terça-feira, 2 de março de 2010

Curitiba vai ter metro

Metro - Cidade de Curitiba
Essa transição deverá acontecer em bases seguras, com ampla discussão e avaliação dos impactos provocados pela mudança adotada, levando-se em conta o zoneamento da cidade, o uso e a ocupação do solo, o meio ambiente e a paisagem da cidade e seu entorno metropolitano.

É necessário definir o conceito, a tecnologia e os meios de implementar essa nova tecnologia. A construção de um metrô clássico, por exemplo, envolveria muitas desapropriações e uma escavação profunda. Curitiba, no entanto, tem uma grande vantagem, pois possui as canaletas dos ônibus expressos e o uso do solo hierarquizado.

A escolha da alternativa de um novo modal é uma das decisões mais importantes do planejamento urbano atualmente. A opção entre a manutenção do ônibus ou sua substituição por trilhos em alguns dos eixos estruturais da cidade influencia diretamente o papel que o transporte tem para a vida e a evolução da cidade. Na análise, é necessário incluir as características físicas, ambientais, econômicas dos modais estudados e também a qualidade do serviço, a atratividade para os usuários, além dos impactos no trânsito.
Mesmo com a adoção de um sistema sobre trilhos, os ônibus não desaparecerão do sistema, serão apenas substituídos em algumas linhas pelo novo modal.

Esse novo modal deverá ser mais atrativo e competitivo que o transporte individual. Deverá também proporcionar maior conforto e segurança aos usuários, além de propiciar ganhos ao meio ambiente.

A partir destas considerações, técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC, da URBS – Urbanização de Curitiba S.A., e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU(1), elaboraram os estudos preliminares para implantação de um sistema de metrô no Eixo Norte – Sul, entre o futuro Terminal CIC Sul e o Terminal Santa Cândida.

(1)A CBTU, empresa vinculada ao Ministério das Cidades desde 2003, é gestora da execução de ações no campo dos sitemas de trens urbanos e metrôs, e parceira da Prefeitura de Curitiba neste projeto, através de Convênio firmado em 2001.

PRINCIPAIS PREMISSAS PARA A ESCOLHA DE UM NOVO MODAL

–O novo modal deverá fazer parte da Rede de Transporte existente;
–A tarifa do novo modal deverá ser a mesma cobrada no restante da RIT – Curitiba;
–Deve ter maior poder de atratividade ao usuário do automóvel;
–Deve utilizar sistema menos poluente.

BENEFÍCIOS ESPERADOS DO NOVO MODAL

–Melhoria geral da mobilidade;
–Redução dos níveis de poluentes no ar;
–Redução dos níveis de ruído;
–Redução dos tempos de viagem dos usuários do transporte e dos automóveis;
–Redução do número de acidentes de trânsito;
–Maior atratividade ao usuário do automóvel;
–Conforto e segurança do usuário;
–Possibilidade de requalificação da paisagem urbana;
–Implantação de ciclovias;
–Implantação de calçadão para pedestres;
–Arborização das áreas remanescentes;
–Implantação de equipamentos de playground;
–Implantação de quiosques comerciais;
–Implantação de áreas de convivência.

DEMANDA DE PASSAGEIROS

A tabela a seguir apresenta as demandas existentes nas estações do Eixo Norte-Sul, considerando o sistema de ônibus biarticulado atual, e
a estimativa de demanda para a Linha Azul do Metrô Curitibano, tendo como data de início de operação o ano de 2014. Essa projeção foi elaborada atribuindo-se um incremento de 20% no número de passageiros transportados atualmente, considerando a implantação da Linha Verde na BR-476, o crescimento populacional em Curitiba e Região Metropolitana, além da atratividade do novo sistema.

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