sábado, 29 de maio de 2010

Israel rejeita reunião sobre armas nucleares no Oriente Médio

usina nuclear
O governo de Israel divulgou uma nota neste sábado na qual afirma que não participará da conferência para discutir a transformação do Oriente Médio em uma zona livre de armas nucleares, proposta durante um encontro das Nações Unidas em Nova York.

Representantes dos 189 países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) assinaram na sexta-feira um documento concordando em realizar o encontro em 2012. Na declaração, o único país citado nominalmente é Israel, que não assinou o TNPN.

O governo israelense, no entanto, classificou o documento de 'profundamente falho' e 'hipócrita'.

'Ele ignora as realidades do Oriente Médio e as ameaças reais diante da região e do mundo todo', diz a declaração oficial, segundo a agência de notícias AFP.

'Diante da natureza distorcida desta resolução, Israel não poderá participar da sua implementação.'

Visita oficial

A nota foi divulgada neste sábado no Canadá, onde o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve em visita.

Essa não é a primeira vez que o governo israelense se recusa a comentar rumores de que o país teria um arsenal nuclear.

Na sexta-feira, os 189 signatários do TNP anunciaram uma declaração conjunta na qual os países que têm armas nucleares concordam em reduzir seus arsenais.

O documento de 28 páginas diz também que EUA, França, Rússia, China e Grã-Bretanha se comprometem a adotar medidas para diminuir a importância de armamentos atômicos, relatando seu progresso em 2014.

O texto fala ainda da conferência em 2012 com todos os países do Oriente Médio – incluindo o Irã - para discutir “um Oriente Médio livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa”.

Israel

Os países presentes na conferência também pediram que Israel assine o TNP. Acredita-se que Israel tenha um arsenal nuclear não-declarado.

Paquistão, Índia e Coreia do Norte, que declaram ter armas nucleares, também não são signatários do tratado.

Segundo analistas, a inclusão da menção a Israel no documento, uma iniciativa dos países árabes, seria uma forma de pressionar o país a abrir mão de seu possível arsenal.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apoiou o documento, mas disse se opor “fortemente” à menção exclusiva a Israel.

O Irã pressionou para que os cinco países do tratado com arsenais nucleares reconhecidos (Estados Unidos, China, Rússia, França e Grã-Bretanha) estabelecessem um prazo para o desmantelamento de seus arsenais atômicos, mas acabou aceitando o texto assinado pelas 189 nações.

Analistas dizem que o TNP corria o risco de perder credibilidade se, neste encontro de um mês em Nova York, não tivesse chegado a um acordo.

Em sua última conferência, em 2005, o grupo não conseguiu chegar a uma declaração conjunta.

2 comentários:

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  2. a pergunta que não quer calar é: Se o Irã não pode ter a bomba atômica, por que os Estados Unidos, Inglaterra, França, China, Índia, Israel e Paquistão podem? Os princípios que deveriam reger as decisões da ONU são atropelados pelo poder americanos que submete a todos aos seus interesses. Assim, no Oriente Médio, os Estados Unidos só aceitam que Israel tenha armamentos nucleares e nunca uma comissão da ONU foi lá para fiscalizar suas instalações nucleares. Isto porque o poder financeiro dos Estados Unidos é exercido pelos judeus, que fugidos da Alemanha Nazista, tomaram o poder econômico dos Estados Unidos de assalto. Todo ano o holocausto dos judeus é lembrado. Os Estados Unidos perpetraram o holocausto iraquiano nesta década sem que nenhuma nação tenha criticado o genocídio praticado contra o povo iraquiano. Bush mandou invadir o Iraque para vingar seu pai e roubar o petróleo iraquiano e o mundo se cala. É bom que o Lula chute as canelas do Tio Sam. Não vai resolver nada, mas dá uma certa sensação orgulho que tenha sido um brasileiro quem teve culhões para chamar os arrogantes Estados Unidos à Razão.

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