Washington marca duas vezes e dá vitória ao São Paulo
Notícia publicada na edição de 11/02/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 9 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
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* VIPCOMM Se o futebol não foi de encantar, pelos menos os são-paulinos puderam comemorar a vitória na estreia
Washington tem uma grande dívida com o torcedor do São Paulo. O próprio centroavante reconhece. Chegou sob grande expectativa depois de marcar o gol que eliminou os próprios são-paulinos da Libertadores de 2008 - derrota para o Fluminense. Ontem, o atacante começou a pagar o débito. Marcou os dois gols da equipe na estreia na Copa Libertadores: 2 a 0 sobre o Monterrey, do México.
O centroavante teve um 2009 apagado. Só brilhou nas últimas rodadas, quando marcou seis gols em três jogos. Garantiu a prorrogação de seu contrato até o fim de 2010 e renovou a esperança dos torcedores de que o velho artilheiro pudesse ressurgir. Contra o Monterrey, como de costume, não fez uma partida tecnicamente exuberante - e nem poderia, reconhece sua falta de habilidade -, mas marcou os gols que decidiram o confronto morno a favor dos donos da casa.
Se Washington fez o que a torcida dele espera, Ricardo Gomes surpreendeu. Não nos nomes da escalação, mas sim em suas posições. O time foi montado com duas linhas de quatro jogadores - Renato Silva, pela direita, e Jorge Wagner, pela esquerda, nas laterais - e dois atacantes. Diferente da arrumação da equipe, com três zagueiros, na derrota para o Santos, no último domingo. E ainda colocou Cicinho, que chegou pela manhã de Roma, na segunda etapa.
Do lado mexicano, a novidade era Val Baiano, artilheiro no Barueri. Mas fora de forma e sem atuar desde a última rodada do Campeonato Brasileiro, em dezembro, o goleador apenas fez número.
O São Paulo não jogou bem. Sua sorte foi que, aos 12 minutos, em jogada do meia convertido em lateral Jorge Wagner, saiu o primeiro gol. Daí em diante, Ricardo Gomes passou a gritar em desespero ao lado do campo. Sai pelos lados, Cléber!, Jean, cadê você? Tentava de qualquer jeito ajeitar o time, que não chegou a ser seriamente ameaçado, mas não soube se aproveitar da fragilidade do adversário cheio de ausências. O que, em Libertadores, pode ser fatal.
O segundo tempo foi um pouco melhor. O São Paulo teve mais posse de bola. A torcida vibrou quando o pé-quente Cicinho entrou em campo aos 30 minutos. E muitos estavam olhando para o lateral quando Washington fez o segundo gol.
São Paulo 2 x 0 Monterrey
São Paulo - Rogério Ceni; Renato Silva, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean (Léo Lima), Richarlyson (Cicinho), Hernanes e Cléber Santana; Marcelinho Paraíba (Marlos) e Washington. Técnico: Ricardo Gomes
Monterrey - Ortiz; Guevara, Morales, Cervantes e Pérez; Galindo (Rodriguez), Zavala, Medina e Arellano (Martínez); Carreño e Val Baiano (Santana). Técnico: Víctor Manuel Vucetich
Gols - Washington aos 12 minutos do primeiro tempo; Washington, aos 31 minutos do segundo tempo
Árbitro - Sergio Pezzota (Fifa-Argentina)
Cartões amarelos - Hernanes (São Paulo); Pérez e Rodriguez (Monterrey)
Renda - R$ 1.019.971,08
Público - 35.523 pagantes
Local - Estádio do Morumbi, em São Paulo
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