-
Torcedores escreveram em faixas grenás o que sentiam. “Orgulho virou vergonha”, disse um deles
As faixas e as bandeiras grenás estavam presentes na manhã deste sábado (10). Os instrumentos musicais também. Assim como os gritos que ecoavam nas arquibancadas do Estádio Municipal Domenico Paolo Metidieri, em Votorantim. No entanto, as mensagens não eram de apoio e sim refletiam um protesto de indignação em relação à holding Manoel Leão S/A, que na “calada da noite” levou o time para Ribeirão Preto, inclusive assumindo de cara outra identidade, Ribeirão Futebol Clube. Palavras - como “safados”, “vergonha” e “mercenários” - grafadas nas faixas resumiam o sentimento deixado pelos proprietários do clube na cidade.
A líder da torcida Grená Manguaça, Adriana Massa, disse que o protesto, com aproximadamente 30 participantes, foi direcionado à empresa Manoel Leão, proprietária do Votoraty. Para ela, o mais revoltante de toda história foi a forma como o time deixou a cidade, literalmente pela “porta dos fundos” e sem consideração nenhuma com seus torcedores. “Uma saída desse jeito ninguém esperava”, criticou.
A torcida uniformizada, que tinha cerca de 100 integrantes e existia desde fevereiro do ano passado, ficou sabendo da “retirada de fininho” do Votoraty por intermédio da imprensa. Ela indicou que o gerente de futebol, Beto Rappa, chegou a ligar na quinta-feira, agradecendo pelo apoio e pedindo desculpas pelo ocorrido, decidido pelo homem forte da empresa, Eduardo Zanello. “A torcida acaba junto com o time”, disse, sentenciando a morte da Grená Manguaça.
Outro integrante da torcida, Mateus Alberto Rodrigues, explicou que a manifestação não pede o retorno da equipe e sim aponta um sentimento de indignação gerado pela saída conturbada. Para ele, o Votoraty já é sinal de nostalgia e saudades de assistir aos jogos no estádio Domenico Paolo Metidieri. “O orgulho virou vergonha”, disparou
Nenhum comentário:
Postar um comentário