandes. Quando ela quase entrava, Rabanal salvou o que seria o gol do time paulista. Jorge Wagner cobrou escanteio aos 43, e Rodrigo Souto quase tocou bem de cabeça, mas Llontop defendeu. E o São Paulo levou o empate para o Brasil.

Ficha técnica:

UNIVERSITARIO 0 x 0 SÃO PAULO
Llontop; Revoredo, Galvan e Rabanal; Carmona (Miguel Torres), Granier Torres, Vasquez (Rui Diaz), Gonzalez (Hernandes) Espinoza; Piriz e Alva. Rogério Ceni, Cicinho (Jean), Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington (Renato Silva).
Técnico: Juan Reynoso. Técnico: Ricardo Gomes.
Cartões amarelos: Alva, Espinoza, Rabanal (Universitario); Jean, Rogério Ceni (São Paulo). Cartão vermelho: Richarlyson (São Paulo)
Estádio: Monumental, em Lima (PER). Data: 28/04/2010. Árbitro: Saúl Laverni (ARG). Auxiliares: Gustavo Esquivel (ARG) e Roberto Reta (ARG).

terça-feira, 27 de abril de 2010

torcedor vê o treino do Tricolor e tira foto com ídolos


Acompanhado de amigo flamenguista, Juliano da Costa estará presente ao jogo da próxima quarta, contra o Universitário, pela Taça Libertadores


Um comerciante são-paulino de 29 anos conseguiu na última segunda-feira o que muitos torcedores sonham: assistir ao treino de seu time do coração e tirar foto com os seus ídolos. Juliano dos Santos, que mora em Lima há cinco anos, acompanhou o trabalho realizado pelo elenco tricolor na Federação Peruana. E não escondeu a alegria.

Marcelo Prado/GLOBOESPORTE.COM

Juliano, com a camisa do São Paulo, e Tiago (à dir) acompanharam o treino que o Tricolor fez na Federação Peruana de Futebol. Nesta quarta, ambos estarão no estádio Monumental e apostam na vitória do Tricolor sobre o Universitário

- É um momento sensacional, difícil de explicar. A partida de quarta, contra o Universitário, significa muito para mim, afinal faz muito tempo que não vejo o meu time jogando ao vivo. Assisti ao jogo contra o Alianza, em 2007 e me lembro que antes do treino pude tirar fotos com o Lugano e com o Júnior. Espero que isso possa acontecer novamente – afirmou o torcedor tricolor, que acompanhado do amigo flamenguista Tiago Silveira, de 27 anos, assistiu ao treino na Federação Peruana com a ajuda da reportagem do GLOBOESPORTE.COM.


Enquanto os jogadores treinavam, Juliano e Tiago se movimentavam sem parar. Tudo para buscar o melhor ângulo para as fotografias. A empolgação era tamanha que eles chegaram a ser advertidos por um dos seguranças da equipe do Morumbi.

Antes de ir embora, Juliano conseguiu tirar a foto com o goleiro e capitão Rogério Ceni

Com o treino encerrado, Juliano seguiu para perto do ônibus do Tricolor para conversar e tirar fotos com alguns de seus ídolos. Bateu papo com Dagoberto, Cicinho, Léo Lima. Faltava apenas o personagem principal.


- O Rogério Ceni ainda não saiu do gramado. Está encostado na trave. Vou ficar aqui esperando. Seria fantástico conseguir tirar uma foto com ele – afirmou. O camisa 1 ainda demorou mais dez minutos para passar mas, quando o fez, parou e atendeu Juliano com toda a paciência. Logo depois, o são-paulino se despediu e foi embora. Feliz da vida.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

‘Gordinhos’, Ronaldo e Adriano se preparam para duelo de pesos pesados


Técnico do Corinthians fala sobre o encontro do Fenômeno com o Imperador e diz acreditar no fim da má fase da sua principal estrela


Duas estrelas. Dois craques com história na seleção brasileira. Dois atacantes fatais. Duas celebridades do futebol, cercados de idolatria e polêmicas. Dois “gordinhos”. Enfim, Ronaldo e Adriano se enfrentarão com as camisas de Corinthians e Flamengo, respectivamente. A espera foi grande, sim, mas o reencontro será em grande estilo.

Se no Campeonato Brasileiro do ano passado o duelo entre o Fenômeno e o Imperador foi adiado, o destino reservou um palco internacional para esse show: a Taça Libertadores da América. E logo de cara, nas oitavas de final. Não à toa o técnico do Timão, Mano Menezes, nomeou o encontro como uma luta de pesos pesados.

- É um enfrentamento pesado, de dois pesos pesados do futebol. Tenho certeza que cada um vai fazer o melhor pelo seu clube. E, como sempre, vai se classificar o time que errar menos – declarou o corintiano. No primeiro turno do Nacional de 2009, Ronaldo estava com a mão quebrada. No segundo, Adriano com o pé queimado.

Editoria de Arte/GLOBOESPORTE.COM

Pela primeira vez, desde que retornaram ao Brasil, Ronaldo e Adriano vão duelar

No entanto, os números dos atacantes na Taça Libertadores mostram que o corintiano tem superado melhor o problema com o peso. Dos seis jogos do Timão na fase de grupos, Ronaldo participou de cinco, marcando dois gols. Já Adriano esteve em campo apenas três vezes pelo Flamengo, balançando as redes uma única vez, na estreia.

Talvez por isso o técnico Mano Menezes veja o Corinthians mais dependente do Fenômeno do que o Flamengo do seu Imperador.

- Acho que precisamos mais do Ronaldo (do que o Flamengo do Adriano). E estamos trabalhando intensamente para que a má fase acabe até quarta-feira. Estou com bom pressentimento – falou Mano. O técnico determinou esta semana uma carga maior de treinamentos para o camisa 9. Até por isso o poupou do jogo com o Medellín.

A CAMPANHA DO TIMÃO A CAMPANHA DO MENGÃO
Corinthians 2x1 Racing-URU Flamengo 2x0 Univ. Católica-CHI
Ind. Medellín-COL 1x1 Corinthians Caracas-VEN 1x3 Flamengo
Cerro Porteño-PAR 0x1 Corinthians Univ. de Chile 2x1 Flamengo
Corinthians 2x1 Cerro Porteño-PAR Flamengo 2x2 Univ. de Chile
Racing-URU 0x2 Corinthians Univ. Católica-CHI 2x0 Flamengo
Corinthians 1x0 Ind. Medellín-COL Flamengo 3x2 Caracas-VEN
16 PG, 5 V e 1 E 10 PG, 3 V, 1 E e 2 D

O que Mano espera agora é que Ronaldo possa apresentar, enfim, um futebol de alto nível. Algo que ainda não aconteceu nesta temporada. Em 14 jogos pelo Timão no ano, o Fenômeno fez cinco gols. É até um bom retrospecto. Mas não se comparado a 2009, quando ele balançou as redes dez vezes na mesma quantidade de partidas.

- O objetivo quando você contrata grandes jogadores é ter uma equipe mais forte e preparada nesses momentos. Será uma oportunidade de colocar bons jogadores frente a frente e oferecer um futebol de alto nível ao torcedor – opinou o treinador alvinegro.

O primeiro encontro entre o Corinthians de Ronaldo e o Flamengo de Adriano será na quarta-feira, dia 28 de abril, às 21h50m, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A volta está marcada para o dia 5 de maio, no mesmo horário, no Pacaembu, em São Paulo. Quem avançar às quartas encara o vencedor de Universidad de Chile x Alianza Lima.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

São Paulo vence, avança como primeiro do grupo, mas torcida hostiliza Gomes

treinador ouve vaias e gritos de burro. Washington ganha apoio no fim do triunfo por 1 a 0 sobre o Once Caldas, gol de Fernandinho

Com um gol de Fernandinho, o São Paulo venceu o Once Caldas por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, e passou às oitavas de final da Libertadores como líder do Grupo 2 (assista aos lances no vídeo ao lado). Mas, apesar do resultado, a noite não foi nada boa para o técnico Ricardo Gomes, que ouviu vaias e gritos de burro . O treinador foi hostilizado antes mesmo do início da partida.

Com o resultado, o São Paulo chegou aos 13 pontos e aguarda agora o fechamento da primeira fase nesta quinta para saber quem será o adversário das oitavas. O Once Caldas terminou com 11 e também está na próxima fase.

Vaias antes de o jogo começar e gol de Fernandinho

A recepção ao técnico Ricardo Gomes não foi boa. A torcida, que foi em peso ao estádio (50.461 pagantes), vaiou o treinador quando o nome dele apareceu no placar eletrônico. Washington, que durante a semana criticou o técnico por ter ficado na reserva no segundo jogo contra o Santos, pela semifinal do Paulistão, até recebeu vaias inicialmente, mas com bem menos intensidade. Durante a partida, viu a arquibancada ficar a seu lado quando entrou em campo no segundo tempo, no lugar de Jorge Wagner. O outro hostilizado foi Richarlyson que, mesmo assim, seguiu improvisado na lateral esquerda.

A opção de Gomes foi por um ataque mais leve e rápido com Dagoberto e Fernandinho, e o retorno de Marlos, que não enfrentou o Santos por estar suspenso. A combinação gerou muitas chances para o Tricolor logo no começo da partida. Dagoberto perdeu duas na pequena área, aos dois e aos quatro minutos, a primeira com os pés, e a segunda de cabeça.

O Once Caldas, que começou a partida como líder do Grupo 2, com um ponto a mais do que o Tricolor, veio ao Morumbi para tentar pelo menos um empate. Mas Moreno quase deixou o time colombiano à frente no marcador aos dez minutos. Ele ganhou na corrida de Miranda e aproveitou de cabeça um lançamento de Arias. A bola passou pertinho da trave de Rogério Ceni.

O ataque tricolor seguiu com boas chances desperdiçadas. Aos 29, Hernanes cobrou falta e obrigou Martinez a espalmar. A resposta colombiana se deu um minuto depois: Santoya invadiu a área e só não chutou a gol porque Cicinho impediu. O lateral vibrou muito e a torcida gritou o nome dele.

Fernandinho faz o único gol da partida

Os coros de parte dos torcedores para que Washington entrasse começaram por volta dos 35 minutos. Mas o São Paulo, que até então havia perdido grandes oportunidades, finalmente viu o ataque veloz funcionar. Aos 39, Dagoberto lançou Marlos que, na pequena área dominou, livrou-se de um marcador e tocou para Fernandinho, que chegava de trás, enchendo o pé: 1 a 0 para o Tricolor.

Gomes ouve gritos de burro, mas coloca Washington

O técnico Juan Carlos Osório, sabendo que perdia a liderança do Grupo 2 para o Tricolor, resolveu colocar mais um jogador ofensivo na equipe. Voltou do intervalo com o meia-atacante Cárdenas no lugar do lateral Pérez. E conseguiu preocupar a defesa do São Paulo, que recuou. O visitante começou a aproveitar as laterais. Ceni passou a ser acionado. Fez uma bela defesa, aos quatro, e segurou outra bola alta aos nove.

Simule os resultados desta quinta e saiba quem o Tricolor pode enfrentar

Vendo que o São Paulo começava a deixar o Once Caldas chegar, Gomes resolveu reforçar a defesa. E colocou Jean, tirando Fernandinho. A torcida não gostou nada de ver um atacante sair para a entrada de um volante e chamou o técnico de burro. A situação piorou quando Castrillón cabeceou na trave esquerda de Ceni. O coro engrossou e foi ouvido por todo o estádio.

A torcida só aplaudiu quando Gomes resolveu chamar Washington, que entrou no lugar de Jorge Wagner. Com a entrada do camisa 9, o São Paulo voltou a ter dois atacantes de origem na frente e Marlos retornou ao meio para a criação. O Tricolor até conseguiu chegar mais e procurava Washington em bolas altas. Os chutes de longe também eram uma boa opção. Jean arriscou de fora da área aos 31 e assustou Martínez.

Marlos irritou a torcida aos 39, ao não passar uma bola para Washington e tentar a jogada individual, perdendo na sequência. Os erros de passe no fim da partida também deixavam o torcedor impaciente. Washington disputou uma bola na corrida com o defensor do Once, mas não dominou. Ainda assim, recebeu apoio vindo das arquibancadas e terminou a partida com a massa a seu lado.


Washington foi vaiado no começo, mas com bem menos intensidade e depois teve o nome gritado pela torcida. Richarlyson foi outro hostilizado

torcida foi fundamental no triunfo no Morumbi

Com bom público na noite desta quarta-feira (mais de 36 mil ingressos haviam sido vendidos antecipadamente), o Morumbi virou palco de demonstração da insatisfação de grande parte da torcida com alguns jogadores do São Paulo e principalmente com o técnico Ricardo Gomes. Quando a escalação foi anunciada, Richarlyson foi vaiado. Washington também recebeu algumas vaias, mas o coro contra o comandante do São Paulo foi o mais forte. Posteriormente, os torcedores gritaram o nome dos titulares, com exceção mais uma vez de Ricky, e também não clamaram por Gomes. Washington estava no banco.

Durante o primeiro tempo, vendo o São Paulo perder muitas oportunidades, principalmente com Dagoberto, parte da torcida passou a pedir a entrada do camisa 9.

Após a eliminação nas semifinais do Paulista para o Santos, Washington reclamou de Gomes, que havia deixado o centroavante no banco. O atleta foi multado em 20% do salário, e a diretoria mostrou apoio ao treinador. Porém, a maior parte da torcida parece não estar contente com o trabalho do técnico, já que as vaias foram mais fortes para ele. A manifestação contra o camisa 9, que seguiu no banco contra o Once Caldas, foi bem menor.

Richarlyson, que já não tem boa relação com a torcida, foi lembrado negativamente por não ter feito uma boa partida contra o Santos. Ele foi improvisado na lateral esquerda.

A torcida também fez uma homenagem a Telê Santana. O ex-treinador são-paulino morreu no dia 21 de abril de 2006. Durante o jogo, o placar eletrônico mostrou a seguinte frase: "Telê: quatro anos de saudade".

Ficha técnica:

SÃO PAULO 1 x 0 ONCE CALDAS
Rogério Ceni; Cicinho, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes (Cleber Santana), Marlos e Jorge Wagner (Washington); Dagoberto e Fernandinho (Jean). Martínez; Henríquez, Vizcarrondo, Nuñes e Vélez; Arias, Valencia, Pérez (Cárdenas) e Castrillón (Amaya); Santoya (Uribe) e Moreno.
Técnico: Ricardo Gomes. Técnico: Juan C. Osorio.
Gols: Fernandinho, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Richarlyson (São Paulo); Moreno (Once Caldas).

Estádio: Morumbi. Data: 21/04/2010. Árbitro: Diego Abal (ARG). Auxiliares: Ariel Bustos (ARG) e Diego Romero (ARG).

Público e renda: 50.461 pagantes/R$ 1.502.694,57

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sob tensão, Atlético-PR e Palmeiras voltam a se encontrar na Copa do Brasil


Após confusão envolvendo Manoel e Danilo, decisão por vaga às quartas de final da competição ganha clima quente na Arena da Baixada


fanaticos24

Decisões são costumeiramente marcadas pelo clima tenso e o nervosismo. Mas a segunda partida das oitavas de final da Copa do Brasil entre Atlético-PR e Palmeiras, que será disputada às 21h50m (horário de Brasília) desta quarta-feira, na Arena da Baixada, terá outros elementos que ajudarão a tornar o ambiente ainda mais pesado.

No primeiro encontro, no Palestra Itália, o Palmeiras venceu por 1 a 0 com um gol de Robert. O resultado, porém, foi ofuscado pelo incidente envolvendo os zagueiros Danilo, do Alviverde, e Manoel, do Atlético-PR. Ainda durante o primeiro tempo, os defensores se envolveram em uma confusão na pequena área do time paulista.

Depois de receber uma cabeçada de Manoel, o defensor palmeirense revidou com uma cusparada. Vendo seu adversário no chão, Danilo disparou “levanta, macaco do c**”, reação registrada pelas imagens da TV. Sentindo-se ofendido, o zagueiro do time paranaense registrou um Boletim de Ocorrência no 23º Distrito Policial, no bairro das Perdizes, em São Paulo. Os jogadores foram denunciados no Superior Tribunal de Justiça Desportivas (STJD) e podem ser suspensos.

- O Danilo pediu desculpas em público e mostrou o caráter que tem. Ninguém pode ser julgado por uma ação apenas. A maior qualidade que um ser humano pode ter é assumir que errou. Isso é passado para nós. Acho que não vai influenciar em campo – analisou o meia Lincoln.

Como protesto, a torcida do Furacão promete pintar os rostos metade de branco e metade de negro mostrando que todos são a mistura das várias etnias.


Furacão quer dar a volta por cima


O Atlético-PR não atravessa uma boa fase, já que, no último domingo, foi derrotado pelo Coritiba e viu o sonho de conquistar o bicampeonato paranaense acabar. Por isso, os jogadores encaram a Copa do Brasil com ainda mais seriedade, para evitarem que o primeiro semestre do clube termine prematuramente.


Como foi derrotado na partida de ida, o Furacão precisa vencer por dois gols de diferença. Se ganhar por 1 a 0, a vaga nas quartas de final será decidida nos pênaltis. O técnico Leandro Niehues não poderá contar com o meia Paulo Baier, suspenso. Em seu lugar, deve entrar Netinho. O jogador está confiante em fazer uma boa partida e garante que a perda do título paranaense já é coisa do passado.


- O Leandro fez uma palestra muito legal para motivar a gente depois da derrota de domingo. Estou confiante em fazer um bom jogo diante dos nossos torcedores,

Além da entrada de Netinho, o Atlético-PR pode ter outra novidade: o lateral-direto Lisa, recém contratado pelo clube, já deverá estrear com a camisa rubro-negra. Recuperado de lesão, Rhodolfo também deve retornar à equipe.


Classificação para evitar críticas ao Palmeiras

Depois de ter sido eliminado precocemente do Campeonato Paulista, o Palmeiras se agarra ao confronto da Copa do Brasil para salvar o primeiro semestre de 2010. Vencedor do primeiro duelo, o time pode empatar com o Atlético-PR por qualquer placar ou ainda ser derrotado por um gol de diferença, desde que marque na casa do rival.

- Será um jogo difícil. Passando, vamos buscar o título, a equipe se fortalece e vai mais madura (para o restante da competição). Se formos eliminados, a situação ficará difícil para nós porque já estamos fora do Paulista e ficaríamos muito tempo sem jogar. E vão bater em nós. Por isso estamos concentrados para seguirmos em frente com nosso objetivo - disse o meia Diego Souza.

Os dois últimos treinos antes da partida - em São Paulo e em Curitiba - foram fechados. Sem citar quais as mudanças que podem acontecer, o camisa 7 palmeirense só afirmou que o time pode ter novidades na sua escalação.

- Vai ter surpresa ainda, fiquem esperando que tem novidade (risos) - limitou-se a dizer.

ATLÉTICO-PR PALMEIRAS
Neto, Manoel, Rhodolfo (Bruno Costa) e Chico; Lisa, Valencia, Alan Bahia, Netinho e Márcio Azevedo (Marcelo); Javier Toledo e Alex Mineiro. Marcos; Márcio Araújo, Danilo, Léo e Armero; Pierre, Edinho, Figueroa e Lincoln; Diego Souza e Robert.
Técnico: Leandro Niehues. Técnico: Antônio Carlos Zago.
Estádio: Arena da Baixada. Data: 21/04/2010. Horário: 21h50m. Árbitro: Djalma José Belmtrami Teixeira (RJ). Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e Ricardo M.F. de Almeida.
Transmissão: A TV Globo trasmite a partida para o Estado do Paraná. O Premiere, pelo sistema pay-per-view, mostra para todo o país.
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 21h50m (de Brasília).

São Paulo joga para ser o primeiro e arrumar a casa


Time precisa superar momento turbulento e vencer o duelo que será realizado no estádio do Morumbi, a partir das 21h50m desta quarta-feira


Marlos será a única novidade da escalação tricolor nesta quarta-feira

Chegou a hora da verdade para o São Paulo. Depois de ser eliminado no último domingo pelo Santos do Campeonato Paulista, a equipe comandada pelo técnico Ricardo Gomes volta todo o foco para a Taça Libertadores da América, que é a sua grande prioridade da temporada. O time enfrenta o Once Caldas (COL), às 21h50m, no estádio do Morumbi, com a obrigação de vencer e convencer para resgatar a confiança do seu torcedor, que ficou desconfiado com a derrota do último domingo, por 3 a 0, na Vila Belmiro.


O time entrará em campo com a obrigação da vitória diante do rival colombiano para fechar a primeira fase com a primeira posição do Grupo 2 e, assim, ter vantagem de decidir em casa na fase de oitavas de final. Para os visitantes, que levam vantagem na tabela de classificação (11 pontos contra dez), basta um simples empate.


Além da vantagem dentro de campo, somente um resultado positivo acalmará o ambiente dentro da equipe. Internamente, o Tricolor vive seu pior momento na temporada. As públicas reclamações do atacante Washington, que deixou clara sua insatisfação após ter sido barrado, renderam uma multa de 20% nos seus vencimentos, além de críticas veladas dos seus companheiros. Por isso, todos sabem que somente os três pontos vão apagar o incêndio.


- Sabemos que o empate nos classifica, mas precisamos vencer. Somente dessa maneira é que vamos trazer o torcedor para o nosso lado normalmente – afirmou o zagueiro Alex Silva.

Ricardo Gomes conversou com os atletas na segunda-feira e acredita na recuperação

Para o técnico Ricardo Gomes, o momento não é de turbulência e sim, de decisão. Por isso, teve uma longa reunião com os atletas na última segunda-feira. Além de resolver o caso Washington, que foi repreendido na frente de todo mundo, ele pediu uma mudança de postura aos seus comandados. E acredita em vida nova a partir desta quarta-feira.


- O clima está nota 100. Depois de uma segunda-feira difícil, quando todos ainda lamentavam a desclassificação, já deu para perceber que todo mundo está ligado. Agora é entrar em campo e jogar bem. O importante é o grupo sempre sair fortalecido – lembrou o treinador, que novamente promoverá mudanças na escalação.


Em relação ao último jogo, a grande novidade será o retorno de Marlos na vaga de Cléber Santana. Washington, após ter sido punido, ficará novamente como opção no banco de reservas.


Once Caldas com força máxima

Moreno, que fez um gol na partida realizada em Manizaes, é a principal arma do time colombiano

No Once Caldas, o técnico Juan Carlos Osorio não tem problemas e escalará o que tem de melhor. O time vive ótima fase. Das última dez partidas que disputou na temporada, venceu nove e perdeu apenas uma. O atacante Daryo Moreno, maior destaque da equipe, diz que os colombianos sonham com a vitória.


- Nós vamos com o objetivo claro de fazer uma grande partida para terminar em primeiro do grupo, para decidir às oitavas de final em nossa casa - afirmou o artilheiro, em entrevista ao site oficial do clube de Manizales.


SÃO PAULO ONCE CALDAS
Rogério Ceni; Cicinho, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Jorge Wagner; Dagoberto e Fernandinho. Martínez; Vélez, Vizcarrondo, Henríquez e Pérez; Castrillón, Nuñez e Arias; Santoya, Moreno e Uribe.
Técnico: Ricardo Gomes. Técnico: Juan Carlos Osorio.
Estádio: Morumbi. Data: 21/04/2010. Árbitro: Diego Abal (ARG). Auxiliares: Ariel Bustos (ARG) e Diego Romero (ARG).
Transmissão: A TV Globo transmite ao vivo para o estado de SP
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 21h15m (de Brasília).

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O dia em que o Alto da Glória ficou branco… » Arquivo

A Torcida que nunca abandona

A foto é da entrada do time do Coritiba em campo no AtleTiba que decidiu o campeonato regional de 2010, vencido pelo Coxa por 2×0, com dois lindos gols de Marco Aurélio e Geraldo.

Saudado por sua fiel e vibrante torcida, ao entrarem em campo, os jogadores coritibanos viram as arquibancadas do Monumental do Alto da Glória deixaram de serem verdes para serem brancas, numa gigantescas cascata da papel, que percorreu os 160 metros dos três anéis do Couto Pereira. Uma imagem sensacional, a qual gostaria de compartilhar com a torcida Coxa-Branca!

Os céus saudaram a Torcida que nunca abandona com uma imagem que merece destaque. Isto é futebol! Parabéns a todos os fiéis torcedores alviverdes que ajudaram o time d’Alma Guerreira a conquistar mais um título regional.

domingo, 18 de abril de 2010

Time alviverde vence o Furacão por 1 a 0 e conquista seu 34º título estadual com uma rodada de antecipação



Pouco mais de quatro meses após a tragédia, o Couto Pereira e o Coritiba viveram seu dia de redenção. Jogando com garra desde o início da partida, o Coxa bateu o Atlético-PR por 2 a 0 (gols de Marcos Aurélio e Geraldo) e conquistou seu 34º título estadual com uma rodada de antecipação (o time alviverde foi a 20 pontos e não pode mais ser alcançado pelo rival, com 16). Ao contrário da selvageria que procedeu a partida contra o Fluminense, que rebaixou a equipe para a Série B, o que se viu no estádio foi uma grande festa neste domingo.

Apesar do estádio não estar completamente cheio, a torcida do Coritiba compareceu em bom número. Confiantes na conquista da taça, desde cedo faziam festa perto do Couto Pereira. O título traz de volta o orgulho dos torcedores, ferido após o tumulto do dia 6 de dezembro. Prova disso é que logo após Geraldo marcar o segundo gol da equipe, os fãs ecoaram gritos como "Coxa, eu te amo" e "Sou Coxa com muito orgulho".

Esta foi a 16ª decisão entre as duas equipes. Com a vitória, o time alviverde igualou o retrospecto, com oito títulos para cada lado. Outro que “empatou” suas contas pessoais foi o técnico Ney Franco. Em seis anos, o treinador chegou em todas as finais estaduais, tendo conquistado três títulos (Mineiro, pelo Ipatinga; Carioca, pelo Flamengo; e Paranaense, pelo Coritiba) e três vices.

As duas equipes ainda voltam a campo no torneio estadual, porém apenas para cumprir tabela. No próximo domingo, o Coritiba enfrenta o Cascavel, no Couto Pereira. Já o Atlético-PR terá pela frente o Iraty, na Arena da Baixada. Antes, porém, o Furacão enfrenta o Palmeiras, na quarta-feira, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.

 Furacão começa melhor, mas Coxa equilibra e perde muitas chances

Mesmo sem poder contar com o artilheiro Bruno Mineiro, vetado pelo departamento médico após o treino de sábado, e precisando da vitória, o técnico Leandro Niehues começou a partida com uma formação bem ofensiva. Valencia foi deslocado para a direita e Tartá entrou no meio, formando o quarteto ofensivo com Paulo Baier, Javier Toledo e Alex Mineiro, que disputou a primeira partida em 2010 (o jogador se recuperava de uma lesão no joelho). A tática do comandante rubro-negro fez com que o jogo ficasse aberto e as duas equipes criassem muitas chances.

E foi mesmo o Furacão que começou melhor. Logo aos 5, Manoel arriscou de longe e assustou Edson Bastos. Cinco minutos depois, Paulo Baier acertou o travessão ao cobrar um escanteio direto. Aos 18, Alex Mineiro teve sua primeira chance. O atacante recebeu na área e chutou cruzado. O goleiro alviverde defendeu. No minuto seguinte, a melhor oportunidade de gol do time rubro-negro na etapa. Baier cobrou falta para a área, Alan Bahia cabeceou para o meio e Chico, sem marcação, chutou para fora.

O Coritiba parecia perdido em campo. Mas aos poucos foi se acertando e começou a criar lances de gol. E a desperdiçar eles também. Aos 20, Renatinho recebeu de Ariel e chutou cruzado, sem acertar a mira. Três minutos depois, Lucas Mendes ficou livre para cabecear para o gol, após cobrança de escanteio. Mas o zagueiro mandou muito para baixo e perdeu a chance. Aos 25, foi a vez de Ariel arriscar da entrada da área e ver o seu remate passar muito perto da meta.

Na pressão alviverde, Marcos Paulo fez a jogada mais bonita da partida e quase marcou um golaço. Aos 27, o jogador recebeu na área, deu um chapéu em Vanegas e chutou cruzado para o gol. A bola passou tirando tinta da trave. E o poste deve ter ficado com bem menos cor após a partida já que, aos 32, Rafinha recebeu na área, livre de marcação e também bateu muito perto da trave.

Após o lance, o jogo diminuiu um pouco de ritmo. A única boa chance ficou por conta do Atlético-PR, aos 40. Paulo Baier recebeu cruzamento da direita e, de voleio, bateu bonito para o gol. Edson Bastos defendeu.

Coxa volta com tudo para o segundo tempo

A segunda etapa começou com o Atlético-PR quase marcando...contra. Em jogada esquisita, Neto cortou um cruzamento da esquerda e acertou as costas de Manoel. A bola passou perto do gol vazio. Mas o Coritiba não precisava de ajuda. Aos 5, Rafinha fez boa jogada pela esquerda e tocou para Marcos Aurélio acertar o ângulo e fazer o Couto Pereira explodir de alegria.

Na saída de bola, foi a vez de Edson Bastos “marcar o seu gol”. Tartá recebeu dentro da área, bateu com força, mas o goleiro fez grande defesa e impediu o que seria um balde de água fria no ânimo alviverde.

O Coxa seguiu em cima e Ariel teve duas chances. Aos 8 e aos 10, o jogador recebeu na área e chutou rasteiro. Neto defendeu ambas. O Atlético-PR respondeu em cobrança de falta. Baier cruzou na área, a zaga do Coxa cortou e a bola sobrou para Tartá. O atacante encheu o pé, mas Edson Bastos defendeu sem dificuldade.

O Furacão pareceu sentir o golpe e nem as mudanças feitas por Leandro Niehues foram suficientes para mudar isso. Por sua vez, o Coritiba passou a trocar passes e esperar a melhor oportunidade para matar a partida. E essa chance surgiu aos 29, quando Geraldo passou por Manoel e bateu para o fundo do gol. Os gritos de campeão ecoaram com força pelo estádio, enquanto o placar eletrônico pedia para os torcedores não invadirem o campo.

A torcida do Atlético-PR não arredou pé do estádio e tentou cantar para animar seus jogadores. Mas não fez efeito. Apático, o Furacão continuava tentando chegar ao gol apenas nas bolas paradas. Aos 41, Baier cobrou falta bem colocada, mas Edson Bastos defendeu.

Ao Coritiba, restava esperar o tempo passar para poder dar a volta olímpica. E foi isso que fez. Sem se arriscar, o clube apenas deixou o relógio fazer o seu trabalho até o juiz marcar o fim do jogo e o início da festa.

Ficha técnica: 

CORITIBA  2 x 0 ATLÉTICO-PR
Edson Bastos, Jeci, Demerson e Lucas Mendes; Rodrigo Heffner (Pereira), Leandro Donizete, Marcos Paulo, Rafinha e Renatinho (Geraldo); Marcos Aurélio e Ariel.
Neto, Manoel, Vanegas (Bruno Costa) e Chico; Valencia, Alan Bahia, Tartá, Paulo Baier e Márcio Azevedo (Marcelo); Javier Toledo e Alex Mineiro (Wallyson).
Técnico: Ney Franco. Técnico: Leandro Niehues.
Gols: Marcos Aurélio (Coritiba), aos cinco minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jéci, Leandro Donizete, Marcos Aurélio (Coritiba), Márcio Azevedo e Tartá (Atlético-PR)
Estádio: Couto Pereira. Data: 18/04/2010. Horário: 15:50. Árbitro: Antônio Denival de Morais (PR). Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e José Amilton Pontarolo (PR).

Invasão de alegria no Couto: Coritiba bate o Atlético-PR e é campeão paranaense

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Embalado, Santos tenta confirmar vantagem sobre São Paulo para ir à final


Vivendo grande fase, Peixe pode até perder por um gol na Vila. Mas o Tricolor não está entregue e quer acabar com a pose do rival


Ataque do Santos promete um novo show na tarde deste domingo, na Vila

Santos e São Paulo fazem a segunda partida semifinal do Paulistão, neste domingo, às 16h (horário de Brasília), na Vila Belmiro. Melhor time do país neste primeiro semestre, com 87 gols em 24 partidas, o Peixe entra em campo em situação relativamente confortável. Pode até perder por um gol de diferença, já que venceu o primeiro jogo, domingo passado, no Morumbi, por 3 a 2. Quem levar a melhor encara o vencedor do duelo entre Santo André e Grêmio Prudente nas finais - no primeiro jogo, 2 a 1 para os andreenses.

Mas, como disse o "profeta" Hernanes durante a semana, essa partida pode derrubar por terra algumas verdades estabelecidas. O volante tricolor lembra que nem sempre favorito vence e que o São Paulo mostrou no primeiro jogo, apesar da derrota, que tem força para brecar os meninos da Vila. O Peixe abriu 2 a 0, mas o Tricolor, com um a menos (Marlos foi expulso), conseguiu o empate e criou chances até para virar. No entanto, acabou levando o terceiro gol no fim.

Quem levará a melhor? O endiabrado time santista ou a experiente e equilibrada equipe tricolor? Você terá a reposta acompanhando todos os lances, em Tempo Real, pelo GLOBOESPORTE.COM. A TV Globo transmite ao vivo para os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia. O restante do País acompanha pelo Premiere, em sistema pay-per-view.

Mudar por quê?

O técnico do Santos, Dorival Júnior, tem todos os seus jogadores à disposição e no único coletivo realizado nesta semana manteve a escalação da primeira partida. Mesmo sem precisar fazer gols para passar à final, o treinador mantém um esquema ofensivo, com um volante (Arouca), dois meias (Marquinhos e Paulo Henrique Ganso) e três atacantes (Neymar, Robinho e André). Para o treinador, o Peixe não sabe jogar de outra forma que não seja tomando a iniciativa, partindo para cima.


- O time vem jogando muito bem dessa forma e não tem motivos para mudar. O que eu enfatizei com os jogadores é que haja uma maior participação de todos na marcação, algo que fazemos muito bem, mas que no primeiro jogo não ocorreu – afirmou o treinador.

São Paulo acredita

Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Hernanes é uma das armas do Tricolor para a decisão deste domingo

No Tricolor, apesar da obrigação de vencer por dois gols de diferença, a confiança é grande. Todos se espelham na reação mostrada pela equipe no segundo tempo da partida realizada no Morumbi para manterem vivas as esperanças de classificação à final. E o time chega ao duelo decisivo com mudanças em todos os setores da equipe.

Na defesa, Richarlyson, recuperado de contusão que o afastou por 23 dias dos gramados, entra na vaga de Junior Cesar, que não teve boa atuação na primeira partida semifinal. O camisa 20, segundo o técnico Ricardo Gomes, vai aumentar o poder de marcação do setor, que sofreu muito com os avanços de Robinho e Neymar no duelo realizado no Morumbi. Na outra lateral, Cicinho volta a ganhar uma posição entre os titulares, com Jean indo para o banco de reservas.

No meio-campo, Marlos, expulso no duelo de ida, terá de cumprir suspensão automática e será substituído por Cléber Santana, que voltará a ganhar uma chance entre os titulares. Completando as mudanças, Washington, apesar de ser o artillheiro da equipe na temporada, com 11 gols, perdeu seu lugar no time para Fernandinho, que formará dupla de ataque com Dagoberto.

Ricardo Gomes pede organização e equilíbrio ao time.

- Nosso time tem que estar muito bem distribuído para segurar o adversário e também fazer os gols. E, acima de tudo, manter a atenção durante os 90 minutos para que não voltemos a sofrer gols no final - lembrou o treinador.

Ficha técnica:

SANTOS x SÃO PAULO
Felipe, Wesley, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar, André e Robinho. Rogério Ceni; Cicinho, Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Cléber Santana e Jorge Wagner; Dagoberto e Fernandinho.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Ricardo Gomes
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 18/04/2010. Árbitro: José Henrique de Carvalho. Auxiliares: Celso Barbosa de Oliveira e Giovani César Canzian .
Transmissão: A TV Globo transmite ao vivo para os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia. O restante do País acompanha pelo Premiere, em sistema pay-per-view.
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir das 15h30m (horário de Brasília)

sábado, 17 de abril de 2010

Marcos Aurélio rejeita favoritismo, mas diz que Coxa tem que se impor em casa

http://futebolnegocio.files.wordpress.com/2008/05/coxa_torcida.jpg
Atacante conta com o apoio da torcida para conquistar o título paranaense neste domingo, no Couto Pereira

Marcos Aurélio comemora um gol pelo Coritiba

O Coritiba entra em campo neste domingo, contra o Atlético-PR, com chance de se tornar campeão paranaense com uma rodada de antecipação. Para isso, basta vencer o rival. Dono da melhor campanha do torneio e, por jogar em casa, o Coxa se vê na posição de favorito ao título. Rótulo que o atacante Marcos Aurélio faz questão de rejeitar.

- Favoritos, não. Em clássico não tem isso. Mas, com o apoio da nossa torcida, em casa, a gente tem que se impor. Mas temos que entrar focados e concentrados para ganhar.

Enquanto o Atlético-PR teve que jogar no meio da semana, contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, o Coxa teve toda a semana para se preparar para o clássico. Apesar disso, Marcos não vê o Coritiba em vantagem.

- Não tem isso. Temos que procurar trabalhar, independente de eles terem jogado no meio da semana ou não. É um jogo importante e uma vitória dá um título para a gente.

O Coxa lidera a fase final com 17 pontos, seguido pelo Furacão,com 16. Caso o time alviverde vença o jogo deste domingo, abrirá quatro pontos e não poderá mais ser alcançado pelo rival, uma vez que faltará apenas uma rodada para o fim do torneio. A partida tem início às 15h50m (horário de Brasília).




Fila pequena no Couto Pereira para comprar

O jogo vale o título para o Coritiba. Já o Atlético-PR tem a obrigação de vencer para colocar as mãos na taça do Campeonato Paranaense. Mesmo assim, quem esgotou primeiro sua cota de ingressos foi a torcida do Furacão. Na tarde desta sexta-feira, o clube informou que os três mil bilhetes que os atleticanos tinham direito já foram vendidos. Na quinta, cerca de 75% da carga já havia sido comercializada.

Do lado do Coxa, a situação é diferente. Com 31.500 ingressos à disposição da torcida alviverde, apenas 60% do total foram vendidos - cerca de 19 mil ingressos. O curioso é que, até quinta, 50% da carga havia sido comprada pelos torcedores, o que significa que a venda nesta sexta foi realmente baixa. Mas a diretoria coxa-branca na está preocupada. Pelo contrário, está confiante. Eles acreditam que neste sábado as vendas sejam bem maiores, justamente por se tratar de um fim de semana.

Com 17 pontos, o Coxa é o líder da fase final do Estadual. O Furacão é o segundo, com 16.

Horários de venda:
Sábado - 10h às 17h
Domingo - a partir das 10h

Confira o preço dos ingressos:
Arquibancada: R$ 50,00
Meia-arquibancada: R$ 25,00

Cadeira Mauá: R$ 70,00
Meia-mauá: R$ 35,00

Cadeira Social Superior: R$ 120,00
Meia Cadeira Social Superior: R$ 60,00

OBS: é preciso ficar atento à documentação necessária. O Coritiba, como está cadastrando seus torcedores, exige a apresentação de um documento próprio na hora da compra. Crianças de 06 a menores de 12 anos devem levar RG, ou então a Certidão de Nascimento; Maiores de 60 anos devem apresentar o RG; Estudantes devem apresentar, além da Carteira de Estudante (com data de validade e foto), um documento de identidade; Todos devem apresentar RG.

Atlético x Palmeiras

A torcida do Furacão pode começar a adquirir seus ingressos para a partida de volta da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, já nesta segunda-feira, a partir das 10h. Estarão disponíveis ingressos tanto para a torcida atleticana como para a torcida visitante. Vale lembrar que os compradores devem apresentar documento de identificação e comprovante de residência. No jogo de ida, o Palmeiras venceu por 1 a 0, em um jogo repleto de polêmicas.

Tricolor está pronto para a decisão na Vila


Rachão e treino de finalizações encerraram os preparativos do São Paulo para o duelo deste domingo, contra o Santos, na Baixada Santista


Jorge Wagner e Richarlyson mostraram descontração no último treinamento

Um animado rachão seguido de um trabalho específico de finalização. Foi dessa maneira que o São Paulo encerrou os preparativos para o clássico deste domingo, contra o Santos, que será realizado na Vila Belmiro, pela semifinal do Campeonato Paulista. Por ter perdido a primeira partida, no Morumbi, por 3 a 2, o Tricolor precisará vencer o rival por dois gols de diferença.


Primeiramente, o treinador de goleiros, Haroldo Lamounier, apitou o rachão, que teve a duração de 40 minutos. O time vermelho entrou em campo com: Denis, Xandão, Renato Silva, Wellington, Thiago Carletto, Cléber Santana, Wagner Diniz, Hernanes, Rodrigo Souto, Miranda, Henrique, Júnior Cesar, Washington, Cicinho e Bosco. A equipe preta teve: Rogério Ceni, Diogo, Leonardo, Marlos, Sérgio Mota, Fernandinho, Marcelinho Paraíba, Jorge Wagner, Jean, Adrian Gonzalez, Roger, André Luis, Richarlyson, Alex Silva, Léo Lima e Dagoberto.


Houve empate por 5 a 5 e o time vermelho comemorou, já que mantém a invencibilidade no rachão desde o início do ano. Os gols foram marcos por Henrique (2), Cléber Santana, Miranda e Cicinho. Para o time preto, anotaram Alex Silva (2), Léo Lima, Dagoberto e Jorge Wagner.


Após o rachão, todos treinaram finalizações, sob o olhar atento do técnico Ricardo Gomes. Na sequência, todos os atletas almoçaram e depois seguiram para os seus quartos para descansar. À tarde, haverá uma reunião com a comissão técnica e o elenco na sala de vídeo, onde o treinador são-paulino repassará os últimos jogos do rival deste final de semana.


- Foi uma semana ótima, treinamos muito. Agora é entrar em campo, fazer um grande partida e buscar a classificação – afirmou o zagueiro Alex Silva, que formará dupla de zaga com Miranda na Baixada Santista.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Fernando Diniz não fala porque o Votoraty foi embora


  • Técnico se esquivou de polêmica e preferiu o "não vou entrar no mérito"

“Eu não vou entrar no mérito do porquê o investidor (holding Manoel Leão) saiu. Não vou entrar neste mérito. Também não vou admitir que você coloque em xeque se eu tinha muito carinho pelo Votoraty. Eu estou falando que eu tinha muito carinho”. Foi assim, ríspido e totalmente evasivo quando o assunto era a saída do time de Votorantim, que o técnico do agora Ribeirão Futebol Clube, Fernando Diniz, respondeu às perguntas feitas ontem, numa coletiva de imprensa, realizada no Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri. Acompanhado do gerente de Futebol, Beto Rappa, Diniz não entrou nenhuma vez “no mérito” e as dúvidas sobre a saída “à francesa” do time de Votorantim continuam no ar.

Logo no início da entrevista, acompanhada por emissoras de TV, jornais e rádios da região, o técnico Fernando Diniz já deu a entender que o motivo da sua passagem por Votorantim, na manhã de ontem, não era para falar sobre a transferência repentina do Votoraty para Ribeirão Preto, decretada na semana passada pelo presidente da holding Manoel Leão S/A, Eduardo Zanello. Todas as pessoas da cidade, Poder Público e torcedores só ficaram sabendo do fato via imprensa da cidade de Ribeirão Preto. “Não vou entrar neste mérito, até porque não sou eu quem decido e não decide nada. Eu vim aqui agradecer toda comunidade de Votorantim e jamais eu sairia daqui de uma maneira fria”.

Só que a partir do momento em que a pergunta novamente abordava o mesmo assunto, Diniz, como um boxeador, esquivava-se: “não vou entrar neste mérito”. Resposta esta que se multiplicou durante quase meia hora. Só que em nome da diretoria, citando Beto Rappa e Maurício Pogi Villela, o Mauricinho, ele agradeceu aos torcedores de Votorantim e alegou que nunca mencionou que o time não recebeu apoio das arquibancadas. Ele apontou que essa saída afetou todos eles, que queriam a continuidade do time na cidade. “A comunidade tem todo direito de se revoltar, já que a cidade abraçou o time e está órfã”.

A reportagem do Cruzeiro do Sul questionou se a diretoria tentou de alguma maneira argumentar com o investidor para que essa decisão de transferência fosse repensada, tendo em vista que foi afirmado repetidamente, durante a coletiva, que a direção mantinha muito carinho pela cidade de Votorantim. “Eu não vou entrar no mérito porque você está fazendo um jogo de palavras para eu entrar no mérito do porquê o investidor saiu. Também não vou admitir que você coloque em xeque se eu tinha muito carinho, o que eu fiz e deixei de fazer. Coloquei minha alma neste time e meus dois filhos torcem pro Votoraty”.

O técnico Fernando Diniz continuou: “Eu não vou expor ninguém aqui. As pessoas, no devido tempo, se acharem que têm que se explicar, elas vão se explicar. Eu vou me explicar do jeito que eu tenho que explicar. Por mim, isso aqui continuaria, fiz de tudo pra que continuasse. Posso te falar que entreguei meu coração ao Votoraty quando estive aqui”. Paralelo a tudo o que ocorria no vestiário do Domenico, que ainda estampa as cores do Votoraty - azul, amarelo e vermelho -, as arquibancadas montadas para a disputa da Série A2 e da Copa do Brasil, pagas com dinheiro da prefeitura de Votorantim, eram desmontadas.

Manoel Leão S/A

O técnico Fernando Diniz disse ontem que a diretoria nunca reclamou da torcida, pelo contrário, sempre foram muito bem recebidos na cidade. Entretanto, esta opinião diverge da do seu chefe, Eduardo Zanello, presidente da holding que dirige o clube. Em entrevista ontem para uma emissora de Ribeirão Preto, Zanello, o responsável pela transferência, disse que a falta de público foi um dos motivos da saída. Outros foram a falta de patrocinadores interessados em estampar a marca no clube e a falta de estrutura oferecida pela prefeitura de Votorantim, como por exemplo, na questão do gramado do estádio Domenico Paolo Metidieri.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

de saída - Técnico e gerente de futebol do Votoraty darão entrevista

  • Coube ao técnico Fernando Diniz explicar hoje a saída repentina do time

Sobrou para o treinador Fernando Diniz e para o gerente de futebol, Beto Rappa, hoje, às 10h, em entrevista coletiva no Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri, darem a cara a tapa para a imprensa e torcedores do Votoraty depois da decisão da holding Manoel Leão S/A de levar à equipe para Ribeirão Preto.

A saída prematura provocou um clima de revolta e indignação em Votorantim, sendo inclusive muito criticada pelo prefeito de Votorantim, Carlos Augusto Pivetta (PT), e alvo de protesto por parte de torcedores na manhã de sábado.

Informações dão conta de que a decisão unilateral da transferência do time, que passa a se chamar Ribeirão Futebol Clube a partir da Copa Paulista de Futebol 2010, anunciada aos órgãos de imprensa de Ribeirão Preto, foi do presidente da holding, Eduardo Zanello.

O dirigente, inclusive, foi o personagem principal das críticas, a quem o prefeito Pivetta chamou de mau caráter. A expectativa é de que torcedores também compareçam à entrevista coletiva para criticarem e mostrarem sua indignação. No sábado, sobraram adjetivos como mercenários e safados, escritos em faixas e bandeiras grenás.



Prefeito tentará preservar o nome


Além de analisar propostas e estudar a possibilidade de contar com uma nova equipe na quarta divisão, o prefeito Pivetta afirmou que na próxima semana terá uma reunião com o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, para saber quais medidas deverá tomar para preservar em Votorantim a marca Votoraty.

“Vou fazer de tudo para que eles não utilizem o nome Votoraty. Eu tenho certeza que Votorantim terá um time profissional e nós vamos utilizar essa marca. Creio que a nova equipe será estruturada numa nova modelagem, mas o nome será preservado”, enfatizou o prefeito.

Pivetta também afirmou que pretende continuar investindo no futebol e em outras modalidades olímpicas porque a cidade assimilou bem o esporte de alto rendimento. O prefeito também falou sobre gastos e o retorno que a cidade teve com a projeção do Votoraty.

“Com o Votoraty nós gastamos cerca de R$ 300 mil com arquibancadas, iluminação e outras reformas no estádio. Futuramente, esses recursos podem ser aplicados em novos projetos”, comentou. “Em contrapartida, a cidade ganhou projeção, houve retorno para o comércio e para a rede hoteleira. Diria que o retorno foi abstrato, mas muito maior do que aquilo que investimos”, finalizou.




  • O comerciante Luiz Babão diz que cidade não pode ficar sem um time

Com a mesma intensidade que abraçou a “causa Votoraty”, a população de Votorantim, especialmente as pessoas ligadas ao esporte, demostraram no dia seguinte a notícia da transferência da equipe para Ribeirão Preto a sua indignação com a atitude deselegante dos dirigentes do clube de “sair pela porta dos fundos”. Ontem, o principal assunto no comércio, repartições públicas e ruas da cidade não era apenas a mudança do time para outra cidade. Todos comentavam e demonstravam enorme irritação com a falta de respeito dos dirigentes do Votoraty em relação à cidade de Votorantim.

“O Zanello é um mau caráter. Ontem (quinta-feira) eu até tentei falar com ele, mas como não falo com mau caráter, eu não tenho mais interesse em conversar com esse cidadão. Aliás, se eu o ver na rua é capaz de perder a cabeça e partir para cima dele”, declarou ontem o prefeito Carlos Augusto Pivetta ao comentar a decisão do presidente da holding Manoel Leão S/A (proprietária do Votoraty), Eduardo Zanello, de levar o time para Ribeirão Preto.

O prefeito afirmou que a mudança poderia até ser considerada normal se os dirigentes do clube não tivessem agido da maneira que agiram. “Eles são donos do time e têm todo o direito de levar a equipe para onde quiserem. Só não poderiam ter desprezado o apoio que uma cidade inteira ofereceu a eles”, afirmou Pivetta referindo-se ao fato dos dirigentes não terem comunicado previamente a decisão de transferir a equipe de cidade.

Sentimento de traição

Nas ruas, o sentimento de indignação era o mesmo do gabinete do prefeito. Muitos estavam tristes e revoltados com a atitude da diretoria do Tigre. O comerciante Luiz Carlos Mendes, o Luiz Babão, não se conforma com o fato dos diretores terem deixado Votorantim sem dar qualquer satisfação aos torcedores. “Eles agiram como inquilino que não paga o aluguel e que encosta o carro na porta do imóvel pela madrugada, carrega tudo e desaparece”, afirmou o torcedor que também lamentou a saída do time. “Eu sei que os jogadores e comissão técnica não têm nada a ver com isso. O problema foi com os cartolas mesmo”.

Para Luiz Babão, a cidade não pode deixar morrer o projeto de ter um time profissional. “Acho que temos que começar do zero. Realizar uma grande peneira, montar uma equipe modesta e disputar a quarta divisão. Tem de começar tudo outra vez”. Esta também é a opinião do prefeito Pivetta, que durante todo o dia de ontem recebeu ligações de empresários querendo emprestar nomes de equipes para a cidade de Votorantim. “Hoje eu recebi vários telefonemas de pessoas ligadas ao futebol, ofertando times, jogadores, enfim, querendo aproveitar a chance de colocar um time no Campeonato Paulista. Mas eu acho muito cedo para tomar decisões e acredito que o melhor caminho seja reiniciar todo o projeto para que no futuro a cidade não corra novamente o risco de ficar a 'ver navios' como aconteceu agora”.

Enquanto uns demonstravam indignação outros também lamentavam a saída do time da cidade. “Eu já estava acostumado a ir ao estádio ver nosso time. A cidade ficava animada em dia de jogo. Agora acabou nosso lazer”, lamentou o ajudante geral José Correa Lopes. “Eu tinha até comprado uma camiseta do time e agora não tenho mais o que fazer com ela”, emendou o serralheiro Antônio Pereira da Silva. No final da tarde e noite de ontem, o Cruzeiro do Sul tentou por várias vezes entrar em contato com os dirigentes do Votoraty para que eles pudessem se manifestar sobre o caso, mas assim como ocorreu no dia anterior, nenhum deles atendeu às chamadas telefônicas.

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